quarta-feira, 30 de novembro de 2016

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 30.11.2016


O trabalho espiritual consiste em darmos ao nosso espírito poder sobre a nossa matéria e, a partir do instante em que decidimos empreender um tal trabalho, somos obrigados a fazer a distinção entre estes dois pólos do nosso ser: o espírito e a matéria.
Começamos por adoptar uma certa distância em relação a nós mesmos, e cada vez mais, vemos a diferença que existe entre aquele que faz o trabalho, o espírito, e aquela que é objecto desse trabalho, a matéria.
Pouco a pouco, não só nos apercebemos de que os pensamentos e os sentimentos, graças aos quais executamos esse trabalho, são instrumentos ao nosso serviço, mas também tomamos consciência de que o nosso verdadeiro Eu vive muito para além dos nossos actos, dos nossos sentimentos e dos nossos pensamentos.

Contudo, adoptar distância em relação a si mesmo não significa que devemos separar-nos.
Nós não abandonamos este eu de que nos afastamos; pelo contrário, mantemo-lo bem debaixo de olho, e depois de nos termos elevado até ao mundo divino, graças a esse instrumento que é o pensamento, descemos de novo para melhor o orientar e afinar a sua matéria.
Afastamo-nos novamente e voltamos a aproximar-nos e, de cada vez, trazemos-lhe mais força e mais luz.

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