quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A CADEIA VIVA DA FRATERNIDADE BRANCA UNIVERSAL (Continuação - 7)



PREFÁCIO

Agnès  Lejbowicz


A verdadeira biblioteca de onde o Mestre extrai os seus conhecimentos é o Grande Livro da Natureza Viva.
Ele sabe ler este livro eterno, que está constantemente aberto diante dos nossos olhos, e do qual ele pode tomar qualquer pormenor para nos fazer revelações espantosas: o oxigénio e o hidrogénio; mercúrio, o enxofre, o sal; os quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo; a árvore, a função clorofilina, o figo, a rosa, as abelhas, as enguias que vão desovar no mar dos Sargaços por uma razão determinada; a circulação sanguínea, o sistema neurovegetativo: os lagos, as montanhas, a lua, as estrelas, os planetas.
Cairíamos no ridículo se tentássemos fornecer uma lista exaustiva...
Tomemos um único exemplo: o do caracol...
As crianças pegam nos caracóis e fazem corridas com eles, os automobilistas esmagam-nos nos dias de chuva, os apreciadores de petiscos fazem-nos jejuar para os comerem, os zoólogos dissecam-nos para os observarem...
E o Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov serviu-se do caracol para explicar a Creação do Universo!
Ele mostra que Deus creou os mundos exactamente como o caracol segrega uma substância que, ao solidificar, se torna a sua concha.
Esta imagem tão simples ilustra aquilo que a Cabala explica a respeito das emanações de Aín Soph Aur.
No começo, quando nada existia ainda em redor d'Ele, Deus creou o mundo através de emanações.
Essas emanações (que são as 10 séfiras e todas as creaturas que as habitam) condensaram-se e materializaram-se até se tornarem o Universo visível.
Quem se lembraria de utilizar o caracol para explicar os mistérios da Cabala?...
Mas existem ainda outras verdades que são quotidianamente confirmadas pelo exemplo do caracol que se transforma na sua concha.
No domínio psíquico, por exemplo, o Mestre ensina-nos o poder que nós temos de crear o nosso futuro, através da vontade e da imaginação, emanando de nós mesmos uma substância fluídica que um dia se concretizará, porque tudo aquilo que o homem cria de bom ou de mau, no mundo subtil, por intermédio das suas faculdades psíquicas, tornar-se-á um dia, uma realidade visível e tangível.
O Mestre colhe analogias extraordinárias na química, na botânica, na zoologia, na anatomia, na fisiologia humana, na geografia, na astronomia...
Mas, acima de tudo, ele ensina-nos a ultrapassar o estado da observação e da explicação científicas habituais para apreendermos uma significação que nos obriga a penetrar em nós mesmos; a interrogar-nos acerca daquilo que somos, daquilo que fazemos.
Com efeito, esta significação é sempre relativa àquilo que existe de essencial para a melhoria da existência humana: o nascimento das crianças, a vida dos casais, a sublimação da força sexual, o trabalho a fazer em nós mesmos com a vontade e a imaginação para nos aproximarmos sempre mais da nossa natureza divina, a ligação a estabelecer entre o eu inferior e o Eu superior, a unidade a realizar numa colectividade para que ela se transforme verdadeiramente numa Fraternidade onde todos avançam, regozijam e trabalham na alegria, na paz e na harmonia.


Continua

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