quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 28.02.2019

Exterminar criaturas é contrário à sabedoria divina, mesmo que elas sejam malfazejas.
Mas deixá-las inactivas também.
Para a Inteligência Cósmica, não deve haver morte nem inactividade:
ela quer ver a vida e a actividade manifestarem-se por toda a parte.
Por isso, está previsto que as criaturas infernais que formam essa egrégora a que as religiões chamam Satã ou o Diabo, também possam ser educadas, e um dia, regressar a Deus.
O Senhor aguarda-as, a sua paciência é infinita, Ele não tem pressa.
Como é que eu sei isto?
Porque o li, muito simplesmente.
Onde é que li?...
Não nos livros dos humanos, mas no livro da Natureza viva.
Neste livro, eu descobri que a vida de Deus, o amor de Deus, desce até às profundezas da Terra
 e dos abismos.
Mesmo aí, ainda há algumas partículas de vida divina que permitem aos habitantes dessas regiões subsistirem.
E é porque a vida de Deus desce até aos abismos que as criaturas das profundezas podem continuar a beneficiar dela para se resgatarem.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 27.02.2019

Um cume não é unicamente um ponto mais elevado do que os outros.
Qualquer cume é um centro vivo de energias puras.
Um tal cume existe também em cada ser humano: é o seu espírito.
Por isso, quando ele ora pedindo ajuda, é esse cume que, primeiro, deve tentar alcançar.
Quando o consegue, toca no núcleo das forças, do qual tudo depende.
Direis que a distância que vos separa desse cume em vós, o espírito, é imensa e mesmo
 impossível de percorrer.
Sim, mas por intermédio do pensamento, tendes um meio para vos ligardes a ele.
O pensamento é como uma corda que lançais até esse ponto distante, lá muito alto,
 que quereis alcançar.
Embora ele esteja ainda muito afastado, pelo menos vós estais "agarrados" a ele
e não correis o risco de cair.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 26.02.2019

Imaginemos alguém que não conhecesse nada sobre a anatomia e a fisiologia do corpo humano;
essa pessoa questionar-se-ia sobre como é que os elementos que o compõem se aguentam juntos para formarem uma criatura que anda, respira, come, e exprime pensamentos e sentimentos.
Seria necessário mostrar-lhe, pois, que debaixo da pele que a pessoa vê, existem carne, órgãos, músculos, vasos sanguíneos, nervos, etc., que ela não vê e, finalmente, um esqueleto que sustém o conjunto.
A uma escala gigantesca, acontece o mesmo com o Universo.
O Universo é um corpo, o corpo de Deus, e o nosso corpo físico é constituído à sua imagem.
Então, do mesmo modo que o nosso corpo tem um "vigamento", um esqueleto sem o qual se desmembraria, o Universo também é sustido por uma estrutura que mantém tudo em equilíbrio, desde as galáxias até às mais ínfimas partículas de matéria que constituem os átomos.
É graças a esta estrutura que a vida é possível e é ela que constitui aquilo a que a filosofia iniciática
chama "o mundo dos princípios".

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 25.02.2019

Ouve-se muitas vezes certas personalidades da ciência indignarem-se pelo facto de os humanos ainda não se terem desembaraçado de crenças que elas qualificam de irracionais.
E isto apesar de serem obrigadas a constatar que, após um período de materialismo, de cientismo, há cada vez mais pessoas a virarem-se para a religião, para a espiritualidade, para o misticismo.
Por vezes, esta tendência assume formas muito confusas, aberrantes e insensatas, como o fanatismo.
As autoridades religiosas, evidentemente,  ficam incomodadas com isso, sentem-se ultrapassadas por essas novas correntes que não conseguem controlar.
Mas é delas a responsabilidade por essa situação.
Durante demasiado tempo, estiveram muito mais preocupadas em ampliar o domínio da sua comunidade, a sua "capela", do que em responder às verdadeiras necessidades
 das almas e dos espíritos.
E a responsabilidade também é dos cientistas, das limitações da sua filosofia materialista.
Portanto, uns e outros devem parar de se lamentar ou de se indignar com uma situação que eles próprios contribuíram para criar e, em vez disso, tentar perceber como é que, juntos,
podem remediá-la.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 24 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 24.02.2019

Na Natureza, todas as criaturas servem de alimento a outras.
É uma lei, e esta lei verifica-se tanto no plano psíquico, como no plano físico.
O que é a luta entre o bem e o mal?
O confronto entre duas entidades esfomeadas.
Isso vê-se: elas estão sempre a devorar-se uma à outra.
Em nós, o bem e o mal estão presentes sob a forma da natureza superior e da natureza inferior.
O maior desejo da natureza inferior é o de nos dominar para nos devorar.
Vinte vezes, trinta vezes, cinquenta vezes por dia, ela tenta apanhar-nos m
nas suas ciladas para fazer de nós seu repasto, e aqueles que não estiverem vigilantes permitem que ela lhes tire alguns pedaços.
Depois, é claro, sentem-se enfraquecidos, enquanto ela, sempre esfomeada, 
vai à procura de novas presas.
Por isso, devemos dar a primazia à nossa natureza superior e fazer com que ela tenha, todos os dias, pelo menos um pedacinho da nossa natureza inferior para "trincar"!
Depois de a ter bem mastigado e bem absorvido, ela transforma-a na sua própria substância.
A psicologia do futuro estará baseada na compreensão deste processo: a absorção, a digestão e a assimilação da natureza inferior pela natureza superior.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


sábado, 23 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 23.02.2019

A verdadeira força de um ser humano não está em tornar-se duro para não sentir o sofrimento nomeio das provações.
A sua verdadeira força está em poder aceitar os sofrimentos com clareza, abnegação e, sobretudo, em paz e unidade de espírito.
Para quem passa por grandes provações, o mais terrível é ser abandonado por todos, e cada um pode viver isso pelo menos uma vez na sua vida.
Mas este sentimento de abandono, por mais doloroso que seja, é necessário, obriga-o a avançar no caminho espiritual.
Enquanto ele viver com facilidades, satisfeito, rodeado de amigos, não pode elevar-se até às verdades da alma e do espírito; para descobrir o essencial, tem de ser obrigado a isso e sentir-se só, privado de qualquer apoio.
Na realidade, nenhum ser é abandonado no verdadeiro sentido do termo.
Mesmo quando temos de passar pelas provações mais terríveis, estamos rodeados de entidades luminosas que falam para nós e velam por nós.
A solidão não existe, é apenas um estado de consciência passageiro e, para ultrapassar o mais rapidamente possível esse estado de consciência, nunca devemos duvidar do Ser
que dá existência e suporte a todos os mundos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 22.02.2019

Quando se vê e se ouve o que se passa no mundo, sente-se que pode acontecer o pior:
uma guerra atómica, epidemias, fome, catástrofes naturais, etc..., susceptíveis de levar ao desaparecimento da humanidade.
Mas os acontecimentos  nunca estão absolutamente determinados: em função do comportamento dos humanos, eles podem ter um curso completamente diferente.
Não existe determinação, nem para uma pessoa, nem para o mundo inteiro.
Quando criou os humanos, Deus deu-lhes uma vontade livre, eles dispõem do seu futuro.
Se vivem de forma inconsciente, em desordem, desencadeiam correntes caóticas e então, evidentemente, as leis da Natureza, que são as leis da justiça, levá-los-ão à perdição; 
isto é matemático.
Mas, se eles reflectirem nas consequências dos seus actos, se tomarem decisões acertadas, se projectarem à sua volta forças harmoniosas, se pararem de perturbar o equilíbrio da Natureza,
muitas desgraças poderão ser evitadas.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 21.02.2019

O intelecto do homem é naturalmente habitado pelo orgulho e o seu coração é naturalmente propenso à cólera.
O orgulho e a cólera são dois venenos violentos que é difícil neutralizar; no entanto, existem antídotos.
O antídoto para o orgulho é a humildade e o antídoto para a cólera é a doçura.
Doçura e humildade são duas virtudes que permitem encontrar soluções para as
 situações mais difíceis.
Aquele que sabe manifestar estas virtudes não é um fraco, como em geral, há tendência para crer; como ele tem o calor do coração insuflado pela alma, e a luz do intelecto insuflada pelo espírito, segue pelo caminho do poder.
Todos aqueles que crêem, que ao cultivarem a humildade e a doçura, se tornarão escravos ou vítimas, estão enganados; pelo contrário, eles acumulam reservas de forças graças às quais saberão, cada vez melhor, defender-se e impor-se pelo bem.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 20.02.2019

Ao ler um livro, ao contemplar uma cena da Natureza ou um quadro, ao ouvir música, podeis sentir subitamente que contactais com uma verdade que transforma a vossa visão das coisas.
Esta revelação pode perdurar no dia seguinte, e no outro, e durante muito mais tempo, porque, por intermédio desse livro, desse quadro, dessa cena da Natureza ou dessa música, o vosso espírito elevou-se muito alto e captou um sentido.
É como um elemento de eternidade que entrou em vós.
Claro que não basta ter, de vez em quando, um elemento de inspiração, de luz, para dar um sentido à sua vida; é preciso aprender a fazer durar esse momento, para que ele se torne um estado de consciência permanente que purifica, ordena e restabelece tudo em vós.
Embora, na existência quotidiana, seja impossível escapar às dificuldades, aos tormentos, pode conservar-se em si este sentido e até utilizar as dificuldades e os tormentos para o reforçar.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 19.02.2019

O princípio feminino possui as chaves para a realização na matéria.
Seja o bem, seja o mal, é o princípio feminino que realiza.
Com efeito, a mulher tem como função trazer filhos ao mundo.
Mas o filho pode ser também o símbolo de todas as realizações nos planos físico, psíquico ou espiritual, que obedecem às mesmas leis.
A mulher está construída de forma a emanar dela partículas muito subtis, uma matéria etérica que pode servir para incarnar ideias, projectos, para lhes dar um corpo.
Por isso, cada mulher deve tornar-se consciente dos seus poderes e decidir a que
 projectos quer associar-se.
A salvação da humanidade depende da orientação que as mulheres tomarem.
Assim como no plano dos arquétipos, no Alto, só existe uma Mulher, a Mãe Divina, todas as mulheres na terra devem unir-se para formar uma só mulher, uma mulher colectiva que fará nascer a nova vida.
A nova vida virá graças às mulheres, a todas as mulheres, pois elas é que possuem a matéria na qual ela pode tomar corpo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 18.02.2019

A estabilidade é a virtude sobre a qual devemos basear a nossa vida interior.
Como defini-la?
É estável aquele que, tendo decidido seguir o caminho da luz, mantém a sua orientação divina, aconteça o que acontecer.
Quando compreendeu uma verdade e a aceitou no seu coração, na sua alma, ele não só não deixa que ela aí se apague, como faz dela uma regra de vida, um programa.
A estabilidade é uma qualidade muito rara.
Para aqueles que abraçaram a vida espiritual, a maior dificuldade não é tanto aceder a um nível de consciência mais elevado, mas sim manter-se nele.
Um dia, eles obtêm uma vitória, mas no dia seguinte, quando as condições exteriores ou interiores mudam, são mais negligentes, têm tendência a seguir noutra direcção, e perdem-se.
Na realidade, manter-se nas alturas definitivamente e sem tropeçar é quase impossível.
Por isso, a estabilidade é o objectivo último da Iniciação, esse momento em que o discípulo pode dizer, finalmente, como o hierofante do antigo Egipto: «Eu sou estável, filho de estável, concebido e engendrado no território da estabilidade.»


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 17 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 17.02.2019

Para se justificarem de não conseguirem resistir às tentações, os humanos afirmam repetidamente que «a carne é fraca».
Não!
Na realidade, a carne, ou seja, o corpo, é neutro, é apenas o intermediário pelo qual nós realizamos os nossos pensamentos, os nossos sentimentos e os nossos desejos.
Não só ele não nos obriga a cometer erros ou excessos, mas, graças a ele, nós podemos realizar obras magníficas; ele é mesmo o melhor instrumento para a nossa evolução.
A Inteligência Cósmica pôs nele todos os instrumentos de que necessitamos para vibrar em uníssono com a ordem e a harmonia celestes.
Existem templos, igrejas, catedrais, lugares que foram consagrados para serem moradas da Divindade.
Mas nenhum edifício sagrado se compara a um corpo humano purificado, iluminado, santificado.
É o corpo que deve tornar-se um templo.
Mas quanto tempo ainda será necessário para que os humanos aceitem, pelo menos, esta ideia?
Ao porem continuamente o seu corpo ao serviço das suas cobiças, fazem dele um abrigo para animais e, evidentemente, não será o Senhor a vir aí habitar, mas sim entidades inferiores, indesejáveis, que apreciam muito essa companhia.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sábado, 16 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 16.02.2019

Há séculos que as Igrejas ensinam aos cristãos que o pecado original cometido por Adão e Eva marcou o ser humano com uma mancha que se transmite de geração em geração
 e que nada poderá lavar: ele foi concebido no pecado, nasceu no pecado e, é impossível escapar a essa fatalidade.
Mas, ao acentuarem e propagarem tais teorias, as Igrejas impedem a humanidade de se reerguer,
pois diminuem a sua esperança e o seu desejo de sair das suas fraquezas e das suas limitações.
Na realidade, só se pode dizer que um ser humano nasce em pecado na medida em que, por causa do seu comportamento, dos seus pensamentos e dos seus sentimentos - que não são luminosos nem puros -, os seus pais e todos os seus ancestrais lhe transmitem uma hereditariedade defeituosa.
Mas que, desde Adão e Eva, o pecado original se transmite obrigatoriamente de geração em geração, isso não.
Para quem encontra a luz e se esforça por viver nessa luz, o que importa o pecado de Adão e Eva?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 15.02.2019

O ser humano é constituído por um princípio material, o corpo físico, 
e um princípio subtil, o espírito.
Mas, acima de tudo, o ser humano é um espírito.
Foi-lhe dado um corpo físico para que, por seu intermédio, o espírito trabalhe e se manifeste
 no plano físico.
O corpo do homem é para o nosso espírito o que o Universo é para o espírito de Deus.
O Universo é o corpo de Deus e, por intermédio desse corpo, o seu espírito revela-se
 em toda a sua riqueza.
O Universo só existe porque o espírito de Deus continua a penetrá-lo para o animar, para o vivificar.
Se Deus se retirasse, o Universo retornaria à não existência.
E o mesmo se aplica ao homem: quando o espírito que o anima deixa o corpo, leva consigo todos os seus tesouros - a vida, a energia, a consciência - e o corpo desagrega-se.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 14.02.2019

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida.»

Esta frase de Jesus já foi inscrita em tantas igrejas e tantos templos!
Para se compreender o seu significado, é preciso relacionar as três palavras
 "caminho", "verdade" e "vida"
umas com as outras, o que, à primeira vista, parece quase impossível.
Mas há uma imagem que pode esclarecer-nos: a imagem do rio.
Na origem de um rio, há uma nascente.
Esta nascente representa a verdade.
Desta nascente corre a água, a vida, e, com o tempo, a água vai cavando um leito, abre caminho
 para si própria.
Na origem, há sempre uma nascente, a verdade.
A água, a vida que corre desta nascente, é o amor.
E o leito do rio, o caminho, é a sabedoria.
À medida que a água jorra da nascente, desce e vivifica todo o Universo.
Se quisermos beber essa água no seu estado de pureza total, temos de subir até à nascente, seguindo o caminho da sabedoria.
Alimentados pelo amor que é a vida e guiados pela sabedoria que é o caminho, chegaremos à nascente, a verdade.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 13.02.2019

Nunca encontrareis a estabilidade e a segurança interiores que procurais enquanto permanecerdes na região dos sentimentos e das emoções, o plano astral.
Nesta região, o clima, as condições atmosféricas, estão sempre a mudar: num dado momento, o Sol brilha e vós estais felizes; depois surgem nuvens e vem a tristeza; num dado momento, amais, depois ocorre um incidente e deixais de amar...
E o plano mental, o mundo dos pensamentos, não é mais estável: mudais de opinião tantas vezes, em função de certos acontecimentos ou daquilo que julgais serem os vossos interesses!
Então, cometeis tantos erros e passais por tantas decepções!
Para poderdes movimentar-vos num terreno estável e seguro, deveis mudar de plano, isto é,
 libertar-vos dos planos astral e mental, dos pensamentos e dos sentimentos inspirados pela natureza inferior, e elevar-vos até ao plano causal.
Como continuareis a ter um coração e um intelecto, sentimentos e pensamentos, tereis sempre algo a fazer nos planos astral e mental.
Mas é no andar de cima, o plano causal, que deveis instalar a vossa morada.
Será aí que recebereis a luz graças à qual fareis face a todas as situações.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV



terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 12.02.2019

O pai e a mãe de uma criança são como empreiteiros que foram encarregues  de construir
 a casa para uma alma.
Eles só são responsáveis pela construção dessa casa, pelos materiais com que ela será feita,
não têm qualquer poder sobre a alma em si mesma: ela vem sem eles saberem de onde e irá embora sem que eles saibam quando nem para onde...
Eu sei que a perda de um filho é, para os pais, uma provação terrível.
Muitos vieram ter comigo em busca de conselhos e consolo.
Mas revoltar-se não muda nada e só pode agravar o seu sofrimento.
Se eles foram bons pais, se lhe deram amor, atenção, deixaram nesse filho marcas magníficas.
A sua alma, que partiu, estar-lhes-á eternamente reconhecida, nunca os esquecerá e, a partir do mundo invisível, onde se encontra, virá consolá-los; trar-lhes-á presentes de ternura e de luz, e continuará a viver junto deles.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 11.02.2019

Quando as aves vêem que o perigo se aproxima, levantam voo.
Imitai-as!
Quando vos sentis ameaçados, levantai voo e elevai-vos a um ponto tal que, pelo menos interiormente, estareis protegidos em relação a todas as formas de agressão.
É este o conselho que a sabedoria dá.
Se ele é tão difícil de seguir, é porque os humanos têm tendência sobretudo para obedecer à lei da acção e da reacção.
Fazem-lhes mal, eles ripostam, vingam-se e, muitas vezes, até a dobrar.
Não será assim que resolverão os problemas.
Aliás, quando se vê certas pessoas agirem, não se percebe se elas estão realmente empenhadas em resolver os problemas, em encontrar maneiras de viver em harmonia.
Dir-se-ia, até, que os confrontos com os outros acabam por lhes agradar: elas medem forças, marcam pontos ou perdem-nos e tentam recuperá-los.
Esgotam-se nesta luta, mas acham isso normal.
Talvez seja normal para elas, mas não é normal aos olhos da sabedoria divina, que nos aconselha a resolver-mos os conflitos ganhando altura, elevando-nos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 10 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 10.02.2019

Num dos seus aspectos, Deus tem o rosto da Mãe Natureza, que estabelece limites que os seus filhos não devem ultrapassar.
Se eles os ultrapassam, diz-se que ela os castiga; mas não, eles é que saíram do espaço onde estavam protegidos e, ao saírem, puseram-se em más situações.
Os humanos devem deixar de raciocinar como se os actos que cometem fossem exteriores a eles e como se, depois de os terem cometido, pudessem descartar-se deles.
Não!
Quer pratiquem o bem, quer pratiquem o mal, mesmo que escapem à justiça humana, os seus actos deixam registos neles, e esses registos não podem ser apagados.
Então, se eles querem sentir a benevolência e o amor divinos, só têm uma coisa a fazer: não cometer erros; e, se os cometerem, devem tomar consciência deles e esforçar-se por repará-los.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 09.02.2019

Imensas pessoas passam o tempo a criticar os outros e fazem-no com satisfação e orgulho: sentem-se tão superiores!
Na realidade, trata-se de uma fraqueza de que não deveriam estar orgulhosas.
Todas as palavras negativas são como um suporte material fornecido aos espíritos malfazejos, que se servem delas para a execução dos seus maus desígnios.
Direis que nem sempre o mal que se diz de alguém corresponde realmente àquilo que se pensa.
É possível, mas isso não impede que se tenha dado a entidades maléficas meios
 para elas fazerem mal.
Evitai, pois, as críticas, sobretudo se não estiverdes absolutamente seguros daquilo que dizeis.
E mesmo que, por certas razões, sejais obrigados a falar do comportamento de uma pessoa que agiu mal, para serdes pedagógicos procurai sempre terminar mencionando pelo menos
 uma das suas qualidades.
Realçar os defeitos ou os maus comportamentos das pessoas nunca serviu para as corrigir.
Muitas vezes, com as críticas só se acrescenta mal ao mal.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


PENSAMENTO QUOTIDIANO - 08.02.2019

Muitos crentes imaginam que Deus se dirige aos humanos para lhes ditar a sua vontade: 
vai ali, faz aquilo...
Não, Deus não fala assim, não dá directrizes.
Direis vós: «Mas Ele nunca fala para nós?
Nunca nos diz o que devemos fazer?»
Sim, Ele fala para nós todos os dias, a cada instante.
Diz-nos: «Sê firme na sabedoria, no amor e na verdade!»,
e cabe-nos a nós, depois, descobrirmos quando, onde e como podemos manifestar melhor
 essas três virtudes.
Mas, em vez de escutarem esta voz que os aconselha a trabalharem pacientemente sobre si próprios para se aperfeiçoarem, muitos deixam-se convencer de que Deus lhes confia a missão de converter os descrentes e até de os massacrar, se resistirem!
Não, esses ignorantes tornar-se-ão monstros.
Devem saber que não têm qualquer poder sobre a alma dos seres, e eles é que estão
 a perder a sua alma.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 07.02.2019

O ser humano será sempre habitado por instintos e desejos que são, para ele, ocasiões
 para se extraviar.
Mas ele não deve lutar contra esses instintos e esses desejos para os extirpar, pois eles representam as raízes do seu ser e, se ele arrancar as suas raízes, a fonte da vida acabará por secar.
Ele deve unicamente esforçar-se por transformar, sublimar, os seus instintos e os seus desejos.
Só que, seja em que domínio for, as pessoas compreendem melhor as palavras "arrancar" e "extirpar" do que as palavras "transformar", "transmutar", "sublimar".
É neste domínio, pois, que há um trabalho a fazer.
Quando sentis que um desejo pode levar-vos a agir mal, muitas vezes é quase inútil lutardes directamente contra ele.
Não o ataqueis, procurai antes elevar-vos até ao plano dos sentimentos, do pensamento, da alma, do espírito, e orientai-o num sentido diferente.
Cada um deve esforçar-se diariamente por purificar, por enobrecer os seus desejos, pois eles ligam-no às regiões do espaço e às entidades que lhes correspondem, obscuras ou luminosas.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A RESPIRAÇÃO (Continuação XII)

dimensão espiritual
e aplicações práticas

Os exercícios de respiração que nós fazemos todas as manhãs baseiam-se igualmente no número 4:
4-16-8  ou  8-32-16.
Fizemos primeiro estes exercícios com o ritmo 4-16-8 e depois, alguns anos mais tarde,
 com o ritmo 8-32-16: inspira-se durante 8 tempos, retém-se o ar durante 32 tempos e expira-se durante 16 tempos.
Da respiração depende a pureza do organismo.
O sangue percorre os órgãos do corpo e depois vai aos pulmões para se purificar.
Portanto, se vós fizerdes conscientemente, dia após dia, os exercícios de respiração, conseguireis purificar cada vez mais o vosso organismo.
Mas durante esses exercícios podeis também atrair, pelo pensamento, materiais, forças e partículas do mundo superior: a luz, a paz e todos os elementos vivificadores.
Vós deveis procurar aquilo que vos falta e de que tendes necessidade consoante o estado em que vos encontrais.
Enquanto retendes a respiração, podeis, por exemplo, escolher quatro virtudes e concentrar-vos nelas repetindo quatro vezes os seus quatro nomes.
Podeis também concentrar-vos sobre as quatro regiões do Universo ou então sobre os vossos próprios corpos físico, astral, mental e causal.
É um campo de actividade muito vasto e vós sois livres de escolher aquilo que vos convém.
Em seguida, quando expirais - e é precisamente disto que eu vos queria falar -, podeis apelar para os Anjos dos quatro elementos.
Embora o tempo de expiração não seja muito longo (16 tempos), vós podeis trabalhar pela imaginação para formar imagens.
Durante os quatro primeiros tempos, imaginais que o fogo passa na vossa cabeça e elimina tudo o que é tenebroso; portanto, o Anjo do fogo santifica-vos.
Depois, durante mais quatro tempos, vós imaginais que o Anjo do ar faz passar através dos vossos pulmões um sopro tão espiritual que os purifica totalmente.
Nos quatro tempos seguintes, vós imaginais que uma água cristalina se derrama através do estômago, do pâncreas, do fígado, dos intestinos, dos órgãos genitais, e que lava todos esses órgãos.
Finalmente, durante os quatro últimos tempos, vós recorreis ao Anjo da terra e imaginais que todos os detritos do corpo físico se infiltram na terra, que os absorve.
Este exercício faz-se muito rapidamente, há que ganhar o hábito de o fazer.
O fogo retira as impurezas que se encontram no cérebro; o ar faz o mesmo trabalho nos pulmões; a água, no estômago e no ventre; e a terra, em todo o corpo: tudo o que entrava o bom funcionamento do corpo deve ser absorvido para as entranhas da terra.
Eis mais um exercício extremamente eficaz.
É claro que, como vós ainda não o experimentastes, não tendes consciência do seu valor.
Mas é segundo métodos destes que os verdadeiros Iniciados conseguem purificar-se, santificar-se.
E mesmo que os humanos sejam incapazes de sentir essa pureza, há outras criaturas no plano astral ou no plano mental que a sentem, pois um ser purificado, quando passa em qualquer lado, projecta no espaço chispas e partículas poderosas e luminosas.
O exercício que acabo de explicar-vos é dos melhores.
Se vos aplicardes a fazê-lo regularmente, tereis grandes possibilidades.
Formai cuidadosamente essas imagens: o fogo mais puro, o ar mais puro, a água mais pura e a terra que absorve todas as vossas impurezas.
Nós estamos rodeados de agentes mágicos: a água, o ar, a terra, o fogo...
Deus depositou poderes extraordinários nestes elementos e cabe-nos a nós aprender a utilizá-los.

Edições Prosveta

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO -06.02.2019

Contrariamente à ideia que muitas pessoas têm, a santidade não é um estado em que os homens e as mulheres devem esforçar-se por não sentir qualquer atracção uns pelos outros.
Ninguém se torna santo fugindo do amor, pois o amor é a vida e a santidade supõe que haja vida.
Mas, tal como a vida tem níveis, o amor também os tem.
O amor, o verdadeiro amor, está não só acima da atracção sexual, mas também acima do sentimento.
É um estado de consciência superior.
Entre as qualidades que podem ajudar-nos a aproximar-mo-nos deste conhecimento do amor, a pureza é a mais importante.
E quando eu falo de pureza refiro-me à pureza dos pensamentos e dos sentimentos: pensamentos e sentimentos libertos de egoísmo.
As três palavras "vida", "amor" e "pureza" estão ligadas, pois a vida depende do amor e, quanto mais puro é o amor, mais a vida é rica, bela imaculada.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A RESPIRAÇÃO (Continuação XI)

dimensão espiritual
e aplicações práticas
III

Como já vos disse, há muitos trabalhos que podeis fazer graças aos exercícios de respiração.
Um desses exercícios diz respeito à purificação ligada com os quatro elementos.
Na realidade, esses Anjos são dezasseis, pois os quatro elementos - a terra, a água, o ar e o fogo - encontram-se nos quatro planos, nos quatro mundos: físico, astral, mental e divino.
Os quatro elementos estão representados na Árvore sefirótica pelos quatro Animais Sagrados, os Serafins, que residem na primeira séfira: Kéther.
Evidentemente, em Kéther os quatro elementos não têm a mesma aparência daqueles que nós conhecemos aqui.
O fogo, o ar, a água e a terra aqui não passam de pálidos reflexos, de condensações grosseiras da matéria que existe no Alto, no seio do Eterno.
Esta matéria de que o Senhor Se vestiu para Se manifestar é tão subtil, tão pura, que nos é impossível concebê-la.
A Cabala ensina ainda que, quando o Senhor quis criar o Universo, formou primeiro o Seu reino, Atziluth (palavra hebraica que significa "emanação"), que compreende as séfiras Kéther (a Coroa), Hokmah (a Sabedoria) e Binah (a Inteligência).
Este mundo das emanações formou ele próprio a região chamada, em hebraico, Bériah ("criação"), que compreende as séfiras Hessed (a Clemência), Géburah (a Severidade) e Tiphéret (a Beleza).
O primeiro mundo é, pois, o do espírito e da alma; o segundo, o do intelecto.
Bériah, pelom seu lado, emanou um terceiro mundo, em hebraico, Iétzirah ("formação"), cuja matéria é ainda mais densa: é a região do plano astral que compreende as séfiras Netzach (a Vitória), Hod (a Glória) e Iésod (o Fundamento).
Por fim, apareceu Asiah, o mundo físico, onde se encontra a séfira Malkut (o Reino).
Os cabalistas dividem o Universo em quatro regiões, que são, começando de baixo: o mundo físico, Asiah; o mundo astral, Iétzirah, o mundo mental; Bériah, o mundo das emanações;
 Atziluth, o mundo do espírito.
É no mundo Atziluth que se encontram os Anjos dos quatro elementos, dos quatro Princípios da matéria, que são representados com a face de um touro, de um homem, de uma águia e de um leão.
São João, o profeta Ezequiel e muitos outros contemplaram estes quatro Anjos; quatro outros Anjos representam-nos no mundo mental, depois outros quatro na região mais condensada do plano astral e, finalmente, outros quatro no plano físico.
Quando nos dirigimos ao Anjo do ar, ao Anjo da água, ao Anjo do fogo ou ao Anjo da terra, nós dirigimo-nos aos quatro Anjos da região de Asiah que dirigem esta água, este vento, este fogo e esta terra que nós conhecemos e que vemos.
Isto está claro?
Não se deve confundir os quatro Anjos que se ocupam do mundo físico e dos quatro elementos que vemos no nosso Universo, com os quatro Anjos que são os Princípios da matéria.
O fogo que nós conhecemos não é o verdadeiro fogo; o verdadeiro fogo existe no Alto.
Já vos expliquei que existem várias espécies de fogo e, por exemplo, o fogo que nós acendemos aqui e que arde não é o mesmo fogo que o fogo do Sol.
A Cabala mostra-nos igualmente como as quatro regiões, Asiah, Iétzirah, Bériah e Atziluth estão reflectidas no homem.
Os cabalistas chamam ao corpo físico "gouph" e ao corpo astral "néphesch".
Em seguida vem "rouah" que significa espírito, mas que corresponde mais ao plano mental e, finalmente, "neschamah", que corresponde ao mundo da alma e do espírito.
Estas quatro divisões - "gouph", "néphesch", "rouah" e "neschamah" correspondem às quatro divisões do Universo.
São algumas das palavras que, sem entrar nos detalhes, vos permitirão ter noções precisas.

Continua
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 05.02.2019

O que sabemos nós de um ser humano?
Podemos descrever o seu corpo físico, tocar-lhe, mas a entidade que formou esse corpo, que habita nele e faz com que ele esteja vivo, não é possível descrevê-la e tocar-lhe.
Um homem está estendido no chão, é visível, palpável, mas está morto: é porque algo invisível o deixou, esse "algo" que o fazia caminhar, falar, amar, pensar...
E podeis pôr junto dele todo o tipo de comida e todos os tesouros do mundo, dizendo-lhe: «Tudo isto é para ti, meu caro! Regozija-te!», que não haverá nada a fazer, ele não se mexerá.
À primeira vista, o mundo que nos rodeia, o mundo que podemos ver, tocar, medir, parece-nos ser a única realidade.
Não podemos negar que é uma realidade, mas não toda a realidade.
Ele é somente a concretização, a materialização de um mundo invisível onde circulam forças, corrente, entidades.
A verdadeira realidade não está acessível aos nossos cinco sentidos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A RESPIRAÇÃO (Continuação X)

dimensão espiritual
e aplicações práticas

E a rosa, como é que ela aprendeu a produzir o melhor dos perfumes, ao passo que outras plantas têm odores nauseabundos?
No entanto, elas recebem as mesmas influências do Céu, do Sol das estrelas.
Mas a rosa aprendeu a receber o perfume e a dá-lo aqui, no plano físico.
E as pedras preciosas também; elas dão a luz que receberam.
Ao estudardes a primeira letra do alfabeto hebraico, "aleph", vós compreendereis que esta letra não é outra coisa senão o símbolo das trocas: receber e dar.
Vós recebeis a luz e dais a luz, recebeis a pureza e dais a pureza, recebeis o amor e dais o amor.
Por isso o Cristo dizia: «Eu sou "Aleph"», pois ele é o único que devolve a luz tão pura como a recebeu.
Todos os outros dão sujidades.
Meus queridos irmãos e irmãs, eu sei que vos conduzo para regiões quase inacessíveis, mas se vós adoptardes como ideal dar a luz, o amor divino e a pureza tais como os recebestes, preparareis o terreno para que um dia tudo o que emanardes, tudo o que projectardes, seja pura luz.
Para realizar este ideal existe apenas um meio: trabalhar para que a ideia de fraternidade se propague no mundo, para que o Reino de Deus e a Sua Justiça venham à terra.
Nessa altura é que o ar que expelirdes será um sopro vivificador.
Mas eu sei, à partida, que estas palavras não serão compreendidas e muito menos serão realizadas, pois isso exige muitos esforços, muitos sacrifícios, e as pessoas não têm vontade nenhuma de renunciar ao que quer que seja.
Mas, apesar disso, o Céu encarregou-me de vos fazer estas revelações, talvez não tanto para aqueles que estão aqui, mas para aqueles que virão no futuro.
Eu sou obrigado a dar-vos um alimento que quase ultrapassa as possibilidades actuais da humanidade mas, apesar de eu conhecer antecipadamente as imperfeições, as fraquez
as das criaturas, faço-o conscientemente para que isso permaneça e que, um dia, aqueles que tiverem vontade de se lançar em realizações divinas acreditem que isso é possível e encontrem o meio de o conseguir.
Agora, as pessoas são livres de me aceitar, de me seguir ou não; mas eu tenho o meu trabalho, assumi um compromisso, tenho obrigação de vos fazer estas revelações.

Continua
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 04.02.2019

Uma palavra que contém verdade só pode ser compreendida e, sobretudo, aplicada se cair num terreno favorável.
Para esclarecer esta questão, devemos tomar como ponto de partida a estrutura psíquica do
 ser humano.
Essa estrutura assenta em três princípios: o intelecto, graças ao qual ele pensa; o coração, graças ao qual ele tem sentimentos; e a vontade, que o impele à acção.
Ora, a vontade nunca age sem um propósito, mas sim sob o impulso de pensamentos e de sentimentos.
Observai-vos: para tomardes a decisão de agir, não basta pensardes que isso é útil, também precisais de gostar do que ides fazer.
Podemos dizer, pois, que os actos são a concretização dos pensamentos produzidos pelo intelecto e dos sentimentos produzidos pelo coração, são filhos deles; e, consoante a qualidade desses pensamentos e desses sentimentos, os actos executados pela vontade são bons ou maus.
São bons se o intelecto for inspirado pela sabedoria e o coração for inspirado pelo amor.
É nessa circunstância que se age em consonância com a verdade, como uma semente que germinou e cresceu numa terra fértil.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 3 de fevereiro de 2019

A RESPIRAÇÃO (Continuação IX)

Praticai os exercícios que vos são dados, eles reforçar-vos-ão e permitir-vos-ão enfrentar melhor as dificuldades.
O que importa é a capacidade de atenção e de concentração que colocais neles; eu verifiquei isso tantas vezes!
«Quando oras, dizia o Mestre Peter Deunov, concentra exclusivamente o teu pensamento no objectivo da tua prece e faz uma respiração longa e profunda.»
Uma prece acompanhada de uma respiração tranquila e ritmada tem uma eficácia muito maior.
Respirar profundamente permite-nos ligar-mo-nos a Deus, que nos diz: «Respira, escuta e ouvirás a minha palavra.»
Fazei esta experiência: respirando muito profundamente, recitai uma prece de modo a poderdes
 fazê-la durar todo o tempo em que inspirais, retendes e expirais o ar.
Escolhei, por exemplo, o Pai Nosso, e recitai os três primeiros apelos do seguinte modo:
«Santificado seja o Teu nome», aspirando;
«Venha a nós o Teu reino», retendo o ar;
«Seja feita a Tua vontade assim na terra como no Céu», expirando.
Há que aprender a respirar conscientemente, isto é, a fazer participar o pensamento na respiração.
Em vez de fazerdes as vossas respirações todas as manhãs de modo automático e ocupardes simplesmente o vosso pensamento a contar os tempos durante os quais deveis respirar, utilizai as mãos para contar e libertai o pensamento, enchei-o com as ideias e as imagens mais luminosas, e assim fareis um trabalho magnífico.
Um dos melhores exercícios que eu posso aconselhar-vos é o de vos habituardes todos os dias, várias vezes ao dia, a respirar a luz.
Escolhei um lugar tranquilo onde ninguém vos perturbe, colocais-vos numa posição cómoda e respirais: inspirais imaginando que atraís a luz cósmica, essa luz infinitamente mais subtil ainda do que a luz do Sol, essa quinta-essência impalpável, invisível, que penetra tudo.
Fazeis circular essa luz em vós para que ela circule através de todas as vossas células, de todos os vossos órgãos...
Depois, ao expirar, fazei-la sair de vós, projectai-la para iluminar, para esclarecer, para ajudar o mundo inteiro.
É um exercício extraordinário, pois, do ponto de vista cabalístico, vós tornais-vos a letra Aleph.
Aleph, a primeira letra do alfabeto hebraico, é o símbolo do ser que recebe com uma mão a luz celeste e que, com a outra, a distribui aos humanos.
Vós não podeis tornar-vos Aleph se só pensardes em vós, se guardardes tudo para vós.
Aleph é o ser que só pensa em dar, em aquecer, em iluminar, em vivificar, sem se ocupar de si mesmo.
Ele é um criador, um salvador da humanidade, um filho de Deus.
Aquele que aprende a respirar conscientemente ilumina o seu intelecto, aquece o seu coração, fortifica a sua vontade e prepara também as melhores condições para as suas encarnações futuras.
Porque, ao respirar com uma consciência desperta, ele entra em sintonia com entidades muito evoluídas, atrai-as, cria uma ligação com elas.
Então, essas inteligências luminosas aceitam vir trabalhar nele e, um dia, quando ele deixar a terra, encontrará nos outros mundos esses "amigos" com os quais já terá aprendido a trabalhar.
Nunca esqueçais que o vosso organismo forma uma sociedade cujos membros se esforçam por manter a unidade.
Por enquanto, vós ainda não conheceis esses associados que vivem dentro de vós, mas, no dia em que fordes para o outro mundo, encontrá-los-eis e sabereis que eram amigos que habitavam em vossa casa e que voltareis a encontrá-los numa próxima encarnação.
Eis uma questão que é muito importante conhecer para aqueles que querem manifestar-se correctamente e realizar a missão divina para a qual desceram à terra.
E agora, eis mais um ponto sobre o qual nunca reflectistes.
Quando inspiramos, nós captamos o ar da atmosfera e é graças ao oxigénio que ele contém que podemos continuar a viver; ao passo que, ao expirar, nós expelimos os elementos poluídos, o gás carbónico, etc...
Toda a gente sabe isso e pensa que é uma situação definitiva.
Mas não.
Porque é que o homem há-de sempre captar materiais puros e vivificadores do Universo e expelir impurezas e venenos?
É claro que, enquanto ele não tiver conseguido viver, interiormente, uma vida pura, será isso que acontecerá, mas, no dia em que ele conseguir pensar, sentir e agir divinamente, já não serão impurezas que ele expelirá: ele inspirará a vida pura e expirará a vida pura.
Vós direis que é impossível.
Mas é possível.
Houve Santos e Iniciados que se purificaram a tal ponto, que tudo o que eles expeliam, tudo o que eles exalavam, perfumava a atmosfera.
A vida divina que tinham recebido, eles não a sujavam em si mesmos devido a impurezas e maldades, antes a projectavam tão límpida, luminosa e benéfica como a tinham recebido.
Porque é que os homens não haveriam de conseguir fazer o que fazem certos insectos?
As abelhas, por exemplo.
O alimento que elas recolhem, o néctar das flores, é depois transformado por elas em mel.
Será que os humanos chegaram a este ponto?
Não, nunca, por causa da sua crueldade, da sua maldade!
Mas se eles se tornarem como as abelhas, se eles trabalharem por uma ideia fraternal, uma ideia divina, e se forem puros, serão capazes de tornar tão delicioso e perfumado como o mel, tudo aquilo que absorveram.
Eu vi isso, li-o no grande Livro da Natureza viva, nos projectos da Inteligência Cósmica.
Está escrito que um dia será assim.

Continua
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 03.02.2019



O Cristo é um princípio cósmico.
Este princípio pode manifestar-se através de um ser que se preparou para O receber; mas um ser humano, por mais excepcional que seja, não pode ser o Cristo, não pode ser a encarnação
 do próprio Deus.
O Cristo nunca tomou um corpo físico e nunca o fará, não pode tornar-se um homem; Ele só entra nas almas e nos espíritos que estão preparados para se fundir com Ele.
Foi deste modo que ele entrou em todos os grandes Mestres espirituais da humanidade que nós conhecemos, assim como em muitos outros que não conhecemos.
O Cristo é um espírito.
E Jesus, como todos os outros Iniciados, teve de percorrer um longo caminho antes de o espírito do Cristo descer nele.
Chamaram-lhe Jesus Cristo, não porque ele era o Cristo, mas porque recebeu o Cristo.
E recebeu o Cristo porque tinha a mais alta consciência da presença de Deus nele.
É, pois, esta consciência que os humanos devem desenvolver até se fundirem na Divindade para poderem dizer, um dia, como Jesus: «O meu Pai e eu somos um.»


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sábado, 2 de fevereiro de 2019

A RESPIRAÇÃO (Continuação VIII)

Pela respiração, pode-se captar no ar uma quinta-essência muito preciosa a que os yoguis hindus chamam "prâna".
O "prâna" está na base de todas as energias do Cosmos.
É de manhã, ao nascer do sol que ele é mais abundante.
Ao fazer-se passar conscientemente o ar pelas narinas, põe-se a funcionar certas fábricas no corpo que começam a trabalhar para extrair esta quinta-essência.
Uma vez captada, ela começa a circular ao longo dos nervos.
Os yoguis, os sábios da Índia, que estudaram o sistema nervoso, compreenderam que este  "prâna" tão subtil circula como fogo nas ramificações nervosas situadas de ambos os lados
 da coluna vertebral.
Do mesmo modo que o sangue circula através das veias, das artérias e dos vasos capilares, este fluído muito subtil, o "prâna", circula através do sistema nervoso.
É um alimento que aumenta a vitalidade, o equilíbrio, a lucidez.
Há muito tempo - eu ainda não devia ter dezassete anos, pois ainda não tinha ainda encontrado o Mestre Peter Deunov... -, eu fazia imensos exercícios de respiração, e como era muito jovem e não dispunha de um instrutor para me guiar, não tinha qualquer noção da medida certa e acabei por adoecer.
Mas recordo-me de que um dia, durante um desses exercícios de respiração, tive subitamente a sensação de ter aspirado um fogo que descia até aos meus pulmões.
Foram instantes de uma alegria, de uma felicidade, de uma iluminação indescritíveis.
Evidentemente, nessa altura eu não sabia o que estava a acontecer-me.
Anos mais tarde, compreendi que talvez fosse isso o Espírito Santo, esse fogo divino que o homem recebe em si por intermédio do ar.
A respiração tem grandes poderes, ela pode mesmo permitir, àqueles que se treinaram, saírem livremente do seu corpo e viajarem no espaço para conhecerem as realidades do mundo invisível de que nos falam os Iniciados.
Do modo de respirar depende também o despertar dos chacras e a aquisição das
 faculdades espirituais.
Há que aprender a respirar conscientemente, isto é, a ligar o pensamento à respiração, para se poder chegar às forças ocultas no subconsciente.
A respiração consciente e profunda traz bênçãos incalculáveis para a vida intelectual, para a vida emocional e para a vida física.
Precisais de observar os seus efeitos positivos no vosso cérebro, na vossa alma, em todas as vossas faculdades; é um factor muito importante para todos os domínios da vida.
Nunca deixeis esta questão de lado.
Nos pequenos factos da vida quotidiana, nas vossas relações com os outros, pensai também em respirar, isso permitir-vos-á controlardes-vos.
Antes de uma reunião, por exemplo, para que a conversa não degenere em disputa, ou quando tiverdes de fazer reprimendas a uma criança ou castigá-la, deveis afastar, com o auxílio de uma respiração profunda, tudo o que pode perturbar-vos: os pensamentos acalmar-se-ão e clarificar-se-ão.
Estudai-vos, observai-vos quando passais por um sofrimento, quando estais prestes a ceder à cólera ou à sensualidade: a vossa respiração perde a regularidade, a profundidade, torna-se desordenada, ofegante.
Uma respiração irregular desperta as forças negativas.
Respirai deste modo somente durante cinco minutos e desencadeareis forças negativas em vós...
e vice-versa.
Já notastes que o ritmo respiratório abranda imenso durante o sono?
Como, durante o sono, não se age, gasta-se apenas uma pequeníssima quantidade de materiais e necessita-se de muito pouco ar para alimentar a combustão.
Pelo contrário, no estado de vigília e sobretudo durante certas actividades, o ritmo respiratório acelera, porque é necessária uma quantidade de combustíveis muito maior.
Os pulmões permitem que os gastos de energia se façam sem que o homem pereça.
Se ele não respirasse, não receberia nada do ar ambiente para reanimar as suas energias e feneceria como uma vela que se consumiu completamente.
É por isso que eu digo que os humanos são cegos e ignorantes quando julgam que podem passar por todas as efervescências sexuais sem se esgotarem.
O seu ritmo respiratório durante essas efervescências prova-lhes, pelo contrário, que eles fazem grandes dispêndios de energia.
Na parte posterior do cérebro estão situados os centros do amor: amor à família, aos amigos, faculdade de trocas, de comunicação com os humanos, e mais abaixo, no cerebelo, o centro
 do amor sexual.
Assim, quando o sangue aflui um pouco mais abundantemente a este último, vós sois impelidos a dar livre curso à vossa sensualidade.
Para escapar a esta tentação, deveis respirar profundamente: pouco depois, manifestar-vos-eis de um modo mais feliz, mais benéfico.
Uma boa respiração harmoniza as trocas.
Tomemos um caso concreto.
As pessoas apertam-vos a mão para vos saudar; uma com amor para exprimir o quanto vos aprecia, outra com moleza... outra com negligência, para mostrar que aquele gesto não significa grande coisa para ela... outra quase vos quebra os dedos...
Num aperto de mão, deve passar uma corrente, senão esse gesto de nada serve.
Pois bem, se não respirardes correctamente, profundamente, não podereis dar um bom aperto de mão a um amigo.
Antes de estender a mão a alguém, respirai profundamente (com discrição, é claro...) e fazei o mesmo antes de entrardes em casa de alguém que ides visitar, pois deste modo o vosso encontro com essa pessoa decorrerá mais harmoniosamente.

Continua
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 02.02.2019

Os humanos têm tendência para fazer classificações; classificam a inteligência, o talento, a força, a destreza, a beleza, a riqueza, etc.
Em toda a parte, existe sempre um primeiro e um último.
Mas estas classificações são muito relativas.
Quando se considera um número limitado de indivíduos, pode dizer-se que um deles é o primeiro e outro é o último; mas, quando se considera a vida como uma cadeia infinita e ininterrupta, aonde é que se vai encontrar o primeiro e o último?...
Do mesmo modo, se se comparar a existência com uma roda a girar, o que está em primeiro torna-se o último e inversamente.
E na família, quem é o primeiro: o pai, a mãe ou o filho?
Pela idade, o filho é o último, mas, pela importância, está em primeiro lugar, porque o pai e a mãe concentram toda a atenção nele.
Ou, então, algumas pessoas que estão em primeiro lugar quando se trata de ser sábio, inteligente ou instruído, são os últimos em resistência física e inversamente.
É assim o mundo: aqueles que são os primeiros num domínio são os últimos noutro.
Cada um pode regozijar-se pensando que é o primeiro em alguma coisa.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A RESPIRAÇÃO (Continuação VII)

A Natureza dispôs por toda a parte meios para se penetrar nestes mistérios.
De certeza que, se os filósofos praticassem uma respiração consciente, encontrariam a solução de certos problemas que para eles ainda são enigmas e sobre os quais, por enquanto, continuam a falar e a escrever sem compreenderem grande coisa a esse respeito.
Aliás, a capacidade de pensar está ligada à respiração.
Naqueles que respiram mal, o cérebro vai perdendo capacidades.
Aqueles que compreenderam o significado profundo da respiração sentem, pouco a pouco, a sua própria respiração fundir-se na respiração de Deus.
Porque Deus também respira: Ele expira e o mundo aparece, Ele inspira e o mundo desaparece.
Evidentemente, as inspirações e as expirações de Deus prolongam-se por biliões e biliões de anos.
É o que dizem os Livros sagrados da Índia: um dia, Deus inspirará e este Universo será engolido e regressará ao nada...
Depois, Deus expirará de novo e uma nova Criação aparecerá para durar mais uns biliões de anos.
Através do homem, Deus respira mais rapidamente, mas no Cosmos as suas respirações são muito prolongadas.
Portanto, quanto mais lento é o nosso ritmo respiratório, mais nos aproximamos da
 respiração de Deus.
A ciência da respiração desenvolveu-se particularmente na Índia, há milénios, com técnicas por vezes bastante complexas.
Esta ciência é tão vasta que seriam necessários anos, séculos, para a estudar.
Os yoguis, os ascetas, compreenderam a importância da respiração, não apenas para a vitalidade, mas também para o funcionamento do pensamento, pois eles foram muito longe nas suas pesquisas e conseguiram compreender que todos os ritmos do nosso organismo se baseiam no ritmo cósmico.
Ao estudarem a respiração e as suas ligações com os ritmos do Universo, os Iniciados descobriram que, para poderem comunicar com uma dada entidade ou uma dada região do mundo espiritual, é preciso encontrar um certo ritmo, apropriar-se desse ritmo como de uma chave, tal como se faz quando se procura um determinado comprimento de onda para captar uma emissão de rádio.
O comprimento de onda é um factor muito importante para se estabelecer comunicação com esta ou aquela estação emissora.
Pois bem, acontece o mesmo com a respiração: é preciso saber qual o ritmo a que se deve respirar para se entrar em contacto com uma determinada região do Universo.
Mas eu não vos aconselho, evidentemente, a aventurardes-vos em exercícios complicados, vós não sois yoguis hindus, e se não fordes prudentes e sensatos correreis o risco de vos desequilibrardes, de arruinardes a vossa saúde, como já aconteceu a muita gente.
Os exercícios de respiração que praticamos na nossa Escola são muito simples.
Ei-los:
1.  Tapais a narina esquerda e aspirais o ar profundamente pela narina direita, contando quatro tempos
2.  Retendes a respiração durante dezasseis tempos.
3.  Tapais a narina direita e expirais pela narina esquerda, contando oito tempos.
     E recomeçais o exercício de modo inverso:
1.  Tapais a narina direita e aspirais o ar profundamente pela narina esquerda, contando quatro tempos
2.  Retendes a respiração durante dezasseis tempos.
3.  Tapais a narina esquerda e expirais pela narina direita, contando oito tempos.
O exercício é repetido seis vezes para cada narina.
Quando fizerdes este exercício facilmente, podereis dobrar os tempos, isto é; oito, trinta e dois, dezasseis, mas não vos aconselho a ir mais longe.
Na vida de um espiritualista, a respiração deve desempenhar um papel capital, por isso ele deve organizar o seu tempo de maneira a poder fazer estes exercícios todas as manhãs em jejum.
Depois do pequeno almoço já não é a mesma coisa, os pulmões são perturbados nos seus movimentos e até é nocivo.
Os exercícios de respiração devem ser feitos sempre em jejum ou então quatro ou cinco horas depois de se ter comido.
Acrescentarei ainda que, quando fazeis uma inspiração profunda - desta vez com as duas narinas -,
não deveis inspirar o ar bruscamente, inspirai sempre lenta e demoradamente, mas depois, para expirar, podeis projectar o ar rapidamente e com força.

Continua

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


PENSAMENTO QUOTIDIANO - 01.02.2019

O frio é compreendido, muitas vezes, num sentido negativo, é associado àquilo que  contrai e paralisa, ao passo que o calor simboliza o que é vivo, generoso.
Na realidade, existem duas espécies de calor e duas espécies de frio.
Há o calor que dilata, vivifica, faz amadurecer, e o calor que queima, que seca.
Há o frio que que conserva tudo e que é bom, e o frio que paralisa toda a vida.
Consideremos o ciclo da água na Natureza.
Sob o efeito dos raios solares, ela aquece e evapora-se.
Chegada às camadas superiores da atmosfera, arrefece, cristaliza e cai sob a forma de neve.
Quando o Sol faz fundir a neve, a água desce até aos vales, onde vai dar aos rios, aos lagos,
 aos oceanos.
Depois, evapora-se de novo e o ciclo recomeça...
Deste modo, a Natureza utiliza a alternância entre o frio e o calor para perpetuar a vida.
No ser humano, o intelecto deve ser frio para pensar correctamente e progredir na via da sabedoria, mas o coração deve ser quente para manifestar o amor.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV