Porque agir é desencadear forças e, uma vez postas em acção, as forças não se detêm no caminho, vão até ao fim.
Vós estais na montanha e há, por cima de vós um enorme rochedo prestes a rebolar pela encosta abaixo: depende de vós deixá-lo ficar como está ou precipitar a sua queda.
Se o empurrardes, depois será impossível pará-lo: ele esmagar-vos-á, a vós e a muitos outros.
E, se abrirdes as portas de uma represa, tentai depois parar a água!
Vós sois sempre livres de agir ou de não agir mas, a partir do momento em que decidis agir, as forças libertadas escapam ao vosso controlo.
Quando alguns agitadores desencadeiam um motim, perdem rapidamente o controlo dele.
É por isso que se diz: «Quem semeia ventos, colhe tempestades», e essas tempestades podem arrastar com elas a própria pessoa que as suscitou.
Antes de dizer uma palavra, de lançar um olhar, de escrever uma carta, de dar a ordem para uma guerra, tem-se todos os poderes; mas depois acabou-se!
Quem agiu não passa de um espectador das forças que pôs em movimento e, muitas vezes, até é vítima delas.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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