sábado, 5 de novembro de 2016

A CADEIA VIVA DA FRATERNIDADE BRANCA UNIVERSAL

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV



CONFERÊNCIA  IMPROVISADA  -  (notas estenografadas)
Sèvres, 10 de Julho de 1938

Continuação - 2


Por ora, apenas quero fazer-vos compreender que o ser humano está em relação constante com os seres que se encontram tanto acima dele como com aqueles que se encontram abaixo.
Existe uma hierarquia viva na Natureza; é graças a ela que nós subimos, graças ao elo que nos une a todos os seres superiores, mas é também graças a ela que nós estamos ligados a todos os seres que estão abaixo de nós e até mesmo às pedras.
Sim, o laço que une os homens aos animais, às plantas e às pedras, é extremamente poderoso.
Pode-se, por exemplo, ajudar certos seres lançando água, de tempos a tempos, sobre pedras que estão ligadas a eles.
Também pode acontecer que ao cortarem-se árvores, aqui, na França, se afectem seres seres que vivem muito longe, noutro continente, e esses seres comecem a sofrer ou a ficar doentes sem saberem porquê.
O mesmo se passa no que diz respeito aos animais.
Nós matamos os animais, mas a Natureza é um organismo e, ao matar os animais, é como se afectássemos certas glândulas desse organismo; nesse preciso momento, as funções modificam-se, e algum tempo depois, estala a guerra entre os homens.
Sim, porque se massacraram milhões de animais para os comer, sem se saber que eles estavam ligados aos homens e que, por conseguinte, esses homens devem morrer com eles.
Ao matar os animais, são os homens que se mata.
Vós direis que é por ignorância.
É possível; mas porque é que os homens são ignorantes e querem continuar a sê-lo?
Todos falam que se deve, finalmente, fazer reinar a paz no mundo, que deve deixar de existir guerra no mundo...
Mas a guerra durará enquanto continuarmos a matar animais, porque ao matá-los, é em nós que estamos a destruir alguma coisa.
Que sabeis vós sobre a realidade das ideias, sobre o seu papel e o seu poder?
Nada.
Vós dizeis, por vezes: «Hoje surgiu-me uma ideia esplêndida!» mas na realidade essa ideia é um ser espiritual que vos visitou.
Não foi unicamente um pensamento, mas uma entidade viva que passou através de vós, e em lugar de a conservar preciosamente, vós dizeis, por vezes: «Que dirão a minha mulher, os meus filhos e os meus amigos, se eu alimentar este pensamento?»
É assim que, por terdes receio da opinião dos outros, permitis que a dúvida e a indecisão penetrem em vós, afastais esse ser luminoso que tinha vindo visitar-vos e vos enfraqueceis, porque esses pensamentos e esses sentimentos negativos lançam no vosso sangue, matérias que vos contraem e vos limitam.
De ora em diante, meus queridos irmãos e irmãs, quando uma ideia luminosa vier visitar-vos, limpai e purificai tudo para que ela permaneça em vós e se transforme numa árvore que dará frutos magníficos.
Algumas pessoas dizem que têm muitas ideias, mas se não passarem de ideias para ganhar dinheiro, para conseguir poderes, seduzir mulheres, etc., elas não servem para nada.
Muitos matam as ideias que não falam de dinheiro, de bens materiais e, em seguida, sem saberem porquê, sentem-se mergulhados na incerteza, não compreendem nada daquilo que lhes acontece.
O seu coração e o seu cérebro ficam vazios e a sua vontade enfraquecida.
O seu estado é fruto do hábito que adquiriram de afastar as ideias luminosas e divinas sempre que elas os vêm visitar...
Deveis ficar a saber que o mundo invisível nos envia incessantemente ondas luminosas, influências espirituais, e vós deveis abrir-vos para as receber...
Que essas ondas luminosas venham e permaneçam em vós como sementes num jardim, e mais tarde vereis que toda a gente vem passear a esse jardim para colher os frutos que nele amadureceram.

Continua




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