domingo, 31 de maio de 2015

O ESSENCIAL: A VIDA (Cont. VIII)


 A vida é a água que alimenta, que anima, e se a orientardes para as alturas a fim de alimentardes em vós todos esses seres até aqui anémicos e sonolentos, eles despertarão, retomarão os seus trabalhos e, graças aos seus instrumentos, informar-vos-ão acerca do Universo, da vossa vida interior...
Precisais que vos dê alguns exemplos para vos mostrar como se desperdiça a vida?
Vede o que se passa em relação ao amor.
Quantas pessoas consomem o seu amor com ninharias em vez de alimentarem com ele os habitantes do seu cérebro!
Elas embrutecem e ficam sombrias, porque orientaram a sua vida para os abismos.
Enquanto outros, que procuraram sublimar e transformar essa energia, que a consagraram, tornaram-se génios, instrutores e benfeitores da humanidade.

Se hoje me tiverdes compreendido correctamente, podereis reconstruir o vosso futuro.
Decidi-vos, finalmente, a vivificar os seres  que em vós habitam para que eles possam fazer os seus trabalhos.
Até agora, não tínheis sabido interpretar os fenómenos que se produzem diariamente sob os vossos olhos, não tínheis compreendido que os mesmos fenómenos se produzem no domínio espiritual.
E sobretudo não tínheis visto que a vida é a verdadeira magia, que é ela que há-de trazer-vos a estima, o respeito e o amor dos humanos e de todo o Universo.
Se quiserdes fazer magia, podeis fazê-la, mas sem pronunciar fórmulas, sem traçar círculos nem fazer fumigações ou cerimónias: concentrai-vos apenas em melhorar a vossa vida, em torná-la mais rica, mais dilatada, mais cheia de amor, de abnegação, de pureza, e distribuí-a, projectai-a por todo o Universo.

De hoje em diante, aceitai o que vos digo e não desperdiceis mais a vossa vida.
Perguntar-me-eis: «Mas não devemos trabalhar para ganhar dinheiro, comprar casa, carro, casar, ter filhos?»
Eu nunca disso isso.
Digo apenas que a maioria das pessoas pela maneira como se comportam, cometem excessos e destroem-se.
Se trabalhais para assegurar a vossa vida material e para ter a possibilidade de pensar, de meditar, de amar, está muito bem.
Mas porque se há-de querer devorar tudo?
Quer-se uma coisa, depois outra e mais outra... e gasta-se a vida para as obter.
Não, é preciso trabalhar sensatamente, consagrando esse trabalho a uma ideia divina.
Todas as pessoas que querem tornar-se chefes, presidentes, campeões disto ou daquilo, são obrigadas a ultrapassar certos limites; então, evidentemente, perdem a saúde e o equilíbrio, e muitas vezes acabam em clínicas ou em manicómios.
Todavia, são essas pessoas que o mundo inteiro toma como modelos!

Quanto aos jovens, esses tomam por modelos vedetas do cinema ou da canção, bandidos, drogados ou anarquistas, e dariam tudo para ser parecidos com eles.
A imprensa, o cinema, o teatro, a publicidade, tudo contribui para os orientar para um caminho pernicioso.
Dir-se-ia que todos juraram levar a humanidade à perdição... passando pela sua própria perdição, aliás!
Os humanos precipitam-se para os abismos mas, como esses abismos não se apresentam imediatamente, eles não suspeitam da sua existência e continuam a correr em direcção a eles.
Se pudessem vê-los à distância, poderiam tomar precauções; mas como eles estão longe e camuflados, os humanos correm, correm... e, como já não conseguem parar, caem.
Chega um momento em que é demasiado tarde e, mesmo quando se vê o abismo, já não é possível parar, já não se pode recuar, acabou.
A quanta gente eu ouvi dizer: «Vejo o abismo na minha frente, mas já não consigo evitá-lo!»

Continua


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