Eu não me casarei, não terei filhos, recuso-me a ter prisões, quero ser livre!»
Que ilusão!
Interiormente, essa pessoa estará ainda mais limitada do que as outras que aceitaram responsabilidades, constrangimentos, pois esta vontade de ser livre não lhe foi inspirada por um ideal nobre e desinteressado.
Uma pessoa só se liberta assumindo os seus compromissos, e não descartando-se de todos os deveres para com a sua família e a sociedade.
Quem procura a liberdade recusando ou pior ainda, abandonando as suas responsabilidades para viver uma vida fácil, de egoísmo e prazeres, encontra fatalmente, mais cedo ou mais tarde, novos entraves, novas sujeições, para o fazer compreender que está enganado.
Enquanto a pessoa não tiver resolvido o problema graças ao qual deve fazer uma determinada aprendizagem, não encontrará saída por nenhuma via.
Para onde quer que vá, irá enfrentar uma situação ainda mais penosa.
É como se as leis que regem o destino lhe dissessem: «Não quiseste aprender nada além?
Pois bem, tens uma outra coisa para aprender aqui!»
Não se deve fugir das dificuldades, mas sim procurar compreender bem o que elas significam e fazer o que é necessário para as ultrapassar.
Nada tem mais valor do que a liberdade, mas desde que ela seja procurada segundo as regras divinas.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 06.03.2015
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