O HOMEM E A MULHER, REFLEXOS DOS DOIS PRINCÍPIOS: MASCULINO E FEMININO (Cont. IV)

Cada um de vós procura a sua alma gémea.
Mas sabei que a Ciência Iniciática explica que não se pode encontrar nada exteriormente que não tenha sido encontrado interiormente, porque, mesmo o que encontrardes exteriormente, se não o tiverdes já encontrado interiormente, passareis por ee sem o ver.
Quanto mais descobrirdes a beleza interiormente, mais a descobrireis exteriormente, no plano físico.
Podereis pensar que, se não a vistes antes, foi porque ela não estava lá...
Ela estava lá, sim, mas invisível, porque havia algo, em vós, que ainda não estava desperto, desenvolvido.
Mas agora, que a vistes interiormente, também a vedes exteriormente, porque o mundo exterior é feito de reflexos do mundo interior.
Nunca procureis algo exteriormente se, primeiro, não tiverdes feito esforços para o encontrar interiormente.
Quando tiverdes visto, encontrado, interiormente, a vossa alma gémea, nas vossas meditações e nas vossas contemplações, encontrá-la-eis por todo o lado, em todo o mundo, através dos rostos, dos lagos, das montanhas, das plantas, das aves... e ouvireis a sua voz.
Eis uma verdade importante que deve ser conhecida por todos os que se amam, senão a sua ligação, o seu casamento, será uma catástrofe.
Se o homem tiver encontrado nele o princípio feminino e a mulher encontrado nela o princípio masculino, e se quiserem servi-los e trabalhar para eles, então sim, que se amem, que se casem, o seu amor será uma fonte de bençãos.
Por isso, a mulher deve ver o Pai Celeste através do homem que ama, porque, simbolicamente, esse homem é o representante de Deus na terra.
E ele deve ver, através da sua amada, a Mãe Divina, e amar essa Mãe Divina, contemplá-la, servi-la.
Então, abrir-se-ão todos os tesouros diante deles e, dia e noite, viverão deslumbrados, em êxtase e em beleza.
Senão, ficarão decepcionados, sofrerão, começarão a falar com repugnância do homem e da mulher.
Muito simplesmente porque aquilo que conheceram um do outro não era nem a sua alma, nem o seu espírito, mas andrajos, fatos usados, doentios...
Eis o que sucede àqueles que não querem saber destas verdades; eles abandonaram a Escola Iniciática, não querem instruir-se, e depois andam a bater com a cabeça nas paredes.
Quando o homem se afasta da luz, que podia abrir-lhe os olhos e iluminar o seu caminho, está a punir-se a si próprio.