quinta-feira, 12 de março de 2015

AS VANTAGENS DA UNIÃO DOS POVOS (Cont.II)

Reparai em todos esses impérios formidáveis que fizeram tremer o mundo e que desapareceram sob a poeira ou as areias do deserto!
Sim, existem outras Inteligências, outras Forças que trabalham para um fim que não conhecemos.
É preciso, pois, que os humanos tentem compreender e sejam mais humildes, senão mais cedo ou mais tarde, baterão com a cabeça nas paredes.
Mesmo as sociedades secretas que acreditavam que iam dominar o mundo nunca o conseguiram, e muitas delas também desapareceram.
Ao passo que o ideal daqueles que seguem os projectos de Deus, os grandes Iniciados - ainda que eles tenham sido muitas vezes espezinhados e massacrados -, esse jamais desapareceu, porque os projectos de Deus são sempre a salvação da humanidade, a sua libertação, a sua felicidade, e eles realizar-se-ão!

Meus caros ismãos e irmãs, a Fraternidade Branca Universal existe para lembrar aos humanos que eles são filhos do mesmo Pai, Deus, que lhes dá a vida, e da mesma Mãe, a Natureza.
Então, por que hão-de eles massacrar-se?
Por que hão-de trabalhar uns contra os outros?
É monstruoso, insensato.
Como vedes, não há objecção possível a isto.
Aceitando esta verdade, as pessoas não podem continuar a separar-se, a detestar-se, não é lógico.
Há que viver de acordo com esta verdade, ou então recusá-la ousadamente, o que será mais honesto.
Quando não se tem o mesmo pai nem a mesma mãe, em última análise é permitido combater-se, mas fazer como muitos cristãos que, afirmando esta crença, se massacram entre eles e massacram os outros, é uma tremenda contradição!
Deus está acima das considerações de raças, de nacionalidades ou de povos, Ele dá a vida a todos.
Ele não criou os humanos para serem antes de tudo arianos ou semitas, eslavos ou árabes, chineses ou americanos.
Ele criou-os, simplesmente.
Foram eles que, por causa das suas condições de evolução, não conseguiram agir de outro modo a não ser dividindo-se em clãs, famílias, sociedades, países.
Mas um dia todas estas distinções que provocam tantas hostilidades, desaparecerão e os humanos sentir-se-ão, todos, cidadãos do mundo.
Eis o que é salutar e desejável.
Qual é o homem político que defenderá o contrário?
Ele que venha junto de mim e, eu lhe mostrarei matematicamente, cientificamente, historicamente, que certas maneiras de ver as coisas são caducas.

Ainda há algumas dezenas de anos, o francês que ousasse preconizar uma reconciliação com os alemães seria fuzilado.
Agora, que isso é uma ideia adquirida, não se fuzila nem os franceses nem os alemães: eles estendem as mãos uns aos outros, visitam-se, amam-se e até trazem ao mundo montes de franco-alemãezinhos!
Então, porque não há-de haver uma reconciliação entre todos os outros povos?
Os alemães e os franceses tornaram-se amigos, é verdade, mas isso não mudou grande coisa: há outros inimigos que os espreitam e esperam o momento de os engolir.
É preciso, pois, fazer uma unidade bem mais vasta para se poder escapar verdadeiramente a todos os perigos.
Senão, pobres humanos, nem as suas armas nem as suas diplomacias os salvarão.
Mas muito em breve, perante as ameaças que vão pesar sobre a humanidade, todos serão obrigados a estender as mãos uns aos outros.

Evidentemente, Marte, o instinto de agressividade, existirá sempre, por isso o homem sentirá sempre a necessidade de se bater e de alcançar vitórias.
Os fins e os meios mudarão, mas a necessidade, a tendência, não desaparecerão.
O homem tem o direito de declarar guerra ao mundo inteiro, visto que é uma necessidade que a Natureza lhe atribuiu.
Sim, ele tem o direito de o fazer, mas somente com as armas do amor e da luz.
No futuro, a guerra, tal como existe actualmente sob formas tão mortíferas, desaparecerá: os humanos terão compreendido quão dispendiosas são estas guerras em todos os domínios e deixarão de massacrar-se.
Mas, como o instinto bélico persistirá - a Inteligência Cósmica não quer que ele se extinga -, os humanos continuarão a bater-se, mas sob outras formas, e o vencedor, em vez de destruir os outros, dar-lhes-á a vida, a riqueza, a luz, o amor.
E será tão belo!
Continuará a haver batalhas, mas de outra natureza, com as batalhas que travam no espaço as estrelas e os sóis, lançando incessantemente uns aos outros flechas de luz.




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