OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 09.02.2015
Mesmo que isso exija longos estudos e grandes esforços, não é muito difícil trabalhar em domínios nos quais se pode ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar com os órgãos dos sentidos físicos.
Ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar no plano espiritual é muito mais difícil.
E é precisamente porque os humanos vivenciam o seu mundo interior como um espaço em que não têm referências, um vazio em que têm medo de se aventurar, que eles se agarram aos objectos e às realizações do mundo físico.
Mas ter medo não leva a nada.
É preciso estudar, é preciso conhecer as leis, é preciso exercitar-se, e depois lançar-se no vazio, simbolicamente, com a certeza de que não é possível perder-se ou entrar em queda.
Na vida espiritual, o vazio não existe; é o nosso mundo interior ainda não explorado que é um vazio.
Mas, à medida que se começa a explorar esse vazio, descobre-se a plenitude.
Sim, e o único vazio que ameaça realmente o ser humano é aquele em que ele cairá fatalmente enquanto acreditar que o mundo físico pode responder a todas as suas necessidades, a todas as suas aspirações.
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