domingo, 1 de fevereiro de 2015

O SOL, INICIADOR DA CIVILIZAÇÃO (Cont. IV)

Sem a vida do Sol, nunca os homens teriam podido existir, agir, trabalhar.
Sem o seu calor não teriam podido experimentar sensações.
Sem a sua luz nunca teriam podido ver, e não somente ver, mas compreender, uma vez que a compreensão mais não é do que uma visão superior, no domínio intelectual.
Quanto ao seu calor, foi ele que suscitou tudo o que é do domínio do coração: os contactos, as trocas, o amor, a amizade.
É ele que está na origem do casamento, da família, da sociedade, e de todas as formas de colectividade.
Se fordes frios, as pessoas não vos amarão, afastar-se-ão, mas se fordes calorosos, virão aquecer-se junto de vós e ficar-vos-ão reconhecidos por esse calor.
É o calor que aproxima os seres, que lhes dá a capacidade de sentir, de se comover, de se maravilhar, de orar...
É, pois, o calor do Sol que está na origem da moral e da religião.
É claro que se disserdes isso aos cristãos eles ficarão indignados, porque não vêem a importância do Sol: para eles o essencial é a missa.
Então, eu pergunto-lhes: «Mas se o Sol não existisse, como se faria a missa?
Quem poderia dizer a missa na escuridão e com frio?
Onde se encontrariam o pão e o vinho da comunhão?»
Não quero diminuir o valor da missa; dir-vos-ei mesmo, francamente, que conheço a esse respeito muito mais coisas do que a maior parte dos padres.
Eles aprenderam a dizer a missa mas não conhecem o seu sentido profundo, mágico.
Eu conheço-o e é por isso que tenho pela missa um respeito muito maior do que os próprios crstãos.
No entanto, pergunto-lhes: «Sem o Sol, quem diria a missa?...
E quem assistiria a essa missa?»
Como podeis ver, eles não reflectem.
E se agora eu vos disser que foi a luz do Sol que, trabalhando sobre o nosso corpo físico, formou os nossos olhos, também não me acreditareis.
Contudo, é verdade, foi o Sol que creou os nossos olhos.
Porquê?
Para ser visto...
E, através do seu calor, trabalhou sobre o nosso corpo para crear os órgãos da sensação: o coração, a boca e, sobretudo, a pele, o tacto.
Achou que a sensibilidade à luz devia ser limitada somente aos olhos, mas que o calor devia ser sentido em toda a superfície do corpo.
Reparai na diferença...
É interessante, não é?
O Sol dirige tudo no Universo; é como um chefe de orquestra, como um rei no seu trono.
Quando toma uma decisão, dá somente um sinal e todos os espíritos que ele enviou à Terra, ou a outros planetas, apressam-se a executar as suas ordens: modificam qualquer coisa na atmosfera, nas correntes electromagnéticas, e daí advêm todas as espécies de modificações nos reinos vegetal, animal, humano, nos domínios biológico, psicológico, económico e social.
Tudo o que acontece na Terra é comandado pelo Sol: as erupções ou as manchas solares nada mais são do que sinais que ele dá a toda uma hierarquia de inteligências encarregadas de executar as suas ordens.
Um dia, a ciência aceitará as minhas ideias, é impossível que ela não siga este caminho.
É por isso que eu digo agora aos homens de ciência: «Abandonai tudo o que estudais nos vossos laboratórios e ocupai-vos do Sol.
Tudo está lá, no Sol: a saúde, a riqueza e a felicidade da humanidade.»
Direis que alguns astrónomos e físicos estudam o Sol...
Sim, eu sei, estou ao corrente das pesquisas realizadas pelos cientistas em todos os países, e particularmente nos Estados Unidos e na U.R.S.S.
Porém, quando reprovo à ciência o facto de não se ocupar do Sol, quero dizer que ela não estudou ainda realmente o que é a luz solar, e sobretudo como o homem pode trabalhar com ela, fazê-la penetrar nele para se purificar, para se reforçar, para se regenerar.
Sim, porque os raios do Sol, que penetram nas profundezas dos oceanos (o que permite a certos peixes, especialmente equipados para captá-los, difundir luz), podem também penetrar em nós e, se soubermos como recebê-los, podem pôr em funcionamento certos centros, iluminar certas lâmpadas que existem em nós desde sempre.
Para mim, como já vos disse, os raios do Sol são como vagãos cheios de víveres, isto é, de elementos e de energias de que o homem pode servir-se à vontade para o seu desenvolvimento físico e psíquico.
Tudo aquilo de que o homem tem necessidade está contido no Sol.
Eis um domínio imenso para explorar...

OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

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