quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

OS ESPÍRITOS DAS SETE LUZES (Cont. III)

Quando quiserdes obter uma cor, podereis obtê-la sempre a partir de outras duas: o violeta e o laranja dão o vermelho; o vermelho e o amarelo dão o laranja; o laranja e o verde dão o amarelo, etc...
Cada cor é filha de duas outras que são como que o seu pai e a sua mãe; mas se não souberdes quais as que deveis misturar, não obtereis bom resultado.
Porquê?
Porque entre as cores há tantas oposições como afinidades, e estas oposições e estas afinidades encontram-se igualmente entre os planetas que correspondem a estas cores.

A cor vermelha corresponde a Marte.
Marte é impetuoso, violento, destrutivo; é o princípio masculino por excelência, mas num domínio determinado, visto que o Sol (se bem que o Sol não seja um planeta) e Júpiter  têm também um carácter masculino, mas num domínio diferente.

A cor verde corresponde a Vénus.
As pessoas nas quais o vermelho domina são atraídas por aquelas em que predomina o verde, pois valorizam-se mutuamente, e isso é maravilhoso; porém, se se ligam e se fundem, farão nascer um monstro.
Que passeiem juntas, que se falem, que se olhem, que se exaltem, mas que não se fundam, pois o verde e o vermelho misturados dão origem a uma cor feia.
Acontece o mesmo com o azul e o laranja: a sua mistura é horrorosa, mas colocados lado a lado são mais expressivos e exaltam-se.

À cor branca corresponde o planeta Júpiter, e ao laranja, o Sol; estes dois planetas são positivos e por essa razão não devem casar-se.

Tomemos agora o amarelo e o violeta, que também não devem ser misturados.
O amarelo corresponde a Mercúrio e, segundo a cabala, o violeta corresponde à Lua, se bem que muitas vezes se atribua à Lua, a cor branca.
Se deixarmos, então à Lua, a cor branca, atribuiremos a Neptuno a cor violeta, uma vez que Neptuno é idêntico à Lua, mas num registo superior.
Urano é idêntico a Mercúrio.

Compreendereis melhor as relações entre as cores se as situardes na Árvore Sefirótica.
 Mercúrio (Hod) opõe-se a Urano (Hokmah) e, num outro eixo, Vénus (Netzach) opõe-se a Saturno (Binah).
No pilar central, a Lua (Iésod) opõe-se a Neptuno (Kéther).
No plano horizontal, Marte (Gébourah), no pilar do rigor, opõe-se a Júpiter (Hésed), no pilar da clemência.
Um dia explicar-vos-ei todas estas relações, e então vereis como Vénus e Saturno representam quase a mesma realidade manifestada nas diferentes regiões.
Isso contradirá, talvez, tudo o que haveis aprendido até agora, mas vereis, por exemplo, como na mesma linha - a do amor -,  o amor de Vénus se torna a inteligência de Saturno e, como na outra linha, a inteligência concreta de Mercúrio - a dos raciocínios, da palavra e dos negócios - se torna, mais acima, a sabedoria de Urano.
Ainda não se encontram nos livros muitas ezplicações acerca  destas correspondências, mas, graças ao Céu, muitas ideias foram-me reveladas.
As séfiras não foram colocadas ao acaso.
Existem entre elas relações geométricas que são significativas...
Porém, isso é demasiado avançado para vós e de momento nem sequer é necessário que abordeis estas questões filosóficas e abstractas; hoje fixai somente estas poucas palavras acerca das cores a fim de poderdes trabalhar eficazmente para a vossa evolução.
Trabalhai, mudando de cor em cada dia.
Podeis começar pelo vermelho, que é o mais próximo da terra, e continuar com o laranja, o amarelo, o verde... Ou, inversamente, começar pelo violeta.
Dessa maneira, descereis ou subireis, conforme quiserdes.

Continua




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