Evidentemente, trata-se de um relato simbólico que é preciso interpretar.
Esaú representa o ser humano pronto a sacrificar essa dignidade, simbolizada pelo direito de progenitura, que lhe atribui uma enorme importância aos olhos do seu Pai Celeste, em troca de prazeres imediatos - o prato de lentilhas -, pois a fome simboliza todos os apetites, todas as cobiças.
Há tantas outras fomes além da física que exigem ser satisfeitas e fazem os humanos perder o seu direito de progenitura, a sua dignidade de filhos de Deus!
Sempre que um ser cede a um instinto, não só à gula, mas também à sensualidade, à cólera, ao ciúme, à ambição, ao ódio... vende o seu direito de progenitura, a sua realeza interior, por um prato de lentilhas, e fica mais pobre, submete-se, torna-se escravo.
Em troca de qualquer coisa que não vale a pena, abandona um bem extremamente precioso nele: a vida divina.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 18.02.2015
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