Os frutos e os legumes estão tão impregnados de luz solar que podemos dizer que eles são uma condensação de luz.
Quando se come um fruto ou um legume, absorve-se, pois, de forma directa, luz solar que deixa muito poucos resíduos em nós.
Ao passo que a carne é muito mais pobre em luz solar, e é por isso que ela se putrefaz rapidamente; ora, tudo o que se putrefaz rapidamente é nocivo para a saúde.
A nocividade da carne tem ainda outra causa.
Quando os animais são conduzidos ao matadouro, estes adivinham o perigo, sentem aquilo que os espera, ficam desnorteados.
Este estado de medo provoca um desregulamento no funcionamento das suas glândulas, que segregam, então, um veneno.
Não há nada que possa eliminar esse veneno; ele introduz-se no organismo do homem que come a carne e, evidentemente, esta presença não é favorável à sua saúde nem à sua longevidade.
Dir-me-eis: «Sim, mas a carne é deliciosa.»
Talvez, mas vós estais sempre a pensar no vosso prazer, na vossa satisfação.
Só o prazer do momento conta para vós, mesmo se tiverdes que pagá-lo com a morte de inúmeros animais e com a vossa própria ruína.
Além disso, deveis ficar a saber que todos os alimentos que absorvemos tornam-se, dentro de nós, antenas que captam ondas bem determinadas.
Assim, a carne liga-nos ao mundo astral.
Nas regiões inferiores do mundo astral fervilham seres que se devoram entre si tal como as feras e, assim, quando se come carne, está-se em contacto quotidiano com o medo, a crueldade e a sensualidade dos animais.
Aquele que come carne mantém uma ligação invisível entre o seu corpo e o mundo dos animais e ficaria apavorado se visse a cor da sua aura.
Finalmente, tirar a vida aos animais é uma grande responsabilidade; é uma transgressão da Lei: «Não matarás.»
Aliás, no Génesis, quando, antes da queda, Deus explicou ao homem qual deveria ser o seu alimento, Ele simplesmente disse: «Eu vos dou toda a erva portadora de semente e toda a árvore que tenha em si fruto de árvore e seja portadora de semente: esse será o vosso alimento.»
Ao matar os animais para os comer, não é só a vida que se lhes tira, mas também as possibilidades de evolução que a Natureza lhes tinha dado nesta existência.
Por essa razão, no invisível, cada homem é acompanhado por todas as almas dos animais cuja carne comeu; essas almas vêm reclamar-lhe indemnizações, dizendo: «Privaste-nos da possibilidade de evoluir e de nos instruírmos, portanto é a ti que cabe, doravante, ocupares-te da nossa educação.»
Ainda que a alma dos animais não seja semelhante à dos humanos, eles têm uma alma, e aquele que tiver comido a carne de um animal é obrigado a suportar em si a presença da alma desse animal.
Essa presença manifesta-se por estados que pertencem ao mundo animal; por isso, quando o homem quer desenvolver o seu ser superior, encontra dificuldades, as células animais não obedecem ao seu desejo, elas têm uma vontade própria dirigida contra a sua.
Assim se explica que muitas manifestações dos humanos não pertençam, na realidade, ao reino humano, mas ao reino animal.
Continua
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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