Mas, sejam as orações, as prosternações, as abluções ou o jejum, essas práticas têm uma importância apenas relativa.
O essencial é que aquele que as pratica esteja decidido a empreender um trabalho interior de clarificação, de despojamento, de purificação, para abrir o seu coração, o seu intelecto, a sua alma e o seu espírito às influências do Alto.
Quem não está consciente da necessidade de realizar este trabalho fará melhor em deixar essas práticas de lado, pois de outro modo prepara-se para se tornar um perigo para si mesmo e para os outros: a simples observância dos ritos contribui unicamente para lhe dar a ilusão de que é um justo, um porta-voz, um instrumento do Céu.
Foi assim que certas pessoas se tornaram carrascos da sua família ou até do seu povo.
Só quem se exercitou durante muito tempo a purificar os seus pensamentos e os seus sentimentos para que só haja luz no seu intelecto e amor no seu coração é que é capaz de ouvir e transmitir alguma coisa do mundo divino.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 10.11.2014
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