sábado, 15 de novembro de 2014

A FESTA DO NATAL (Cont.III)



O que significa, por exemplo, o nascimento de Jesus numa manjedoura, entre um burro e um boi?
E os pastores?
E os Reis Magos?
Vós direis: «Mas toda a gente sabe isso!»
Já vamos ver se sabem ou não sabem, e como é que o sabem.
De todos os evangelhistas, aquele que fala mais detalhadamente do nascimento de Jesus é S. Lucas; os demais limitam-se a mencioná-lo ou então começam a partir da altura em que Jesus veio às margens do Jordão receber o baptismo das mãos de S. João Baptista.
Vou passar a ler-vos a narrativa do nascimento de Jesus no Evangelho de S. Lucas.

«Naqueles dias saiu um édito de César Augusto ordenando o recenseamento de todo o território.
Este recenseamento, o primeiro, efectuado durante o período em que Quirino era Governador da Síria.
E iam todos recensear-se, cada qual à sua cidade pátria.
Ora, José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, até à Judeia, à cidade de David chamada Belém, pois ele era da casa e da linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua noiva, que estava grávida.»
Ora, quando se aproximavam do local, chegou o tempo em que ela devia dar à luz.
E deu à luz o seu filho primogénito; envolveu-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Naquela região, havia uns pastores que viviam no campo e que se revezavam, durante a noite, para guardar o rebanho.
De súbito, apareceu diante deles um anjo do Senhor e a glória do Senhor envolveu-os com o seu brilho, e foram invadidos por um grande medo. O anjo porém, disse-lhes:« Não temais; eis que vos anuncio uma grande alegria, que caberá a todo o povo: nasceu hoje, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas e deitado numa manjedoura.»
E repentinamente, juntou-se ao anjo um numeroso grupo da milícia celeste, que louvava a Deus, dizendo:
                                 «Glória a Deus no mais alto dos Céus
                                  e paz na terra para os homens que Ele ama!»
Assim que os anjos se retiraram para o Céu, os pastores disseram entre si:«Vamos então até Belém e vejamos o que aconteceu e o que o Senhor nos deu a conhecer.»
Foram a toda a pressa e encontraram Maria, José e o recém-nascido deitado na manjedoura. E, à vista disso, contaram o que lhes fora dito acerca desse menino; e todos os que ouviram ficaram maravilhados com o que os pastores lhes contavam.
Maria, porém, conservava cuidadosamente todas estas lembranças e meditava acerca delas no seu coração.
Depois os pastores voltaram, glorificando e louvando o Senhor por tudo o que tinham visto e ouvido, de acordo com o que fora anunciado.
Completados os oito dias em que o menino devia ser circuncisado, deram-lhe o nome de Jesus, nome que o anjo tinha indicado antes da sua concepção.
Quando chegou o dia em que, segundo a lei de Moisés, ele devia ser purificado, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, assim como está escrito na lei do Senhor: «Todo o primogénito masculino será consagrado ao Senhor», e para oferecer o sacrifício conforme a lei: um casal de rolas ou duas pombinhas.
Ora, vivia então em Jerusalém um homem de nome Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo habitava nele.
O Espírito Santo havia-lhe revelado que não veria a morte antes de ter visto o Cristo do Senhor.
Impelido pelo Espírito, foi ao Templo, e quando os pais trouxeram o Menino Jesus para que nele se cumprissem as prescrições da Lei, Simeão tomou-o nos braços e louvou Deus, exclamando:
                                 «Agora, Senhor, podes deixar o Teu servo
                                 partir em paz,
                                 segundo a Tua palavra,
                                 pois os meus olhos viram a Tua salvação
                                 que preparaste em favor de todos os povos,
                                 Luz para iluminar as nações
                                 e Glória de Israel, Teu povo.»

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