sábado, 29 de novembro de 2014

A MORTE E A VIDA NO ALÉM (Cont. VI)

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Vós direis: «Mas então, como se explica que os espíritas acreditem que entram em comunicação com certas personagens ilustres do passado?»
Na realidade, não é com elas que comunicam, mas vou dizer-vos o que se passa.
Quando o ser humano se liberta para partir para o outro lado, deixa algumas das suas roupagens. É claro que não falo das roupas físicas, mas sim das etéricas e das astrais, que flutuam na atmosfera e estão impregnadas com tudo aquilo que o ser viveu.
São como conchas ou invólucros vazios, abandonados pelos seus ocupantes e que podem ser animados, vivificados, pelos fluidos das pessoas reunidas nas sessões espíritas para evocar os mortos.
E como, em geral, essas pessoas não são muito evoluídas, é evidente que só podem libertar fluidos muito inferiores, impregnados de paixões, de sensualidade e de cobiça.
E esses fluidos atraem dos planos astral e etérico toda a espécie de existências flutuantes que ainda não foram  absorvidas pelo centro da terra.
O espaço psíquico que rodeia a terra é naturalmente liberto de tudo o que por lá se arrasta e que é enviado para o centro da terra; contudo, há certas entidades, certas criaturas inferiores, a que se chama larvas e elementais, que lá permanecem, e são elas, precisamente, que muitas vezes aparecem nas sessões espíritas para enganar e desorientar os humanos.
E não só os desorientam e os enganam, como também os esgotam, porque, para continuarem a viver durante mais algum tempo, elas absorvem a vitalidade dos humanos.
O espírito mais inferior pode entrar na mente de um médium e falar-vos em nome de quem quiserdes: Moisés, Jesus, Joana d'Arc...
Isso não prova a sua superioridade.
E, de qualquer maneira, não é um punhado de pessoas frívolas, curiosas e sensuais, como se vêem tantas nas sessões espíritas, que vai atrair espíritos evoluídos.
Tudo o que essas pessoas podem atrair é a ralé que povoa o astral inferior - larvas, destroços, sombras...
Mas, em contrapartida, se seres puros, luminosos e desinteressados se reunirem para orar e para enviar luz, poderão manifestar-se entre eles entidades verdadeiramente luminosas, mas não exactamente da maneira como os espíritos se manifestam nos círculos de espiritismo.

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OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

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