Mikhaël é o mais celebrado de todos os anjos; o seu nome significa: "Quem é como Deus?"
A tradição iniciática conta que Lúcifer era o maior dos Arcanjos.
Sentindo o seu poder, ele começou a julgar-se igual a Deus e quis mesmo destroná-l'O.
Vendo isto, um outro Arcanjo levantou-se e disse: «Quem é como Deus?»
Em hebraico: «Mi (quem) - ka (como) - El (Deus)».
Nessa altura, o Senhor, que tinha visto a cena, disse-lhe: «Doravante, serás chamado Mikhaël e serás o chefe da milícia celeste.»
No Antigo Testamento, Mikhaël é o arcanjo de todas as vitórias sobre o mal.
No Novo Testamento, particularmente no Apocalipse, está escrito que será ele quem, no fim dos tempos, deitará por terra o dragão.
Uma tradição conta que, quando Moisés morreu, o diabo quis apoderar-se do seu corpo e foi o Arcanjo Mikhaël que se opôs a ele para lho arrebatar.
Numerosos quadros e ícones representam-no também com uma balança na mão, pesando os actos dos humanos, após a sua morte: num dos pratos amontoam-se as más acções, no outro, as boas.
Entretanto, o diabo lá está, pronto a arrastar o homem para o seu reino infernal e, furioso, range os dentes ao ver Mikhaël acrescentar no prato uma última boa acção que fará pender a balança para o lado de bem!
O início do outono coincide com a entrada do sol em Balança.
O outono é a estação das colheitas.
Recolhem-se os frutos, deitam-se fora os maus e guardam-se os bons.
«Reconhecereis um homem pelos seus frutos», dizia Jesus.
E, de uma certa maneira, podemos dizer que cada colheita é um julgamento.
Na Natureza, como na vida, o outono é a melhor estação, a estação dos frutos que amadureceram sob os raios de sol, cujo arcanjo é Mikhaël.
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