quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A MORTE E A VIDA NO ALÉM (Cont.II)

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A mesma lei existe em todos os domínios.
Pode acontecer também que, durante as suas meditações, algumas pessoas se desdobrem ou seja, se projectem fora dos seus corpos físicos e, sejam atraídas para as regiões perigosas do plano astral, onde são também perseguidas e ameaçadas.
Então, a primeira coisa que devem fazer é regressar ao corpo físico para se abrigarem.
O corpo físico é uma boa fortaleza, mas se o homem tiver transgredido as leis do amor, da sabedoria e da verdade, quando deixa esse corpo, na altura da morte, é forçado a pagar, no plano astral, por todas essas transgressões.
Isto não é invenção: os maiores Mestres da humanidade sempre o disseram; grandes artistas, pintores e poetas representaram esse mundo nas suas obras; e pessoas clínicamente mortas durante três ou quatro dias, voltaram à vida e puderam contar o que tinham vivido no plano astral.
O Céu permite, que, de tempos a tempos, algumas pessoas passem por esta experiência, para levar os humanos a ganhar juízo, para lhes lembrar certas verdades.
Assim, depois da morte o homem fica sujeito, no plano astral, ao mal que fez aos outros; tem de sofrer por todas as transgressões que cometeu.
Não é que a Inteligência Cósmica queira vingar-se ou castigá-lo; ela apenas quer que o homem tome perfeita consciência de tudo aquilo que fez na terra, porque muitas vezes ele fez sofrer seres sem sequer se dar conta disso, e esta ignorância é inaceitável, impede a sua evolução.
Portanto, a Inteligência Cósmica faz-nos passar pelos sofrimentos que infligimos aos outros para que nós aprendamos bem o que fizemos e possamos corrigir-nos.
O tempo que lá passamos depende da gravidade dos nossos erros.
Certas pessoas, que não cometeram grandes crimes, atravessam rapidamente esta etapa, ao passo que outras passam lá anos em sofrimento.
Depois de ter pago todas as suas dívidas, o homem entra na primeira região do astral superior, onde vive na alegria e no deslumbramento, devido à felicidade que proporcionou aos outros, na terra.
Ele deve viver no astral, também, todo o bem que fez aos outros (ajudando-os, encorajando-os, incutindo neles a esperança, despertando neles a fé ou o amor), ampliado até ao infinito.
Só nessa altura é que ele se dá conta daquilo que fez na terra.
Com efeito, acontece que alguns seres muito evoluídos fazem o bem sem nunca saberem quantas pessoas tornaram felizes, a quantas pessoas levaram a alegria, o contentamento e a vida; elas fazem-no instintivamente, sem pensar nisso.
Mas a Inteligência Cósmica quer que as pessoas conheçam tudo. Então, depois da morte, esses benfeitores têm de ver, de compreender e de sentir todo o bem que fizeram, e ficam deslumbrados com isso.
Depois, eles sobem mais alto, à região do plano causal, onde lhes são oferecidos todos os tesouros, todas as riquezas da sabedoria, onde lhes são comunicados todos os mistérios do Universo e lhes é mostrada toda a beleza das regiões celestes.
Em seguida, sobem ainda mais alto, à região búdica e aí, unidos à Alma Universal, vivem uma vida de felicidade indescritível.
E não há palavras para exprimir o que se passa depois no plano átmico: é a fusão completa com o Criador...

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OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

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