quarta-feira, 8 de julho de 2015

VISITA A PATMOS (Cont. II)

Visitei a gruta duas vezes para meditar e me ligar ao espírito de S. João.
O silêncio é verdadeiramente extraordinário.
Passados dois mil anos, apesar do grande número de pessoas que por lá passaram, nada conseguiu apagar os traços fluídicos de S. João Evangelista.
Eu senti muitas coisas.
É um lugar verdadeiramente sagrado, verdadeiramente puro, verdadeiramente divino.
Eu desejo que, um dia, possam visitar aquela gruta.

É o próprio S. João que revela, no começo do Apocalipse, por que razão se encontrava em Patmos.
«Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus, estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus».
Foi no reinado de Domiciano, na altura da perseguição contra os cristãos, que S. João, então em Éfeso, foi enviado em cativeiro, para a ilha de Patmos.
Embarcaram-no carregado de correntes e o seu discípulo Prokhoros acompanhava-o.
A tradição conta que, durante a travessia, eclodiu uma violenta tempestade.
Os marinheiros lutaram contra as ondas para tentarem dirigir o barco.
De repente, um dos jovens soldados caiu ao mar.
Os passageiros ficaram apavorados e o pai do rapaz, desesperado, queria lançar-se à água para seguir o filho na morte.
A custo, conseguiram segurá-lo.
No meio de toda aquela aflição, apenas S. João permanecia impassível; parecia até, satisfeito.
Perguntaram~lhe: «A morte deste rapaz não te comove?
Nada queres fazer para o ajudar? - Porque não pedis às vossas divindades?, respondeu ele.
Elas poderão salvá-lo. - Há algumas horas que lhes suplicamos, mas sem resultado».
Então S. João pôs-se a orar e, após alguns minutos, o rapaz reapareceu vivo, e foi salvo.
Todos ficaram estupefactos.
Então, rodearam S. João para lhe agradecer e lhe pedir perdão por o terem acorrentado.
Retiraram-lhe as correntes e começaram a considerá-lo com respeito.
Chegado a Patmos, foi albergado pela família de um homem que se chamava Myron.
Ali, ele começou por libertar as crianças daquela família dos maus espíritos que as possuíam.
E como praticava o bem por toda a parte, a sua reputação cresceu e era cada vez maior o número de pessoas que vinha a casa de Myron para o consultar.
S. João começou a falar-lhes de Jesus: quem ele era, o que ele próprio, João, tinha visto e ouvido dele.
Muitas pessoas converteram-se e a casa de Myron transformou-se, assim, no primeiro lugar de reunião dos cristãos.

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