sexta-feira, 3 de julho de 2015

A FUSÃO NOS PLANOS SUPERIORES (Cont. IV)

Aquele que conseguiu unir-se com o princípio divino que nele existe, o Espírito Cósmico ou a Alma Universal, conhece realmente o que é a plenitude do amor.
Ele pode continuar a viver essa plenitude no plano físico, mas na condição de manter a união no Alto.
Nessa altura, tudo se torna divino, porque ele tem o poder de transformar a matéria; purifica-a, ilumina-a.
Ao passo que aqueles que não são iluminados nem senhores de si próprios, aqueles que se comportam como seres subordinados aos instintos e às paixões, não são capazes de transformar a matéria e, por isso, devem sofrer a alternância do amor e do ódio, da alegria e da infelicidade.
Após uma sensação de plenitude, de êxtase, vem a queda, o vazio.

Evidentemente, está provado que todos podem, mesmo sem qualquer disciplina espiritual, viver grandes alegrias no amor.
Sim, mas depois vêm as decepções, e é isso que os homens e as mulheres têm tanta dificuldade em aceitar.
Eles pensam que, uma vez que estão a saborear a felicidade, esta durará eternamente.
Mas não, isso não é possível.
Para essa felicidade ser duradoura, era preciso que eles tivessem ido muito alto, a uma região que não está submetida às mudanças.
Em baixo, tudo é variável, instável, há que sabê-lo, e aquilo que acreditamos ser ouro torna-se rapidamente chumbo.
Para continuar a ser ouro, o vosso amor tem de conter elementos divinos.
Se fordes ingénuos ao ponto de imaginar que as coisas são de outro modo, caminhareis sempre de desilusão em desilusão.

Não basta dizer "Eu amo, eu amo..." e lançar-se de cabeça nessa aventura do amor, é preciso preparar-se para vivê-la na sua dimensão mais elevada.
Quando o conseguirdes, esse amor não só vos tornará felizes, mas também, com as suas vibrações, as suas emanações, desencadeará forças benéficas, contribuindo para o bem do mundo inteiro e até para o advento do Reino de Deus!

Começais a compreender que há nisto algo de muito mais profundo e vasto que até agora não tínheis imaginado?
Mas quem são aqueles que se preocupam em estudar todos esses fenómenos etéricos que a força do amor produz?
Eles amam-se, abraçam-se e vão para a cama juntos sem se interrogarem sobre o que realmente se passa neles.
Vós direis: «Como? Há assim tanto para estudar?
Não precisamos de estudar para compreender o que se passa quando estamos enamorados!
Amamos e temos necessidade de manifestar esse amor ou de o receber.
Não há mais nada a procurar ou a esperar.»
Pois bem, enganais-vos.
Durante milénios, os humanos comeram, dormiram e geraram filhos, também sem saberem nada do que se passava, até ao momento em que sentiram a necessidade de conhecer todos esses processos da digestão, do sono, da concepção, da gestação, etc.
E desde que os conhecem têm a possibilidade de se alimentar melhor, de dormir melhor e de trazer crianças ao mundo em melhores condições.
Da mesma maneira, há muitas coisas a aprender sobre o amor, sobre os efeitos que ele produz no psiquismo do ser humano, sobre as forças e correntes que ele desencadeia nos planos subtis, nas regiões que ele atravessa no homem e no Cosmos.
É toda uma ciência que espera a humanidade.

Continua

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