O Cristo é, evidentemente, uma entidade bem mais vasta do que o Sol, é o filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, e não se manifesta unicamente no nosso Sol, pois no Cosmos, que é imenso, existem inúmeros sóis bem maiores e mais luminosos do que o nosso...
É por esse motivo que, quando falo do Cristo, não me refiro a Jesus, mas ao princípio cósmico que não tem princípio nem fim.
Jesus foi um homem que viveu na Palestina há dois mil anos e que era tão puro, tão nobre, tão evoluído, que aos trinta anos recebeu o Espírito Santo e, ao mesmo tempo, o Espírito do Cristo; por isso se lhe chamou Jesus-Cristo.
Mas o Cristo pode nascer no coração e na alma de qualquer ser humano.
Foi ele que se manifestou através de Orfeu, de Moisés, de Zoroastro, de Buda... e de todos os grandes Iniciados de todos os países e de todas as épocas.
Existiu apenas um Jesus, mas existem, podem existir, milhares de Cristos.
Jesus continua a ser único, está à cabeça da religião cristã, como Buda está à cabeça da religião budista, ou Maomé à cabeça da religião muçulmana.
Mas o Cristo, esse, está à cabeça de toda a humanidade, e até do Universo inteiro, ele não é o chefe duma religião, mas de todas as religiões, foi ele que as inspirou.
Por isso,, os homens devem acabar com o lado racial e sectário das religiões.
O próprio cristianismo é ainda uma religião sectária.
No Velho Testamento, Deus era apenas o Deus dos Israelitas; só eles podiam viver e tinham o direito de dominar e massacrar os outros povos.
Mais tarde, os cristãos serviram-se do Novo Testamento para fazer a mesma coisa, pensando que eram escolhidos, amados e preferidos pelo Senhor, e que os outros eram infiéis.
Eis o maior erro dos cristãos.
Assim como o Sol é para todos os homens, também o Senhor é para todos os seus filhos, senão concluir-se-ia que o Sol ultrapassa o Senhor em amor e em generosidade.
Continua
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