É com a sabedoria e o amor que construís a vossa verdadeira morada.
Os materiais da sabedoria são sólidos mas, para resistirem durante muito tempo, têm de ser sustidos por uma alma viva, senão depressa vereis aparecer fissuras nas paredes.
E essa alma viva é o amor.
Quando uma casa está habitada, não se estraga tanto como se estivesse vazia.
A presença do homem, a sua actividade, a sua respiração, vivificam-na.
Ela diz: «Uma vez que algu~em se abrigou em mim, devo permanecer de pé.»
Mas, se a abandonarem, ela começa a desconjuntar-se.
Construí, pois, a vossa morada tendo a sabedoria como estrutura, mas enchei-a de amor para a conservar, para a consolidar.
Se não existir amor, se não houver vida a circular no interior, ela desmoronar-se-á.
A prova disso é que, quando a alma deixa o corpo do homem, este decompõe-se pouco a pouco.
Quem é que mantinha aquela morada em bom estado?
A vida que circulava nela.
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