segunda-feira, 27 de julho de 2015

A VERDADEIRA RELIGIÃO SOLAR (Cont. II)

Porque não querem os cristãos acreditar que as maiores verdades estão aí, visíveis aos seus olhos?
Todos compreenderão, excepto eles.
Dirão sempre: «Oh! o Sol...
Mesmo que o Sol não existisse, bastaria celebrar a missa para se obter a salvação.»
Não se aperceberam de que, sem o Sol, ninguém ficaria vivo para dizer a missa, e que eles próprios estariam mortos, petrificados e gelados há muito tempo.
Só os cristãos são cegos e tacanhos a este ponto.
Direis: «Mas que tendes vós contra os cristãos?»
Absolutamente nada, eu também sou cristão.
Se os sacudo de vez em quando é unicamente para convidá-los a abrir os olhos e a reflectir um pouco mais.

Quando o mundo do Alto creou o mundo de baixo, deixou por toda a parte sinais, traços, reflexos, para que os humanos pudessem encontrá-lo.
O Sol é um desses reflexos.
É através dele que a Trindade, que não quer ficar completamente esquecida e inacessível, se manifesta para dar aos humanos a possibilidade de a encontrar.
Clarifiquemos: efectivamente, a Santíssima Trindade não está nem na luz, nem no calor, nem na vida do Sol, está infinitamente mais longe, mas, através desta luz, deste calor e desta vida, podemos atingi-la, comunicar com ela, amá-la, apelar para ela, fazê-la penetrar em nós.
E, uma vez que somos creados à imagem de Deus, cada um de nós deve também ser uma trindade.
Aliás, por intermédio do nosso intelecto, do nosso coração e da nossa vontade, somos já uma trindade que pensa, sente e age.
É evidente que esta trindadezinha é um pouco baça, entorpecida, gelada, mas vai reanimar-se, iluminar-se e aquecer-se junto do Sol.
Eis, de novo, a utilidade de ir assistir ao nascer-do-sol: pouco a pouco, a nossa pequena trindade torna-se luminosa, calorosa e vivificante como o Sol, aproxima-se da grande Trindade formada pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo.

O Cristo disse: «Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito», mas enquanto não se souber como Ele se manifesta, quais são as suas vibrações, as suas cores e o seu poder, tudo isso é simples teoria.
O Sol explica-nos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só, são inseparáveis
No espírito de muitos cristãos, eles estão separados, mas na realidade, são um, os três são um.
Na cabala, 1 é 3 e 3 é 1.

De igual modo, o intelecto, o coração e a vontade nunca estão separados: estão colados, caminham, galopam juntos.
O intelecto faz projectos e o coração dá-lhe uma ajuda, encoraja-o: «Avança, avança, eu estou contigo!» e a vontade galopa para realizar esses projectos.
E os três correm, correm...
Por vezes é o contrário, é a vontade que arrasta os outros e o homem entontece porque o intelecto ficou para trás.
É escusado ele gritar: «Esperem por mim, estão a cair num erro!», pois a vontade replica: «Cala-te, tu não sabes absolutamente nada!»
Pois é, eles têm, os três, conversas formidáveis!...
Mas esta trindade ainda não é santa.

Continua

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