quarta-feira, 17 de junho de 2015

O VERDADEIRO ARTISTA DO FUTURO

Muitos jovens queixam-se de que nada do que lhes é proposto vai ao encontro das suas aspirações.
Mas saberão eles verdadeiramente o que desejam?
Eles fazem experiências, dão cabeçadas e continuam infelizes porque não sabem que o que necessitam é de criar.
Sim, eles têm necessidade de criar beleza, poesia, música, cores, formas...
Infelizmente, quando vemos no que está a tornar-se a arte dos nossos dias, já nem sequer podemos falar de criação, mas de desagregação.
Dir-se-ia que, cada vez mais, os artistas querem conduzir-nos para o caos.
A poesia transformou-se num alinhamento de palavras ao acaso, em que cada um encontra o sentido que mais lhe agrada; a música, em bizarras e sincopadas sonoridades ou num barulho infernal; a dança, em contorções.
Quanto à pintura e à escultura, não passam de garatujas, manchas, massas informes.
Mas, como se há-de fazer compreender às pessoas que essa "evolução" da arte vai contra a ordem natural das coisas requerida pela Inteligência Cósmica?
Para a Inteligência Cósmica, do caos deve partir a ordem, a harmonia, a perfeição.
Ora, é justamente o contrário que acontece actualmente, sobretudo na arte: os humanos retornam ao caos.

Todavia, a vida dá-nos tantos exemplos de como as coisas devem passar-se!
Para se construir uma casa fazem falta o ferro, a madeira, os tijolos, o cimento, a areia...
Mas ninguém se instala no meio de todos esses materiais para aí viver; primeiro constrói-se a casa com eles.
E para construir a casa também não se dispõe os materiais de qualquer maneira, há que organizá-los para se conseguir um trabalho acabado, isto é, obter um lugar habitável.
E quando tendes de convidar alguém para uma refeição, não lhe apresentais tudo a monte, em cima da mesa, com cascas, espinhas, caroços, etc., ofereceis-lhe pratos confeccionados.
Pois bem, as pessoas agem de forma mais ou menos razoável quando se trata de prepararem o seu alojamento ou a sua comida, mas comportam-se de modo insensato quando se trata de arte.
Já nada é construído, estruturado, elaborado, é tudo um bricabraque, uma barafunda.
A música que hoje em dia os jovens tocam e ouvem, sobretudo, é de ficar assustado.
Eles não sabem que aquelas vociferações e aqueles movimentos agitados destroem o seu sistema nervoso.
De que serviu, durante séculos, os músicos terem procurado descobrir sonoridades e ritmos capazes de despertar nos homens as sensações mais elevadas, mais subtis, mais harmoniosas, se agora se pode chamar música a qualquer barulheira, a qualquer gritaria?...
Mas eu sinto perfeitamente que, ao falar assim, estou a pregar no deserto.
Paciência, eu continuo na minha filosofia que, em primeiro lugar, serve para mim, e deixo que os outros experimentem tudo o que quiserem.
Mas eles que saibam que, se continuarem nessa direcção, a coisa tornar-se-á preta para eles porque essa "arte" que apreciam demoli-los-á.
Que os jovens reflictam, pois...

Continua

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