sábado, 27 de junho de 2015

O SENTIDO DA VIDA (Cont. II)


 Então, embora na vida seja impossível não sofrer, não chorar, deveis manter em vós esse sentido; e não só mantê-lo, mas também utilizar as dificuldades do dia a dia para o reforçar e o ampliar.
É assim que os verdadeiros espiritualistas trabalham.
Aconteça o que acontecer, eles nunca interrompem o trabalho divino que empreenderam interiormente.
Mesmo nas piores provas, dizem para consigo: «Aqui está mais uma boa ocasião para eu mobilizar todas as forças hostis, pondo-as ao serviço do meu trabalho.»
Ao passo que a maioria dos humanos, mesmo que não lhes aconteça nada de mal, tratarão de demolir, com a sua negligência, tudo o que puderam ganhar de bom.
É assim: eles criam e destroem, criam e destroem... e é por isso que não obtêm quaisquer resultados.
Para obter resultados é preciso perseverar no trabalho espiritual que foi iniciado, ou seja, é preciso colocar tudo ao serviço desse trabalho: o que é bom, o que é mau, as alegrias, as tristezas, as esperanças, o desalento; sim, tudo ao serviço desse trabalho.
É isso que, verdadeiramente se chama, construir, pois cada dia traz elementos novos.

Não encontrareis plenamente o sentido da vida na família nem na profissão, nem na arte, nem nas viagens...
Elas podem ser meios que vos ajudem a aproximardes-vos desse sentido, mas não o incluem.
Eis a prova: a família, a profissão, as viagens ou a arte nunca impediram um homem ou uma mulher de se suicidar...
É decidindo-vos a participar na realização do Reino de Deus e da Sua Justiça que encontrareis o sentido da vida, pois nessa altura, aconteça o que acontecer, sabeis que sois um trabalhador no campo do Senhor e sentis-vos preenchidos, felizes e apoiados, porque participais num trabalho grandioso.
Não estais sós nem abandonados.
A partir de hoje, todos podem encontrar o sentido da vida, porque, a partir de hoje, em lugar de trabalharem para si próprios, para as suas necessidades, para a sua satisfação, já podem dizer: «De agora em diante, quero trabalhar para o Reino de Deus e a Sua Justiça.»
E, mesmo que sejam desconhecidos na terra, o seu nome estará inscrito no Livro da Vida e eles ficarão repletos de bençãos do Céu.
Nada é mais glorioso do que empenhar-se neste trabalho.
Sim, há que ir sempre mais longe, há que ter aspirações cada vez mais amplas, mais vastas: é isso que, verdadeiramente, dá um sentido à vida.

E quando viverdes um momento divino, seja pela meditação, pela prece, pela música, pela leitura ou pela contemplação de uma paisagem, apreciai-o e agradecei-o ao Céu, dizendo: «Ah! hoje vivi algo excepcional! Tenho de o alimentar, amanhã, depois de amanhã... porque isto é que é estar no Céu.
Este momento vai transformar tudo em mim.»

Continua




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