terça-feira, 7 de outubro de 2014

PENSAMENTO QUOTIDIANO

Mesmo aqueles que cantam desafinado deveriam aplicar-se a cantar, pois é um meio de fazer um trabalho sobre si mesmo.
Quando nós cantamos, fisiologicamente há algo de poderoso que, desde a garganta até ao diafragma, se põe em movimento: a voz jorra e, pouco a pouco, nós sentimo-nos libertos das tensões e dos pesos interiores.

O que se sabe dos anjos?
Eles são representados como criaturas aladas cantando.
Tal como as aves.
O anjo e a ave estão associados à ideia de leveza, de voo, mas também de canto.
Não é isso já para nós um convite para cantarmos a fim de nos libertarmos de tudo o que nos torna pesados?
Os humanos poderiam curar-se de tantas perturbações mentais pelo canto!
É que as vibrações da voz também têm o poder de desagregar as presenças obscuras que tentam agarrar-se a nós.
O canto é uma expressão da vida; a vida em si mesma não é senão um canto.
E o que há de mais necessário, de mais vivificador, do que arrancarmo-nos à atmosfera pesada que nos rodeia a fim de nos lançarmos para essas regiões onde tudo é harmonioso, luminoso, leve?

OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV  -  07.10.2014

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