OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 15.10.2014
O poder criador do ser humano reside muito mais acima do que o seu nível de consciência vulgar: ele manifesta-se como uma faculdade para explorar realidades que o ultrapassam, captar os elementos dessas realidades e reproduzi-los na matéria.
Criar é superar-se, ultrapassar-se.
Ora, mesmo para muitos artistas, o acto de criar fica ao nível do instinto: eles sentem um impulso para se exprimir, nada mais; mas exprimir-se ainda não significa criar.
Todos os artistas que não se esforçam por se elevar até às regiões superiores da alma e do espírito, não podem exercer uma boa influência naqueles que os olham, os escutam ou os lêem.
Estudai bem os estados que o contacto com as obras de arte ou do pensamento fazem nascer em vós, pois esse contacto tem sempre consequências.
Quer vós queirais, quer não, ligais-vos aos seus autores e eles arrastam-vos para os caminhos que percorreram antes de vós.
É nisto que a arte, bem compreendida, poderia ser a melhor das pedagogias.
Quando os artistas souberam elevar-se até ao mundo divino, até ao cume do seu ser, os elementos que eles trouxeram dessas ascensões espirituais não só continuam a trabalhar neles como produzem também transformações benéficas no mundo inteiro.
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