Considerai o caso de alguém que tem alucinações: essa pessoa sente-se perseguida por monstros, fica aterrorizada e foge aos gritos.
Fisicamente, visivelmente, ninguém está a atacá-la; mas ela sente-se perseguida, sofre e, quando alguém sofre, ide dizer-lhe que é uma ilusão!
O seu sofrimento é real.
Do mesmo modo, certos seres vivem iluminações, êxtases, no meio das piores condições materiais e, também neste caso, quem é que vai convencê-los de que isso não é uma realidade?
Eles estão realmente mergulhados na alegria.
O sofrimento ou a alegria que uma pessoa vive talvez sejam as únicas coisas de que ela não duvida.
Com efeito, pode duvidar-se daquilo que se vê, daquilo que se ouve, daquilo em que se toca, mas daquilo que se sente, daquilo que se vive, nunca se pode duvidar; é uma realidade.
Neste sentido, pode dizer-se que o ser humano é dono da realidade, porque, se ele decidir ser habitado pelo Céu, consegui-lo-á e, quaisquer que sejam as condições, será o Céu que ele sentirá.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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