MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
Suponhamos que é inverno e que eu entro numa casa onde tudo está fechado: as portas, as janelas...
Reina ali um odor nauseabundo porque, para haver mais calor, os animais também foram postos no interior: não só o gato e o cão, mas também o cavalo, o porco...
Permanecendo nesta atmosfera confinada, os ocupantes ficaram completamente insensíveis, já não sentem nada.
Se eu tivesse de lhes explicar que vivem em más condições, iria haver discussões intermináveis e eu perderia o meu tempo.
Então, uso outro método: convido-os a sair e a dar um passeio comigo.
Nós saímos para o ar puro, durante uma meia hora e, depois voltamos.
Assim que eles abrem a porta, ficam alarmados e não percebem como foi possível viverem naquele ar tão viciado, isto é - porque esta pequena história é simbólica, evidentemente -, com pontos de vista tão limitados ou errados.
Sem eu ter de lhes explicar o que quer que seja, são eles próprios que compreendem, pois sentem imediatamente a diferença, fazem a comparação.
Talvez, ao saírem não se tenham apercebido de como é maravilhoso respirar ar puro, mas ao voltarem, quando se sentem sufocar, compreendem!
É o que eu me esforço por fazer convosco: quando vos falo, levo-vos, por um momento, para regiões onde respirais ar puro, para que, ao voltardes, decidais deixar uma filosofia na qual sufocais.
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