ABRIR AO AMOR UM CAMINHO PARA O ALTO
Continuação (2)
E agora, que os cristãos não se choquem com o que vou dizer.
De acordo com a ciência dos símbolos, o Pai Celeste está ligado ao cérebro.
O Cristo está ligado ao plexo solar, que é o verdadeiro coração.
Quanto ao Espírito Santo, está ligado aos órgãos genitais.
Pela primeira vez vos revelo este mistério: o Espírito Santo está ligado ao amor e aos órgãos genitais.
Assim, para não se cometer faltas e ser punido, é preciso aprender a atitude correcta a ter para com esses órgãos que Deus nos deu.
Eu penso que não há nada de mais maravilhoso, de mais inteligente e de mais profundo do que os órgãos do homem e da mulher.
É preciso estimá-los, apreciá-los e, até, consagrá-los à Divindade.
Na Ciência Iniciática aprende-se que, ainda que a força sexual se manifeste nos órgãos genitais de maneira muito imperfeita, na realidade essa força vem do Céu.
Não concordo com aqueles que acham que «o amor não é mais que a fricção de duas epidermes.»
Esses ficam-se pelas consequências, mas a causa, a origem dessa força está muito distante e, é por isso que lhes escapa.
É que, de facto, se essa energia não vier, nenhuma fricção servirá para nada.
Sim, o amor é uma força divina que vem do Alto e é preciso, portanto, considerá-la com respeito, guardá-la e até fazê-la voltar para o Céu, em vez de a enviar para o Inferno onde será apanhada e utilizada pelos monstros, pelas larvas, pelos elementais.
Há que aprender a reenviar esta força, mas isso constitui toda uma ciência, e as pessoas são demasiado apressadas para se deterem a estudá-la; não pensam noutra coisa que não seja desembaraçar-se daquela pressão o mais rapidamente possível, pois sentem uma grande tensão e, são, enfim, «impelidas»...
Mas porque não entenderão elas que essa tensão é a sua maior riqueza?
Devemos considerar o ser humano como um edifício de cinquenta, cem ou mesmo mil andares, e assim compreenderemos como é necessária uma grande tensão, uma grande pressão, para que a água possa chegar aos habitantes do último andar e dessedentá-los.
Os homens e as mulheres têm de saber o que é esta tensão que eles sentem, para poderem utilizá-la de modo a conseguir fazê-la chegar às células do seu cérebro, dessedentando-as e alimentando-as, visto que essa energia pode subir até ao cérebro através de canais que a Inteligência Cósmica preparou especialmente para esse fim.
Lá por não os ter ainda descoberto com os seus aparelhos, a ciência não tem o direito de negar a sua existência.
Quando o homem e a mulher esbanjam esta energia sagrada, sem respeito, sem amor verdadeiro, sem vontade de realizar creações sublimes, pecam contra o Espírito Santo.
E actualmente é este o pecado mais espalhado, mais cometido.
Quem são os homens e as mulheres que consideram ainda o amor como uma força que pode permitir-lhes restabelecer-se, ganhar nova vida, encontrar o caminho do Céu e tornarem-se verdadeiras divindades?
Será pelo amor que a humanidade voltará ao Paraíso e, desgraçadamente, é pelo amor que hoje ela se afasta cada vez mais dele.
Mas que uma coisa fique clara de uma vez por todas: conforme o comportamento que adoptardes com respeito ao amor e aos órgãos genitais, entrareis ou não em harmonia com o Ser Sublime que é o Espírito Santo Cósmico, e encontrareis de novo, em vós, o Reino de Deus, ou então cometereis transgressão à lei.
Podeis, pois, tirar daqui uma conclusão: os mesmos órgãos são capazes de vos fazer descer ao Inferno ou de vos fazer subir ao Céu, e tal depende apenas da maneira como orientardes as vossas energias.
Está escrito na Tábua de Esmeralda: «Ele sobe da terra e desce do Céu e recebe a sua força das coisas superiores e das coisas inferiores...
É a força forte de todas as forças...»
Eis, portanto, o trajecto normal desta força: do Céu para a terra e da terra para o Céu.
Portanto, a questão não está em suprimir o amor, em comprimi-lo, em abafá-lo, mas sim em encontrar métodos e meios para que ele possa manifestar-se correctamente.
O amor é uma energia que vem de muito Alto, que é da mesma essência que o Sol, e o homem traz a missão de receber esta energia e de fazê-la circular dentro de si, para a reenviar em seguida para o Céu, que é a sua origem.
Continua
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