quarta-feira, 15 de abril de 2015

LER E ESCREVER (Cont. VI)

 É possível que alguém pergunte: «Será que temos o direito de influenciar a Natureza deixando nela impressões?»
Que pergunta!
A maior parte das pessoas estão continuamente a sujar e a estragar a Natureza, a fazer magia negra com os seus pensamentos e os seus sentimentos abomináveis, e nós não teremos o direito de trabalhar para a luz, para a paz, para a fraternidade?
Que raciocínio!
Será que alguém pergunta se a rosa tem o direito de perfumar a atmosfera?
É claro que tendes o direito de agir, de influenciar toda a Natureza. mas só numa condição: se deixardes somente impressões benéficas, luminosas, para que todos os que passarem por lá recebam partículas que os ajudem a pensar melhor, a sentir melhor, a agir melhor.

Do mesmo modo, quando viajardes de barco, seja num lago, no mar ou num rio, podeis escrever algumas palavras dirigidas àquele que reina no reino das águas.
O vosso desejo será tomado em consideração e milhares de criaturas se porão a trabalhar para o realizar.
Qualquer um pode dirigir pedidos, mas para se obter grandes resultados é necessário que a pessoa que os dirige seja muito evoluída.
É por causa da sua luz, da sua pureza, da sua dignidade, que o pedido é satisfeito.
Tudo o que fizerdes no mundo invisível só é eficaz se tiverdes qualidades e virtudes para sustentar a vossa acção.
É a mesma lei que para os talismãs.
Muitas pessoas usam talismãs que compraram numa loja e imaginam que basta usarem-nos para que tudo lhes corra bem.
Claro que não!
Mesmo que seja um talismã preparado para vós por um grande mago, para que ele continue a ser eficaz e poderoso é necessário que vós o animeis, que o alimenteis com os vossos pensamentos, os vossos sentimentos, a vossa vida pura, senão ao fim de algum tempo ele perderá as suas forças e morrerá.
Nenhum talismã é preparado para durar eternamente, a sua vida depende da pessoa que o usa.

É necessário, pois, adquirir o hábito de pensar e de dizer palavras benéficas e até de as escrever.
Durante as nossas reuniões, vedes-me escrever sempre algumas palavras numa folha de papel.
Pela primeira vez, vou dizer-vos o que escrevo.
É uma oração: «Senhor, que o Teu nome seja bendito e santificado eternamente.»
Mas escrevo-a em búlgaro: «Da beudé blagoslovéno i svéto Iméto ti véka, Gospodi», pois era assim que a pronunciava na minha juventude, na Bulgária.
E porque é que faço isto?
Por mim, porque me faz bem!...
Pensai vós também, durante o dia, em santificar o nome de Deus, pronunciai-o, escrevei-o.
É certo que o nome de Deus está já santificado no Alto pelos Anjos, não sereis vós que ireis acrescentar grande coisa à santidade do nome de Deus.
Mas isto far-vos-á bem a vós e aos outros também, pois estas palavras sagradas purificarão a atmosfera em seu redor.
Direis: «Sim, mas será que as impressões que se deixa são duradouras?»
Isso depende da intensidade do pensamento e da vontade.

Aprendestes hoje imensas verdades novas.
Se as tiverdes em consideração, toda a vossa vida melhorará, pois só estas verdades essenciais podem iluminar, vivificar e ressuscitar tudo em vós.



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