terça-feira, 14 de abril de 2015

LER E ESCREVER (Cont. V)

Qualquer que seja o lugar onde fordes, pensai em fazer um trabalho positivo com o pensamento, pois este trabalho é sentido pelos milhares de criaturas inteligentes que vivem em todo o lado.
Direis: «Mas nós não vemos essas criaturas!»
Bom, isso não é um argumento, elas existem.
E se aprenderdes a trabalhar com este domínio invisível, subtil, podereis operar modificações formidáveis no mundo inteiro.
Isto é tão verdadeiro como todas as verdades da física e da química.
No quarto onde viveis, vós deixais impressões fluídicas nas paredes, nos móveis, nos objectos, e se alguém dotado de grandes qualidades mediúnicas for visitar-vos e tocar num objecto, poderá sentir todos os acontecimentos que se deram nesse quarto e descrevê-los pormenorizadamente.
E até com um único cabelo, sim, com um só dos vossos cabelos, um clarividente pode descrever em detalhe o vosso carácter, as vossas doenças, os vossos defeitos, as vossas qualidades.
Como é possível que tudo esteja inscrito num cabelo?
É assim.
Talvez tenhais ouvido falar de Vanga, essa extraordinária clarividente búlgara.
Sabeis como é que ela trabalha?
Pede simplesmente um pedaço de açúcar que a pessoa que quer consultá-la teve alguns minutos na mão.
Podeis mesmo fazer-lhe chegar esse pedaço de açúcar de França ou de um outro país, por intermédio de qualquer pessoa, e Vanga - que é cega, como alguns outros clarividentes - pega nele e decifra o vosso carácter, o vosso presente, o vosso passado e o vosso futuro.
As impressões que deixastes num pedaço de açúcar são absolutamente imponderáveis, mas são suficientes para nele se poder ler tudo a vosso respeito.
Simplesmente, os seres que possuem tais qualidades de mediunidade tornaram-se extremamente raros na nossa época, pois, com o decorrer dos séculos, os humanos foram perdendo cada vez mais o contacto com o mundo invisível.
Era graças a este saber relativo às influências que, no passado, os magos preparavam talismãs extremamente poderosos.

Uma vez que se conhece esta lei segundo a qual tudo se regista, há que pensar em pronunciar as melhores orações e os melhores votos por todo o lado por onde se passe: «Que todos aqueles que aqui vierem sejam tocados pela luz, pela bondade, pela fraternidade, que a sua vida seja transformada!»

Porque não se há-de ganhar o hábito de pronunciar bençãos?
Para as maldições todos estão prontos, mas para as bençãos...

Quando passeais numa floresta, por exemplo, porque é que não rezais pedindo que todos os que atravessarem essa floresta sejam melhorados, que se tornem filhos de Deus, que trabalhem para a paz?

Direis que nunca vos falaram destas práticas...
Mas porque há-de ser necessário que vos falem delas?
Quando tendes um filho ou alguém que amais muito, será que é necessário sugerirem-vos que lhe desejeis as melhores coisas?
Não, fazei-lo espontaneamente, pois os vossos sentimentos impelem-vos a formular certos desejos, a pronunciar certas palavras.
Portanto, porque não haveis de pensar também espontaneamente em formular desejos para o mundo inteiro?
Vede o que se passa com as pessoas em viagem: passam o tempo em divertimentos ou a matar o tempo porque sentem tédio.
Não poderiam elas aprender a fazer um trabalho com o pensamento para ajudar os habitantes das regiões que atravessam e todos aqueles que vierem a passar por essas regiões?

Continua

Sem comentários:

Enviar um comentário