É bom que aqueles que agiram mal reconheçam as suas falhas e lamentem tê-las cometido, mas isso não é o suficiente.
Mesmo que os remorsos e as lágrimas que os acompanham sejam, por vezes, uma espécie de purificação, para se ser perdoado é preciso reparar os erros que se cometeu.
Vós fizeste mal a alguém e ides apresentar-lhe desculpas.
Se a pessoa as aceitar, isso está muito bem, mas tereis ainda de reparar os estragos: só então ficareis desobrigados.
Dizer a alguém que prejudicastes: "Lamento muito, desculpe..." não basta, e a lei divina perseguir-vos-á até terdes reparado o mal que cometestes.
Vós direis: "Mas, se a pessoa que eu prejudiquei me perdoa!..."
Não, a questão não fica resolvida assim tão facilmente, pois a pessoa é uma coisa e a lei é outra.
A pessoa perdoou-vos; muito bem, mas a lei não vos perdoa, ela persegue-vos até terdes reparado.
Evidentemente, aquele que perdoa revela nobreza, generosidade. Mas o perdão não resolve a questão: o perdão liberta as vítimas, aqueles que foram maltratados, lesados, mas não liberta os culpados.
Para se libertar, o culpado tem de reparar o que fez.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 07.03.2014
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