Não se pode negar que muitas pessoas sentem afecto umas pelas outras. Mas, ao mesmo tempo, elas são tão egocêntricas que não vêem até que ponto estão a fazer-se sofrer mutuamente. E daí advêm dramas, ruturas, mesmo nas famílias.
Consideremos como exemplo um homem extremamente ocupado pelas suas actividades profissionais, como acontece tão frequentemente hoje em dia, que passa o tempo fora de casa em reuniões e viagens...
Quando volta a casa no final do dia, cansado, preocupado, de mau humor até pelas dificuldades que teve ao longo do dia, ele deixa-se cair para um sofá e mergulha na leitura do jornal para fazer compreender bem à mulher que não quer ser perturbado pelos problemas da casa, dos filhos, etc.
Ela poderia ver, por todo o tipo de indícios, que a mulher começa a ficar cansada desta situação e os filhos também sofrem com ela.
Mas não, não vê nada: a mulher continua ali, os filhos continuam ali, os móveis continuam ali, tudo está bem.
Até ao dia em que, ao voltar a casa, ele descobre, estupefacto, que a mulher foi embora e levou os filhos... ou deixou-os!
E ele não compreende.
É um choque terrível do qual ele não consegue recuperar, fica destroçado e vai a um psicanalista... ou então consulta clarividentes para saber se a mulher voltará!
Há anos que ele poderia muito bem ter visto o que estava em risco de acontecer, mas o seu egocentrismo tornou-o cego.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 23.03.2014
Editions Prosveta
Publicações Maitreya
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