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Assim, mesmo que achemos desejável que a juventude estude e obtenha diplomas, somos obrigados a constatar que, mais importante que a formação do intelecto, é a formação do carácter.
Porque o essencial é viver, não é ser professor, engenheiro ou economista. E para se viver, para se enfrentar todas as condições da existência, é importante reforçar-se o carácter. Senão, quando os jovens chegam à idade de enfrentar as dificuldades, não o conseguem fazer; viveram no mundo abstracto dos livros e são incapazes de suportar as realidades da vida.
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Os conhecimentos intelectuais não podem transformar o carácter, porque eles não tocam o que há de mais profundo no ser humano, ficam à superfície.
E, aliás, como os estudantes só estudaram para obter o diploma, com que prazer eles esquecem tudo a seguir!
Nada de exterior consegue transformar verdadeiramente um ser.
É um outro elemento que deve intervir.
Podeis ler todos os livros de espiritualidade ou de moral, mais a Bíblia, o Corão, etc., mas, enquanto não acrescentardes à vossa vida um outro elemento, um elemento da vida psíquica, espiritual, não vos modificareis.
A verdadeira transformação faz-se unicamente pela vossa vontade, pela vossa decisão, pelo vosso desejo de despertar as forças e as qualidades que o Criador depositou em vós.
Por isso, os jovens não têm tanto necessidade de professores eruditos, mas sim de instrutores que lhes revelem o que é a vida e como eles devem vivê-la, para que as forças, as qualidades e os dons que neles existem possam realmente manifestar-se em plenitude.
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Os estudos, só por si, não tornam os seres melhores. Pelo contrário, muitas vezes fazem deles verdadeiros perigos públicos!
Em contrapartida, nas mãos dos que trabalharam para moldar o seu carácter e decidiram não os utilizar para seu próprio benefício, mas para o bem de todos, os conhecimentos são uma fonte de bençãos.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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