domingo, 16 de março de 2014

ESCOLHER O RUMO CERTO

Quando se é jovem, é normal ter ambições e fazer projectos...  Mas, atenção!, nessa altura também deveis ficar vigilantes, pois são as vossas aspirações que determinam o vosso futuro.
No momento em que começais a alimentar um projecto, é como se vos comprometêsseis  numa determinada direcção, e deveis saber que, antes de chegardes ao fim, passareis necessariamente por algumas estações.
Por isso, é muito importante conhecerdes as relações, as afinidades, que os vossos desejos têm com este ou aquele aspecto do mundo físico ou do mundo psíquico.
Um projecto é, desde logo, como se colocásseis o vosso comboio sobre carris; e, se não tiverdes tido lucidez e atenção no momento da decisão, esse comboio levar-vos-á, muitas vezes, para onde não pensáveis e, sobretudo, para onde não desejáveis ir.

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É, pois, muito cedo que as pessoas devem tomar consciência da importância das suas escolhas.

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E quantos homens e mulheres, no fim da vida, não dizem outra coisa a não ser: «Se eu tivesse sabido!...»
Andaram a correr atrás do que supunham ser a felicidade, a sua felicidade... e muitas vezes nem se pode negar que, aparentemente, eles alcançaram grandes sucessos: foram homens políticos influentes, generais vitoriosos, artistas reconhecidos e festejados; tiveram uma vida de fama e glória que toda a gente invejava.
No entanto, também esses, no fim da vida, se viram obrigados a reconhecer, do fundo do coração, que o que eles desejavam era uma coisa bem diferente daquilo que alcançaram.

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Então, eu digo aos jovens: «Atenção, procurai discernir tudo aquilo a que vos arriscais ao corresponderdes a toda e qualquer solicitação, interior ou exterior, que se vos deparar».

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Ora bem, eu aconselho os jovens a começar muito cedo a levar a sério o ensinamento dos grandes sábios e dos grandes Iniciados e, em relação ao resto, a contentarem-se com as citações.
Existem tantos romances, peças de teatro, etc., na literatura universal que lhes ensinam o que são as paixões humanas e para onde elas conduzem os que a elas se entregam!
Está lá tudo bem patente, é só ler, não é necessário fazer tantas experiências penosas para se ficar a conhecê-las.
Sim, como vedes, há uma vida que é desejável viver e uma outra acerca da qual podeis contentar-vos em fazer citações!

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de  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

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