quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A MEDITAÇÃO (Cont. VIII)

 Podereis perguntar: «Mas como e onde é possível encontrar essas partículas?»
Como acabei de vos explicar, é o próprio pensamento que se encarrega de as encontrar.
A partir do momento em que pensais nessas novas partículas, em que as imaginais em toda a sua subtileza, em toda a sua pureza, em toda a sua luminosidade, estais a atraí-las, e as outras são efectivamente expulsas e substituídas.
É claro que não é imediatamente; isso depende da intensidade do vosso amor, da vossa fé, do vosso trabalho.
Porém, um dia todas essas partículas que não vibravam em harmonia com as regiões celestes serão substituídas e vós conseguireis captar, apreender, as realidades mais subtis e mais sublimes do Universo.
A partir do momento em que descobriu que o Cosmos é atravessado por ondas que nos trazem mensagens sonoras, a ciência tem-se empenhado em construir aparelhos cada vez mais sensíveis para as captar.
O que ela não sabe é que estes aparelhos existem desde sempre no ser humano, porque o Criador, que preparou o homem para um futuro de uma riqueza indescritível, colocou nele aparelhos, antenas capazes de alcançar e transmitir toda a inteligência e todo o esplendor da Sua Criação.
Se por enquanto o homem não consegue captá-las, é porque não fez qualquer trabalho nesse sentido, não se exercita, nem sequer está ciente de todas estas possibilidades.
Mas elas existem, todos os aparelhos estão lá e esperam o momento de ser postos a funcionar.
Esses aparelhos são os chacras e também certos centros do sistema nervoso, do cérebro, do plexo solar.
Porém, por ora, todos esses aparelhos tão aperfeiçoados estão adormecidos: o homem é incapaz de captar as mensagens que chegam de todos os pontos do Universo, oriundas das constelações mais longínquas.
Aliás, em certa medida, é preferível assim, porque essas mensagens são em tão grande número que, no estado actual das coisas, aquele que conseguisse recebê-las ficaria louco ou morreria fulminado.
Já não será perigoso quando o homem se tiver reforçado suficientemente, no domínio interior, para poder resistir.
Tomemos uma imagem.
Já vistes como uma abóbora se desenvolve?
Primeiro, ela está suspensa por um pequeno caule que pode partir-se facilmente.
Mas, à medida que a abóbora cresce, o caule reforça-se de modo a resistir a um peso de vários quilos.
Ocorre o mesmo fenómeno no ser humano.
À medida que, nas suas meditações, ele consegue captar as correntes cósmicas, algo nele trabalha para lhe permitir resistir a todas as tensões.
Mas isso tem que acontecer progressivamente.
Alguns, que querem aprender tudo de uma vez, desenvolver todas as suas faculdades num instante, preparam para si próprios desequilíbrios muito graves.
Um médico prescrevera um medicamento a um doente: ele devia tomar seis gotas por dia, desse medicamento, durante um mês.
«Um mês? - disse para consigo o doente. - Isso é muito tempo!»
Então, engoliu todo o conteúdo do frasco no mesmo dia... e morreu!
Há que entregar-se a esta tarefa pacientemente, regularmente.
Nessa altura, o organismo consegue reforçar-se e torna-se cada vez mais capaz de resistir às tensões.
Eis, então, o essencial do que deveis saber: vós tendes a possibilidade de captar, através da meditação, todos os elementos do Universo de que necessitais.
É o pensamento que, pela lei da afinidade, se encarrega de encontrar esses elementos.
De resto, acontece precisamente a mesma coisa com os seres humanos: quando pensais numa pessoa, mesmo que ela esteja no fim do mundo, de entre os biliões de indivíduos que estão na terra, o vosso pensamento irá exactamente até essa pessoa em que pensais e não até outra.
É como se ele estivesse magnetizado para poder estabelecer ligação precisamente com essa pessoa.
Portanto, a partir deste momento, quando quiserdes obter um elemento do Universo ou contactar com uma entidade, pensai nesse elemento ou nessa entidade sem vos preocupardes com o lugar onde se encontram: o vosso pensamento chegará exactamente a eles.
É como esses cães aos quais se dá a cheirar uma peça de vestuário ou um lenço pertencente a uma determinada pessoa.
Através desse objecto, impregnado das emanações da pessoa, o cão é capaz de a descobrir a quilómetros de distância...
Um odor é algo extremamente subtil, mas o cão dirige-se infalívelmente por entre centenas de pessoas para só parar junto da que ele deve encontrar.
É exactamente o que faz o pensamento, que vai procurar através do espaço, não só os elementos, mas também os seres visíveis ou invisíveis que podem reforçar-vos, esclarecer-vos ou socorrer-vos.

OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

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