quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O YOGA DA ALIMENTAÇÃO




I

ALIMENTAR-SE,  UM  ACTO  QUE  DIZ  RESPEITO  À  TOTALIDADE  DO  SER


Continuação

Alimentai o vosso corpo astral e experimentareis sensações de bem estar indescritíveis que vos incitarão a manifestar-vos com generosidade e com benevolência.
Se tiverdes que resolver questões importantes, sabereis mostrar-vos generosos, compreensivos, e sabereis fazer concessões.
Para alimentar o seu corpo mental, um Iniciado concentra-se sobre os alimentos e, fecha os olhos para melhor se concentrar.
Como, para ele, os alimentos representam uma manifestação da Divindade, o Iniciado esforça-se por estudá-los sob todos os aspectos: qual a sua origem, o que contêm, quais as qualidades que lhes correspondem, que entidades se ocuparam deles (pois há seres invisíveis que trabalharam sobre cada árvore, cada planta).
Estando o seu espírito absorvido nestas reflexões, ele retira da comida elementos superiores aos elementos do plano astral.
Daí nascem para ele, a clareza e uma penetração profunda da vida e do mundo.
Após uma refeição tomada nestas condições, ele levanta-se da mesa com uma compreensão tão luminosa que é capaz de empreender os maiores trabalhos com o pensamento.
A maior parte das pessoas imagina que basta ler, estudar e reflectir para desenvolver as suas capacidades intelectuais.
Não!
O estudo, a reflexão, são actividades indispensáveis mas insuficientes; o corpo mental também deve ser alimentado durante as refeições, para se tornar resistente e susceptível de esforços prolongados.
É preciso compreender bem que, sendo os corpos astral e mental os suportes, um do sentimento, o outro do pensamento, ambos têm necessidade de receber um alimento apropriado para que o homem possa assumir a sua tarefa nos domínios afectivo e intelectual.
Para além dos corpos etérico, astral e mental, o homem possui outros corpos de uma essência ainda mais espiritual: os corpos causal, búdico e átmico, sedes da razão, da alma e do espírito, os quais também devem ser alimentados.
Alimentá-los-eis se vos deixardes penetrar por um sentimento de gratidão para com o Criador.
Esse sentimento de gratidão, que os humanos também têm vindo progressivamente a perder, abrir-vos-á as portas do Céu através das quais recebereis as maiores bênçãos.
Nesse momento, tudo se revelará perante vós e então vereis, sentireis, vivereis!
O reconhecimento é capaz de transformar a matéria grosseira em luz, em alegria e, é preciso aprender a utilizá-lo.
Se souberdes alimentar os vossos três corpos superiores, as partículas subtis que assim captareis serão distribuídas por toda a parte: vão para o cérebro, para o plexo solar, para todos os órgãos.
Começareis a dar-vos conta de que tendes outras necessidades, outras alegrias de natureza superior, e abrir-se-ão também, perante vós, maiores possibilidades.

Quando tiverdes acabado de comer, não devereis levantar-vos da mesa imediatamente para encetar trabalhos ou entabular discussões.
Mas também não é bom que vos instaleis num sofá ou num canapé.
Se vos deitardes, pensando que ireis repousar, na realidade não descansareis nada, ficareis moles e o vosso organismo tornar-se-á preguiçoso.
Quando tiverdes acabado de comer, ficai tranquilos durante uns momentos, fazendo algumas respirações profundas que permitirão uma melhor distribuição das energias por todo o organismo; sentir-vos-eis então extremamente bem dispostos para empreender todo o tipo de trabalhos.
Não basta começar bem a refeição, há que terminá-la também da melhor maneira, para deste modo dar um bom começo aos diferentes trabalhos que vos esperam.
Nunca deveis esquecer que cada actividade tem o seu começo e que esse começo é o momento essencial.

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