quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O HOMEM À CONQUISTA DO SEU DESTINO






A  LEI  DE  CAUSA  E  EFEITO

II

Continuação

Aquele que pratica o bem também não é imediatamente recompensado e, é melhor assim; se recebesse uma recompensa, começaria a ser negligente e nessa altura transgrediria todas as leis.
Então, o Céu deixa-o tornar-se mais forte, para que se consolide um pouco, para que se conheça; não lhe dá tudo imediatamente para ver até que ponto ele continuará a fazer o bem.
Mas que realmente o bem produz o bem, isso é absoluto e, que o mal acaba... muito mal, também é absoluto!
O que é difícil saber é quanto tempo decorrerá até que essas consequências se produzam.
É claro que, para se continuar a praticar o bem enquanto o mundo inteiro decai, quanta força, quanto poder, quanta vontade, quanta decisão e quanta fé são necessárias!
E isso é que é meritório, porque noutras condições é demasiado fácil crer no bem e continuar nesse caminho; tudo é agradável, tudo é benéfico, tudo é fácil.
Não, não, é precisamente quando a situação piora que é meritório a pessoa continuar sem se deixar influenciar pelas condições.
Um discípulo ou um Mestre, procura sempre confiar nos poderes do seu espírito.
Mesmo nas piores condições, esforça-se sempre por despertar em si as forças da vontade, do bem e da luz.
É nisso que se reconhece um verdadeiro espiritualista.
Pelas palavras, é claro, muitos poderão passar por espiritualistas, mas aos menores inconvenientes ficam logo por terra.
Então, onde está a força do espírito?
Cada um espera que os outros sejam delicados, amáveis, pacientes e indulgentes para consigo.
Sim, mas como conseguir isso?
Começando ele próprio por ser delicado, amável, paciente e indulgente.
Se quiserdes que os outros procedam bem para convosco, começai vós primeiro a proceder bem.
Direis: «Mas isso já nós sabemos!»
Sim, mas só teoricamente; há ainda na terra, milhões de pessoas que são grosseiras, duras, cruéis, e que se admiram ao ver os outros responder-lhes na mesma moeda.
Estão convencidas de que é aos outros que compete submeter-se e sujeitar-se à vontade delas.
Observai o seu comportamento: esperam obter satisfações através de meios completamente contrários ao que desejam para si e, inversamente, não acreditam que, semeando a doçura, o amor e a bondade, obterão também o amor, a doçura e a bondade.
No entanto, eu vos garanto que mesmo que alguém continue a ser desagradável e mau para vós, se persistirdes em enviar-lhe coisas boas, ao fim de algum tempo essa pessoa render-se-á.
Para obter a afeição, a confiança, é preciso chamar por elas.
«Mas nós chamamos por elas e elas não vêm!»
Não, quando eu falo em «chamar por elas» quero dizer: produzi-las.
Quando criais boas condições em vós próprios, podeis estar cem por cento seguros de que também as encontrareis nos outros.
É criando-as em vós que as atraíreis.
Toda a magia está nisto.
Então, experimentai: se quiserdes receber alguma coisa que apreciais muito, experimentai, primeiro, dá-la.
Dir-me-eis: «Mas isso não é verdade, há personalidades muito ricas, muito bem colocadas, que não dão nada aos outros, que são inacessíveis, desdenhosas, no entanto continuam a receber o respeito, a estima, as honras.»
Tal acontece simplesmente porque elas deram isso tudo numa outra encarnação, e agora recebem-no.
Mas se continuarem a ser orgulhosas e sem amor, mais tarde receberão exactamente o mesmo, através de outras pessoas.
O segredo do êxito, o segredo da felicidade, é manifestar-se aquilo que se quer conseguir.
Se quiserdes sorrisos, bons olhares, oferecei sorrisos e bons olhares.
Se quiserdes que o Céu ou um anjo venha ensinar-vos, procurai alguém menos instruído do que vós e começai a introduzir algumas «luzes» no seu cérebro; isso reflectir-se-á imediatamente no mundo invisível e deste modo atraíreis espíritos luminosos que farão outro tanto por vós.

Continua

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