sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O HOMEM À CONQUISTA DO SEU DESTINO






A  LEI  DE  CAUSA  E  EFEITO

II
Continuação

Sim, esta lei é formidável e podemos utilizá-la em muitos outros domínios.
Sorrir e receber um sorriso ainda é pouco.
Destes um sorriso e retribuiram-vo-lo; fostes simpáticos, amáveis, e os outros foram simpáticos e amáveis para convosco.
Bom, está bem, fizestes um cumprimento a vós próprios, é compreensível, é necessário, sentis-vos contentes.
Mas é preciso aplicar esta lei noutras regiões para que ela produza resultados ainda mais formidáveis que um sorriso, um aperto de mão, um olhar ou algumas palavras amáveis de ocasião.
Com esta lei pode-se remover o Universo inteiro e isso é que é interessante: poder ir longe, muito longe, remexer regiões do espaço...
Só podeis colher os frutos correspondentes às sementes que tiverdes semeado.
Agora se houve intempéries, se o sol foi demasiado forte e queimou tudo, se não choveu ou se as aves ou as toupeiras comeram as vossas sementes, isso é outro assunto.
São acidentes que não alteram em nada a realidade da lei.
O que a semente possui no seu interior não lho podemos retirar.
Pode-se impedi-la de dar frutos, mas não se pode alterar a sua natureza.
Ora, é precisamente da natureza da semente que eu estou a falar-vos.
Portanto, se vós fordes sempre amáveis, gentis, delicados, e vos responderem torto, isso é de somenos importância; de resto, é preciso ver de quem vêm essas reacções, quando e em que condições...
Talvez sejais demasiado bons, demasiado caridosos, demasiado generosos, demasiado confiantes, e nesse caso, é claro, sois imediatamente classificados na categoria dos imbecis e estais sujeitos às convenções transitórias dos humanos.
Mas isso não é significativo, não durará muito, porque as pessoas e as condições variam, ao passo que as leis são imutáveis.
E quando os verdadeiros valores forem restabelecidos, tudo retornará ao seu lugar e vós colhereis o bem que tiverdes semeado.
Por enquanto, é claro, é preciso ser um magistrado para se ser apreciado, é preciso pisar um bocado as pessoas, incomodá-las, atormentá-las; nessa altura, considerar-vos-ão alguém muito interessante, mas isso não durará eternamente, e ao fim de algum tempo outro magistrado virá dar tareia a vós.
Não deveis deixar-vos impressionar por uma situação apenas momentânea: uma pessoa violenta acaba sempre por vir a ser maltratada por outra ainda mais violenta.
Então, não vos apresseis a procurar objecções.
Eu próprio conheço melhor do que vós tudo quanto possam objectar-me.
Não fico à espera de que os outros perguntem: «Sim, mas então... porquê isto, porquê aquilo?»
Sou eu mesmo que agarro pelo pescoço os meus argumentos, que os ataco e, se eles resistem a tudo quanto eu faço, então digo: «Isto é ouro!
É ouro, portanto é uma verdade.»
E quanto aos argumentos que não resistem?
Bem, nada mais há a fazer do que enterrá-los: «Ámen... aqui jaz!...»
Dar-vos-ei agora uma imagem.
Imaginai uma floresta magnífica com animais, aves e árvores carregadas de flores e de frutos de toda a espécie.
É de uma tal riqueza!
Simplesmente há um inconveniente: é que ela está rodeada de muros muito altos e muito grossos que a tornam inacessível.
Colocaram mesmo, no cimo dos muros, bocados de vidro e arame farpado.
E ainda por cima esta floresta é perigosa por causa dos animais que nela se passeiam - ursos, leões, tigres -, que se regalarão com algum imprudente que por lá se aventure.
Pois sim, mas vós precisais daqueles frutos...
Como haveis de fazer?...
De repente, apercebeis-vos de que há macacos nas árvores.
Aí está, é a vossa salvação!
Pegais num cesto de laranjas, por exemplo, aproximais-vos do muro e começais a atirá-las, uma a uma, aos macacos...
E como eles são perfeitos imitadores, pegam também nos frutos das árvores, em grande quantidade, e atiram-vo-los.
Apenas tendes de os apanhar e partis carregados de cestos com frutos.
O segredo, então, está em atirar as vossas laranjas aos macacos!
Direis vós: «Mas que conversa é essa?
Como se nós tivéssemos a possibilidade de ir para junto do muro duma floresta atirar laranjas aos macacos!»
Claro que isto é uma imagem.
Nunca vistes um semeador no seu campo?
Ele atira laranjas aos macacos; simplesmente, aquelas laranjas são minúsculas e os macacos estão escondidos um pouco mais abaixo, sob a terra...
Quando o semeador termina, parte tranquilamente e, quando volta, alguns meses depois, faz a colheita para encher os seus celeiros.
«Ah! Bom!, direis vós, se é assim, já compreendemos.»
Não, ainda não compreendestes nada, não decifrastes a imagem.
Neste caso, os macacos são as forças da Natureza; quer estejam debaixo da terra, quer sobre as árvores, isso não tem importância, é apenas um símbolo.
Eis agora a explicação: o Universo que Deus criou é uma floresta que encerra todas as riquezas.
Os muros são os obstáculos que impedem o homem de as alcançar; os macacos são criaturas do mundo invisível; as laranjas são a luz e o amor que decidis projectar, por meio dos vossos pensamentos e dos vossos sentimentos.
E que acontece então?
Algum tempo depois, as criaturas do mundo invisível fazem o mesmo que vós e enviam-vos o cêntuplo em frutos, ou seja, em bênçãos.
Mas se enviardes o azedume, o ódio, a cólera, também isso vos será reenviado um dia.
«Como tiverdes semeado, assim colhereis» significa ainda: conforme procederdes no presente, assim preparais o vosso futuro.
A cada momento, pelo vosso trabalho interior, podeis orientar o vosso futuro.
Ao tomar uma decisão, boa ou má, orientais o vosso futuro no bom ou mau caminho.

Continua

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