terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O HOMEM À CONQUISTA DO SEU DESTINO







A  LEI  DE  CAUSA  E  EFEITO

II

Continuação

Esquecei a Bíblia e os Evangelhos, se quiserdes esquecei os profetas, as igrejas, os templos, mas pelo menos aceitai esta lei incontestável: aquilo que semeardes tereis de o colher.
«Quem semeia ventos, colhe tempestades», disseram também os sábios que tinham observado bem as coisas.
Quanto aos cientistas e aos pensadores que querem negar esta verdade, pois bem, também eles serão encostados à parede, apanhados; é inevitável, não poderão escapar às consequências dos seus actos e, nessa altura compreenderão.
Como é que eles, que são tão inteligentes, não vêem o que é tão simples?...
Dir-vos-ei mesmo que a partir desta lei se pode reconstruir todos os livros sagrados do mundo inteiro... sim, simplesmente a partir desta lei.
Muitas pessoas pensam: «É certo que este e aquele facto estão escritos na Bíblia, nos Evangelhos, mas será mesmo verdade que Deus existe?»
Respondo-vos que não tendes de vos preocupar com isso; nem sequer precisais de saber se Jesus existiu e se os Evangelhos são ou não autênticos.
Considerai unicamente esta lei, ela é suficiente para estabelecer tudo e para vos conduzir à verdade.
Como vedes, a minha explicação é simples.
Em tal circunstância, mesmo que Deus não existisse, seríamos obrigados a inventá-Lo.
Então, porque é que as pessoas se deixam levar pelos pensadores «da moda» que tudo desagregam?
Em vez de conduzir os homens para as coisas simples, que são visíveis, tangíveis, atraem-nos sempre para reflexões e argumentos... «originais».
Bom, é que por mais que esses argumentos sejam contrários à verdade que está inscrita em toda a Natureza, isso não vale nada, todos ficam maravilhados desde que seja algo novo, original.
A moral é uma realidade, os homens é que não a vêem e ainda discutem acerca de Deus, deste e daquele assunto de teologia...
É inútil discutir, basta saber que tudo, tudo é registado.
Se a Natureza determinou que uma árvore grave na sua semente as propriedades, as cores, as dimensões, os sabores e os perfumes dos frutos, por que razão não teria feito o mesmo a respeito do homem?
A Natureza conseguiu registar tudo, e a moral é fundamentada precisamente no registo, na memória da Natureza.
Sim, a memória, pois a Natureza possui uma memória que nada pode apagar.
E tanto pior para aquele que não tiver em consideração esta memória!
Ela continua a registar, dia e noite, as cacofonias, os estados pavorosos que ele atravessa, e um belo dia esse ser é apanhado, esmagado, aniquilado.
Ninguém pode escapar a esta lei, nunca ninguém foi suficientemente poderoso para conseguir escapar-lhe: nenhum imperador, nenhum ditador, ninguém...
Na memória da Natureza tudo é registado.

Portanto, atenção!
Tudo o que fazeis, dizeis, pensais ou desejais se regista no mais profundo das vossas células e, mais cedo ou mais tarde, provareis na vossa vida os respectivos frutos.
Para conseguirdes criar para vós um outro destino, deveis ter o cuidado de não propagar, pelos vossos pensamentos, sentimentos e actos, sementes tenebrosas e destruidoras.
E não penseis que aqueles que são bons, generosos e cheios de amor, recebem sempre em troca o mal em vez do bem.
Quem se apressa demasiado a tirar conclusões espalha disparates ao dizer: «por bem fazer, mal haver.»
Não, isso é falso.
O bem produz sempre o bem, e o mal produz o mal.
Praticai o bem, pois encontrá-lo-eis mesmo sem querer.
Se fizerdes o bem e vos acontecer algo de mal, é porque ainda há na terra pessoas que se aproveitam da vossa bondade e abusam dela.
Mas é preciso ser paciente, é preciso continuar, pois mais cedo ou mais tarde elas serão punidas, serão estranguladas por outras mais fortes e mais violentas do que elas e, então compreenderão, arrepender-se-ão e virão repara as faltas que cometeram para convosco.
É deste modo que o bem produz frutos, e até duplamente, porque nesses casos, o Céu tem em conta, tudo o que tiverdes sofrido ao fazer o bem, todas as desgraças que vos tiverem acontecido sem que as merecêsseis; o Céu tem isso em conta e a recompensa é dupla.

Continua

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