Esta expressão não será correctamente compreendida enquanto os humanos considerarem Deus como uma entidade exterior a eles.
Aquele que tem de servir sabe que renuncia à sua liberdade e é normal que a ideia de se pôr à disposição de um poder que se encontra não se sabe onde, e que talvez até nem exista, seja completamente inaceitável para alguns.
Na realidade, aquele que se põe ao serviço de Deus não serve um ser exterior a ele; por isso, é impossível ele perder a sua liberdade; pelo contrário, ele conquista-a.
É nisso que reside o fundamento da religião.
A ideia de servir Deus só tem sentido, pois, se o ser humano tiver consciência de que a Divindade que ele deve servir habita na sua alma.
Quanto mais ele se consagra a ela, mais se aproxima dela e mais entra em comunicação com ela.
Graças ao seu trabalho, ele consegue dissolver as escórias acumuladas em si, pelos seus pensamentos, pelos seus sentimentos e pelos seus desejos inferiores.
Deste modo, ele descobre, pouco a pouco, a quinta essência do seu ser que é a quinta essência do próprio Deus.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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