Toda a gente vos dirá que as qualidades são preferíveis aos defeitos e as virtudes são preferíveis aos vícios.
Mas a verdade é que as qualidades e as virtudes não têm em si, valor absoluto.
Muitas pessoas têm boas qualidades, mas o que fazem com elas?
Nada ou pouca coisa.
Ao passo que outras têm graves defeitos, mas estão conscientes disso, querem melhorar-se e, então, trabalhando todos os dias sobre elas mesmas, acabam por realizar grandes coisas e praticar muito o bem.
Se elas não tivessem esses defeitos, talvez não fizessem nada.
É fácil constatar isso: graças ao trabalho que fazem para corrigir os seus defeitos, certas pessoas acabam por realizar autênticas proezas; ao passo que outras, satisfeitas com as suas qualidades, apenas vão vivendo.
Acreditai nisto: o Céu não dá valor às nossas qualidades ou aos nossos defeitos.
A única coisa que conta para ele é o que nós procuramos realizar com aquilo que somos, o trabalho que fazemos sobre nós mesmos, para pôr, tanto os nossos defeitos como as nossas qualidades ao serviço de uma grande causa.
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