Pelo facto de verem e ouvirem tantas coisas, a maior parte das pessoas acabam por ficar saturadas, enfadadas.
Ficam com a impressão de que já nada têm a aprender: permitem que a sua atenção vagueie sem se deter em parte nenhuma, e já nada se regista nelas.
Dizem: «Isto, eu já sei...
Isto, eu já vi...
E aquilo também, aquilo também...»
Ou seja, elas olham sem ver, escutam sem ouvir.
Sim, é o hábito...
Mas não há nada mais pernicioso do que deixar-se governar pelo hábito: o cérebro vai perdendo capacidades.
Na realidade, o único hábito a adquirir é o de não se habituar a nada e ter sempre um olhar novo, uma atenção nova para as ideias, para os seres, para os objectos.
Observai-os, estudai-os como se contactásseis com eles pela primeira vez: descobrireis então, as ligações que existem entre eles, e algo da vida do Universo se revelará a vós.
De vez em quando, esforçai-vos também por respirar e por comer como se fosse a primeira vez.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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