sábado, 17 de dezembro de 2016
O ESPIRITUALISTA NA SOCIEDADE - Fascículo Nº. 2
9º. Capítulo - O CAMPO DAS NOSSAS RESPONSABILIDADES
Em todos os domínios - político, social, científico, económico, religioso, moral - se ouve as pessoas falarem de responsabilidade.
Presidentes, ministros, generais, directores, pais, professores, etc., todos sabem que são responsáveis.
Uma quantidade de seres humanos e de acontecimentos dependem do seu comportamento, das suas decisões.
Sim, mas a noção de responsabilidade vai muito mais longe, porque todas as criaturas no mundo estão ligadas entre si e influenciam-se mutuamente.
A despeito das aparências, a separação não existe, é uma ilusão, nada está separado.
E é assim que, não só pelos nossos actos mas também pelos nossos pensamentos e sentimentos, cada um de nós tem influência nos outros seres do mundo inteiro.
Precisamos de saber isto para termos a verdadeira dimensão das nossas responsabilidades.
Vale a pena reflectir sobre este assunto.
Todos vós tendes imensas responsabilidades que podeis utilizar como ocasiões para vos desenvolverdes e vos tornardes mais conscientes, mais lúcidos, mais senhores de vós.
Como é magnífico saberdes, com plena certeza que, pela vossa vida pura, nobre e luminosa, podeis arrastar todas as criaturas para a via do bem!
Ainda que vos pareça que o que fazeis não produz qualquer efeito, na realidade há sempre, algures, algo de bom que desperta, que recebe um impulso.
E, se vos desleixardes, influenciareis também os outros, criareis condições favoráveis para a sua queda.
Vou dar-vos um exemplo: estivestes a meditar durante muito tempo e profundamente, enviando luz e amor ao mundo inteiro, e depois saís para caminhar um pouco pelas ruas.
Quando voltais a casa, não tendes a impressão de ter feito o que quer que fosse...
Pois bem, estais enganados.
Se fosseis clarividentes, veríeis bem o que a vossa presença pôde fazer, sem que o soubésseis, às pessoas com quem vos cruzastes.
Algumas, que tinham projectos maléficos, abandonaram esses projectos; outras, que estavam perturbadas, desesperadas, encontraram um pouco de serenidade e de ânimo.
Tudo depende da sinceridade das vossas aspirações.
Os vossos estados interiores não dizem respeito unicamente a vós; eles também influenciam quem vos rodeia, e vós sois responsáveis...
Se não acreditardes em mim, tanto pior para vós, um dia verificá-lo-eis!
Quando chegardes ao outro lado e vos disserem: «Olha para estas desgraças, estes acidentes, estes crimes; também foste a causa deles, foi por tua culpa que alguns seres sofreram».
Bem podereis protestar, dizendo que nunca fizestes todo aquele mal, que vos responderão: «Sim, mas participaste nele e essas pessoas sofreram realmente por tua causa: os teus pensamentos e os teus sentimentos contribuíram para que outros lhes fizessem esse mal.»
Não somos responsáveis apenas pelos nossos actos, mas também pelos nossos pensamentos e sentimentos, porque eles agem como forças no mundo invisível que arrastam os seres para o mal ou para o bem.
Continua
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