É bom que aquele que agiu mal reconheça o seu erro e lamente tê-lo cometido, mas isso não basta.
Mesmo que, por vezes, os remorsos e as lágrimas que acompanham o arrependimento sejam uma espécie de purificação, para se ser perdoado é preciso reparar o mal que se fez.
Vós prejudicastes alguém e depois ides apresentar-lhe desculpas.
Se a pessoa as aceitar, isto estará muito bem, mas resta-vos reparar os estragos: só então sereis desobrigados.
Dizer a alguém que lesastes:«Lamento muito, desculpe...» não é suficiente e a lei divina perseguir-vos-á até terdes reparado o mal que cometestes.
Vós direis:«Mas se a pessoa que eu prejudiquei me perdoou!»
Não, a questão não fica resolvida assim tão facilmente, pois a pessoa é uma coisa e a lei é outra.
A pessoa perdoou-vos, é certo, mas a lei, a lei divina, não vos perdoa, ela persegue-vos até terdes reparado o mal que fizestes.
Evidentemente, aquele que perdoa mostra que é nobre, generoso.
Mas o perdão não resolve a questão: o perdão liberta as vítimas, aqueles que foram maltratados, lesados, mas não liberta os culpados.
Para se libertar, o culpado tem de reparar o que fez.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 04.12.2014
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