quinta-feira, 9 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação VIII)

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Estudemos esta questão servindo-nos das cores; cada cor do prisma corresponde a uma onda de frequência tanto mais elevada quanto mais próxima está do violeta.
Os comprimentos de onda das vibrações luminosas formam assim uma sucessão contínua que vai dos mais amplos (vermelho) aos mais curtos (violeta) e, como a luz possui uma simetria de revolução em torno da direcção de propagação, a cadeia formada pela sucessão dessas vibrações é uma
 espiral cónica.
O vértice do cone, que representa o centro do círculo, corresponde às vibrações com comprimento de onda curto, portanto, às frequências mais elevadas.
É nesse ponto que se encontra a paz espiritual, que não é uma paz imóvel, em estagnação, mas um estado de vibração intenso no seio do qual se realizam as actividades mais sublimes.
É nesta paz que o espírito pode manifestar-se plenamente.
Do cimo de uma montanha não há obstáculos para a visão; quando se está no cume, vê-se tudo em redor, está-se, portanto, mais lúcido, sabe-se o que pode acontecer.
Em consequência, diante do espaço que se descobre diante de si, fica-se tranquilo, dilatado,
 pode-se respirar.
Enfim, é-se livre, tem-se a possibilidade de agir como se deseja, é-se poderoso.
Portanto, aquele que faz esforços para se aproximar do ponto central possui a clareza,
 a paz e a liberdade.
Como vedes, quantas coisas há a dizer sobre o centro do círculo!
Para nos aproximarmos do centro, das regiões divinas, devemos sincronizar-nos com as ondas de frequências mais elevadas, isto é, aumentar a intensidade do nosso pensamento,
 dos nossos sentimentos.
Quanto mais intensa, subtil, espiritual, a vida se torna, mais o homem se eleva em direcção ao vértice... e mais ele se aproxima das regiões celestes e dos habitantes dessas regiões, até ao Criador.
Mas quando ele passa a vibrar mais lentamente, quando ele perde a fé, o ardor, o entusiasmo, precipita-se na matéria, torna-se pesado, grosseiro, a sua beleza desaparece, o seu pensamento perde actividade e ele não é mais do que uma pedra.
Todos aqueles que querem encontrar esse centro, o coração do Universo, o Criador,
 a Fonte Primordial, devem aumentar a intensidade das suas vidas.
De hoje em diante, em relação a tudo o que fazeis, pensai sempre em perguntar a vós próprios:
«Que pretendo eu?
Que procuro?
Será que me dirijo para a periferia ou para o centro?»
E quando sentis certas agitações interiores, torna-se claro: fostes demasiado longe em direcção à periferia e caístes sob a influência de correntes caóticas.
Então, afastai-vos rapidamente!
É inútil tentar lutar contra essas correntes, pois não podeis vencê-las; se lá permanecerdes, ficareis submersos, desenraizados, porque nunca ninguém conseguiu vencer essas forças.
Só afastando-vos, para vos aproximardes do centro, é que conseguireis libertar-vos.
Não imagineis que podereis aguentar-vos na periferia; é meu dever demover-vos de quaisquer pretensões nesse sentido.
Já se viu pessoas muito mais fortes que vós deixarem-se levar para a periferia e serem esmagadas.
Só podereis resistir deslocando-vos para vos aproximardes do centro, e o centro é Deus.

Continua


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