sexta-feira, 31 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 31.05.2019

Pegai num objecto e dai-lhe do vosso amor.
Dizei-lhe: «Vou pôr-te aqui. Purificarás o ar, cantarás...»
Já lestes, certamente, que no Egipto antigo, os sacerdotes preparavam objectos que punham nos túmulos para ajudarem os defuntos no além.
Para isso, utilizavam técnicas especiais, pronunciavam certas fórmulas...
Mesmo sem conhecerdes essas fórmulas, podeis já começar a fazer um trabalho com os objectos.
Pelo facto de os encarardes como seres vivos, também compreendereis melhor as histórias que se contam sobre ícones e estátuas que faziam saudações, que se inclinavam, que falavam,
 sorriam ou choravam.
Mesmo que não vejais esses objectos mexerem-se, mesmo que não os ouçais falar,
estabelecer-se-á uma ligação real entre eles e vós.
Eles apoiar-vos-ão nos vossos esforços para criar um mundo novo,
acompanhar-vos-ão no caminho da luz.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 30.05.2019

A paz, a verdadeira paz, é um estado interior estável e constante.
Quando tiverdes conseguido realizá-la verdadeiramente, já não podereis perdê-la.
Ela segue-vos por toda a parte.
Direis que, como a vida é uma sucessão de alternâncias - sucessos e insucessos, abundância e pobreza, saúde e doença, alegria e sofrimento... -, é impossível alguém sentir-se sempre em paz.
Não, não é impossível.
Quando tiverdes aprendido a restabelecer diariamente a ligação entre a vossa consciência e os centros espirituais situados no vosso cérebro e no vosso plexo solar, já nada vos perturbará verdadeiramente.
Se estiverdes solidamente ancorados num ponto fixo em vós, podereis ficar doentes, perder subitamente toda a vossa fortuna, ser presos, perseguidos, ver desaparecer os seres que amais,
sem que essa paz vos deixe.
Não digo que não sofrereis.
Mas sofrer não significa perder a sua paz.
Na medida em que a vossa consciência não estagna ao nível dos acontecimentos, encontrareis para cada dificuldade, para cada provação, uma explicação, uma verdade que vos apazigua e vos consola.
Como conseguistes projectar-vos até ao cume, muito alto,
compreendeis que as vossas dificuldades e os vossos sofrimentos são passageiros,
 que vós mesmos sois imortais
e que existe uma região em vós onde já nenhum mal pode atingir-vos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quarta-feira, 29 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 29.05.2019


Após o dilúvio, quando as águas baixaram, Deus disse a Noé e ao seu filho: «Sede fecundos, multiplicai-vos e povoai a terra.»
Estas palavras significam apenas que, para obedecerem a Deus, os humanos devem reproduzir-se?
Na verdade, pode-se dar-lhes um sentido muito mais amplo:
trazei ao mundo filhos com um coração repleto de amor e um intelecto luminoso; será assim que ampliareis o vosso poder na terra.
Que terra?
A vossa própria terra, vós mesmos: por intermédio dos vossos sentimentos e dos vossos pensamentos,
cobri-la-eis com uma geração magnífica.
Quando os pais têm um filho muito inteligente, muito capaz, que se distingue nas ciências, nas artes, na política, etc., a influência deste começa a estender-se por toda a parte.
Isso também é, para os pais, uma maneira de povoar a terra: povoam-na por intermédio dos seus filhos e dos sucessos que eles obtêm.
Do mesmo modo, todos aqueles que vivem com amor e sabedoria povoam o mundo inteiro com pensamentos luminosos e sentimentos calorosos: estes filhos espalham por toda a parte, boas sementes e melhoram a vida de todos os humanos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

terça-feira, 28 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 28.05.2019

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


Quando escutamos as palavras de um sábio, de um Mestre espiritual,
devemos considerá-las como sementes para pormos na terra.
Depois de as semearmos no nosso solo espiritual, podemos observar o seu crescimento e sentir uma vida nova nascer e desenvolver-se em nós.
A religião é, para muitos crentes, uma prática vazia, sem um sentido, porque eles não sabem trabalhar com as palavras de verdade que ela lhes apresenta.
Mas devem semeá-las na sua terra interior, como se põe sementes na terra física, e cuidar delas todos os dias, vigiá-las, regá-las, aquecê-las.
Devem também tirar todas as ervas daninhas que possam impedir o crescimento das plantas que resultam dessas sementes e libertá-las dos animalejos que procuram comê-las, isto é, devem impedir que os pensamentos e os sentimentos inspirados pela sua natureza inferior venham atacá-las.
Sentirão, então, uma vida nova crescer e desenvolver-se neles.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 27.05.2019




O Universo é um corpo que Deus anima com o seu espírito.
Foi ele que os filósofos antigos designaram por macrocosmos.
Do mesmo modo, o homem possui um corpo, o microcosmos, criado à imagem do macrocosmos, e o espírito que anima esse corpo é uma centelha proveniente do Espírito divino.
Há imensos séculos que se repete que Deus criou o homem à sua imagem!
O que significa que, ao criar-nos, Ele introduziu em nós uma quinta-essência de Si mesmo, da mesma luz, com a mesma pureza, o mesmo poder.
É a esta quinta-essência divina em nós que a Ciência Iniciática chama "Eu superior".
Portanto, se nos concentrarmos no nosso Eu superior, entramos em relação com Deus, porque o nosso Eu superior é uma parcela d'Ele.
Graças aos esforços que fazemos para contactar com esse centro em nós - podemos dizer também
"esse cume", pois, do ponto de vista espiritual, o cume é análogo ao centro -, fazemos jorrar forças que vivificam todas as células do nosso corpo.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 26 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 26.05.2019

Quando abris os olhos de manhã, em que é que pensais?
Nas preocupações da véspera, nas dificuldades que vos esperam, nos problemas que tereis de resolver...
Não é uma boa maneira de começar o dia.
Deixai as vossas preocupações para mais tarde, elas podem esperar.
Começai por virar o vosso pensamento para o Céu, dizendo: 
«Senhor, agradeço-te por estar vivo hoje.
Eis mais um dia em que continuo a poder ver, ouvir, caminhar, amar, estudar...
Fortalece a minha vontade, para que tudo o que eu faço seja para o teu bem.»
Aquele que exprime, desde o despertar, a sua gratidão para com o Senhor, aumenta em si o amor e a luz, e esse amor e essa luz influenciam cada momento do seu dia.
Ele olha o mundo que o rodeia com outros olhos, tem uma atitude melhor para com aqueles que encontra e eles abrem-se em relação a si, porque sentem que ele espalha paz e alegria.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sábado, 25 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 25.05.2019

Como toda a matéria, a do nosso corpo físico está sujeita ao tempo, gasta-se.
É aquilo a que se chama envelhecer, e todos envelhecemos, o que, evidentemente,
 não é motivo para regozijo.
Mas nós não somos unicamente um corpo físico e, embora o desgaste do corpo se inscreva na ordem natural das coisas, nada nos obriga a envelhecer também interiormente.
Por isso, em vez de se angustiarem quando constatam as manifestações físicas da idade, os humanos deveriam preocupar-se em alimentar o que os manterá jovens e vivos: o seu coração.
É o seu coração, a sua capacidade de amar, e não o seu corpo, que faz com que os humanos sejam novos ou velhos, e o seu coração só envelhece porque eles permitem.
Como?
Perdendo o amor pelos seres e pelas coisas, perdendo a curiosidade, o interesse pela vida que existe à sua volta, a vida do Universo, tão rica e abundante.
Mas, se eles se esforçarem por sentir essa vida, se procurarem participar nela,
introduzi-la em si, não envelhecerão.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 24.05.2019


Se tivésseis o hábito de observar as vossas mãos, constataríeis que as linhas que as atravessam, em particular as linhas da vida, do coração e do intelecto,
que são as mais importantes, podem estar mais ou menos cavadas, mais ou menos profundas.
Essas diferenças revelam o estado do vosso organismo, pois todos os processos vitais se
 inscrevem nas mãos.
Isto tornar-se-á claro para vós quando estudardes como a Natureza age sobre o corpo físico com a electricidade e o magnetismo, a luz e o calor.
As mãos estão sempre a instruir os humanos e a fazer-lhe profecias.
Se eles soubessem interpretar as suas linhas, não se aventurariam à toa por caminhos sem saída.
Lêem bibliotecas inteiras, mas esquecem que têm em si, uma, a maior que existe, e que a transportam consigo para toda a parte.
Foi também aí, nas suas mãos, que o Criador inscreveu os mistérios da vida.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quinta-feira, 23 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 23.05.2019


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

Nenhum ser humano, por mais elevado que seja, pode entrar directamente em contacto com Deus,
pois Deus é uma energia tão intensa que ele seria pulverizado nesse preciso momento.
Tem sempre de haver um intermediário entre Deus e o ser humano, e as ordens angélicas
 são esses intermediários: elas transformam e filtram, de certo modo, a intensidade dessa energia, para que ela venha até ao homem sem o aniquilar.
Embora esteja escrito na Bíblia que Deus se dirigiu aos patriarcas e aos profetas, na realidade não foi Ele que lhes falou, mas um mensageiro - é precisamente esse o significado da palavra "anjo".
Aliás, nesta situação, a palavra "falar" nem é exacta.
Um Anjo não fala no sentido em que falar é pronunciar palavras; mas a sua presença, pela intensidade das suas vibrações, dá uma iluminação, uma orientação interior, inspira um projecto, que o profeta traduz por palavras.

terça-feira, 21 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 22.05.2019

Tendes a eternidade para explorar todas as riquezas que o Criador pôs em vós.
Não procureis fora, é em vós que elas se encontram.
Deveis partir diariamente à sua descoberta, remexer, cavar.
Enquanto não procurardes em vós, mesmo que, por magia, fôsseis projectados para um lugar paradisíaco, continuaríeis a vaguear, esfomeados, sedentos, sem recursos.
Mas, se tiverdes começado a descobrir o Paraíso em vós, onde quer que estejais, quaisquer que sejam as condições, nada poderá expulsar-vos.
O mundo exterior não terá mudado, certamente, e encontrareis as mesmas dificuldades, as mesmas coisas feias, mas, devido às mudanças que ocorreram em vós, vivereis cada vez mais em paz, envolvidos em beleza e em luz.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 21.05.2019

Quando fazeis uma caminhada na floresta, não vos limiteis a mirar distraidamente as árvores pelas quais passais; tomai consciência de que se trata de criaturas junto das quais podeis regenerar-vos.
Escolhei uma - um castanheiro, um pinheiro, uma faia, uma bétula... - e saudai-a, pedindo-lhe que vos dê da sua força.
Depois, encostai-vos a ela, colocando a vossa mão esquerda nas costas, com a palma apoiada na árvore, e a palma da mão direita sobre o vosso plexo solar.
Concentrai-vos, pensando que recebeis pela mão esquerda correntes de vida dessa árvore e que as verteis com a mão direita no plexo solar.
Alguns minutos depois, sentir-vos-eis apaziguados, reforçados.
Então, agradecei à árvore o que ela vos deu e continuai a caminhada.
É claro que, para se pôr em prática convenientemente esta transfusão de energias, é preciso estar consciente de que as árvores são seres vivos e amá-las.
Hoje em dia, muito poucas pessoas têm ideia da força prodigiosa que as árvores de uma floresta possuem.
Como não procuram estudar a linguagem de cada coisa na Natureza, a maior parte delas perderam os segredos da regeneração.
Se aprenderem a vivificar-se junto das árvores, redescobrirão esses segredos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

segunda-feira, 20 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 20.05.2019

Em nós, a matéria está sempre a opor-se ao espírito.
Mesmo quando, após muitos esforços, conseguimos dominá-la, essa vitória não dura, é sempre necessário recomeçar.
E quando eu falo aqui de matéria, não se trata só da matéria física, mas igualmente da nossa matéria psíquica, que também nos oferece resistência.
Num dado momento, conseguimos torná-la obediente, fazê-la vibrar em uníssono com
 o mundo da luz; no momento seguinte, ela regressa à sua inércia inicial e é preciso recomeçar o trabalho: meditar, orar, fazer exercícios.
Evidentemente, pouco a pouco, conseguimos dominá-la, mas, para não perdermos esse domínio, temos de continuar infatigavelmente, a exercitar-nos.
Mesmo um músico virtuoso que conseguiu desenvolver capacidades excepcionais, seja qual for o nível que atingiu, tem de trabalhar todos os dias durante várias horas para continuar a ter o domínio do seu instrumento e poder exprimir através dele, os movimentos mais subtis da sua alma.
Acontece o mesmo na vida espiritual: devemos esforçar-nos todos os dias por submeter a nossa matéria psíquica ao poder do espírito.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 19 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 19.05.2019

O que é uma qualidade, uma virtude?
Uma entidade espiritual que veio habitar num ser para se manifestar por seu intermédio.
Portanto, se quereis que entidades mais elevadas venham manifestar-se por vosso intermédio, dando-vos novos conhecimentos, novos poderes, preparai boas condições para elas.
Acima de tudo, mostrai-lhes que sois capazes de fazer frutificar o que já recebestes.
Então, com que alegria elas se ocuparão de vos enriquecer e vos embelezar mais, e de enriquecer e embelezar também os outros, por vosso intermédio!
Fareis frutificar esses dons, essas virtudes, participando conscientemente, harmoniosamente na 
vida universal.
E não digais que isso exige esforços que os outros talvez não reconheçam.
Se os outros reconhecem ou não, é coisa que não deve preocupar-vos.
Só deve contar, para vós, a opinião do vosso Pai Celeste, pois, um dia, tereis de prestar-Lhe contas pelo uso que fizestes das riquezas que Ele vos concedeu.
Ele vo-las deu, são vossas, mas só vos pertencerão verdadeiramente se as fizerdes frutificar
para o bem dos outros.

sábado, 18 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 18.05.2019

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


O orgulhoso imagina que é grande e vê-se acima dos outros.
Mas, na realidade, não é ele próprio que se engrandece, é um tumor que se vai desenvolvendo nele.
Inchar não é crescer.
O verdadeiro crescimento de um ser faz jorrar dele, raios, centelhas, vibrações benéficas para todos, e só a humildade permite esse crescimento.
Um dos grandes segredos da vida, reside pois, nesta virtude tão raramente compreendida e apreciada: a humildade, a consciência de que existe um mundo superior e a vontade de entrar em harmonia com as entidades que nele habitam:
os Anjos, os Arcanjos... até Deus.
Por isso se pode dizer que a humildade é uma forma de inteligência.
Ao virar o seu olhar para o Alto, o homem humilde descobre que o Céu é infinito e sente-se atraído,
absorvido por ele.
Simplesmente por ter mudado a orientação do seu olhar, entrou na imensidão.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação XI)

...
Para se ter uma visão completa e exacta das coisas, evidentemente, são necessários muitos conhecimentos; mas para o trabalho, para a prática, é preciso muito pouco.
Conhecimentos muito numerosos podem mesmo tornar-se obstáculos; os seres que se interessam por tudo, que correm de um lado para o outro para lerem, para verem, para se informarem, não fazem nada, não praticam nada, limitam-se a ingurgitar.
Enquanto outros, que não estão tão ocupados a acumular conhecimentos, mas que se concentram em dois ou três exercícios todos os dias, durante anos, chegam a realizações fantásticas.
Vós direis: «Mas então, que conselhos nos dá?»
Penso que é preciso ter-se um amplo conhecimento da vida, das criaturas, do mundo invisível, e, em seguida fazer uma triagem, isto é, deter-se em algumas noções, algumas verdades essenciais, e concentrar-se nelas para as aplicar, para as realizar.
É muito mau estar sempre a estudar sem nunca procurar realizar o que quer que seja.
Mas, antes de se realizar, é preciso ter-se alguns conhecimentos, pois se não se tiver conhecimentos suficientes, na prática haverá sempre alguma coisa mutilada; a vossa ignorância reflectir-se-á negativamente nas vossas criações, que serão como que abortos.
Portanto, na vida espiritual também é preciso saber harmonizar os dois aspectos: a teoria e a prática.
No nosso Ensinamento desenvolve-se o coração e o intelecto, mas também a vontade.
E a vontade desenvolve-se justamente pela prática, pelo exercício, que é a resultante das actividades do coração e do intelecto.
É por isso que eu considero o nosso Ensinamento como um ensinamento completo.
Tudo depende depois, da sinceridade daquele que entra neste Ensinamento.
Se ele se lamentar de que lhe falta alguma coisa, bom, muito simplesmente, é nele que isso falta: ou não estuda, ou não deseja assim tanto aperfeiçoar-se, ou é preguiçoso...
Então, não deve acusar o Ensinamento; o Ensinamento é muito rico, mas o que mais conta é o que nós fazemos dele.
Eu conheci pessoas que possuíam somente um pequenino manuscrito, alguns trechos que repetiam durante toda a sua vida e que aplicavam com afinco, e era assim que progrediam.
E os primeiros cristãos?...
Eles possuíam somente os Evangelhos, e em que estado!
Sujos, rasgados, porque os emprestavam uns aos outros para serem copiados.
Mas eles liam-nos constantemente, aplicavam-nos e recebiam a luz.
Ao passo que agora as pessoas têm na sua biblioteca todos os livros sagrados de todas as religiões - os Upanishad, os Vedas, o Zend-Avesta, o Tao-Te-King, o Livro dos Mortos dos Egípcios e o dos Tibetanos, o Talmude, o Zohar, a Cabala, a Bíblia e outros mais - mas não progridem.
Então, não digais que precisais de procurar ainda outro Ensinamento porque este não é suficiente!
Jesus disse: «Seja feita a Tua vontade assim na terra como no Céu.»
Isso significa que a terra deve ajustar-se ao Céu.
Para ter as mesmas formas, a mesma beleza, o mesmo esplendor, é preciso que ela se ajuste.
O Céu vibra tão intensamente que, se a terra quiser ajustar-se a ele, deverá intensificar as suas vibrações.
Voltamos à questão da intensidade das vibrações do ponto central.
O ponto central permanece inacessível enquanto o homem não vibra no mesmo comprimento de onda que ele.
Sim, enquanto não conseguir vibrar como ele, o homem nunca poderá saber o que é esse ponto, o que ele diz, o que ele contém, o que ele traz.
«Assim na terra como no Céu.»
A terra somos nós; é, digamos, o nosso actual estado de consciência.
Nós devemos fazer esforços - e pouco importa o tempo que eles demorarão - até que esta parte da periferia que nós somos consiga ajustar-se e vibrar em uníssono com o centro do círculo, que é a Fonte Primordial.
Nessa altura, a circulação faz-se, as correntes passam, atravessam-nos, e nós sabemos tudo o que esse ponto sabe, sentimos tudo o que esse ponto sente, fazemos tudo o que esse ponto faz,
por todo o lado, no Universo.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 17.05.2019

Os humanos procuram os poderes, a riqueza, o saber, o amor...
Mas é a vida, antes de tudo o mais, que eles deveriam procurar.
Dir-me-eis que não necessitais de procurar a vida, porque já a tendes, e que se deve procurar o que não se tem.
Vós estais vivos, é certo, mas a vida não é a mesma em todos os seres, tem graus.
Desde o mineral até Deus, passando pelos vegetais, pelos animais, pelos humanos e pelas hierarquias angélicas, tudo o que existe tem vida.
Mas estar vivo não basta, é preciso ter em conta a qualidade dessa vida.
Pela sua configuração física, um ser humano vive, é claro, a vida de um ser humano.
Mas, interiormente, a sua vida pode assumir todo o tipo de aspectos, o das pedras, o das plantas ou o dos animais, e também o dos Anjos e Arcanjos.
É esta vida angélica que ele deve fazer correr em si, a corrente que jorra pura e límpida
 da Nascente original.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV




A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação X)

...
Os Iniciados, os místicos, esforçam-se por se recolher para atingirem, em si próprios, esse centro que é o equilíbrio, o sentido das suas vidas.
Consoante os casos, eles localizam este centro na cabeça, entre os dois olhos, no coração, no plexo solar ou no centro Hara.
Na realidade, pouco importa o lugar que se lhe atribui no plano físico, porque ele não se encontra no plano físico.
Deve-se, simplesmente, pensar nele, e encontrar-se-á a direcção sem ser necessário estar preocupado com a sua localização.
Vede as plantas; elas não têm olhos para verem para onde devem dirigir-se, mas têm necessidade de sol e há nelas uma força que as dirige, que as orienta para o sol.
Chama-se a isso o tropismo.
Essa força manifestar-se-á também no homem que procura o seu centro, mesmo que ele não saiba onde deve procurá-lo.
Para encontrarem este centro, os yoguis da Índia têm técnicas de concentração especiais de que certamente já ouvistes falar.
Mas tais experiências são ainda prematuras.
O essencial é que compreendais quão necessário é procurar esse centro que é Deus.
Mesmo que não saibais onde está esse centro, a vossa alma sabe-o, o vosso espírito sabe-o.
Desde o momento que tenhais a intenção de o encontrar, de vos dirigirdes a ele, dentro de vós começarão a manifestar-se forças que vos orientarão com todo o rigor.
Alguns cristãos, não obstante não conhecerem nada dos chacras nem saberem onde eles se encontram, nem como desenvolvê-los, desenvolveram-nos pelo exercício das virtudes, por algumas orações ou certos métodos que se utilizam na religião cristã, e também eles encontraram o centro ainda que não tivessem nenhuma técnica especial para isso.
Tudo o que é puro, tudo o que é desinteressado, acciona os mesmos mecanismos e permite as mesmas descobertas espirituais, qualquer que seja a religião.
Evidentemente, se se souber localizá-los, isso facilita as coisas, sem dúvida.
Quando trabalhais no nevoeiro, na sombra, na inconsciência, também chegareis a resultados, mas é preciso mais tempo.
Um cristão, ignorando tudo acerca das yogas da Índia, apenas com o seu amor para com Deus, pode fazer grandes progressos.
Se o seu amor for muito ardente, muito poderoso, será capaz de o libertar e de o conduzir à iluminação.
Todavia, se ele tivesse alguns conhecimentos que lhe permitissem ver mais claramente para onde se dirige, seria ainda melhor, pois trabalharia com meios mais eficazes e o fim seria
 mais rapidamente atingido.
É por isso que no nosso Ensinamento se ensina o poder do amor, da oração, da doçura, da humildade e de todas as virtudes cristãs, mas acrescentam-se a isso algumas noções desta ciência eterna que os Iniciados possuem desde tempos imemoriais sobre a Árvore Sefirótica, sobre os corpos subtis do homem, sobre as regiões do espaço, sobre a alma, sobre o espírito, etc., o que facilita o trabalho, porque diminui os riscos de erro.

Continua

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 16.05.2019

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


O ser humano é senhor do seu destino.
Há imensas pessoas que ainda acreditam que a sua existência é regida pelo acaso ou pela fatalidade; ou então, que existe uma vontade superior que se lhes impõe, a vontade de Deus ou dos deuses.
A Igreja ainda ensina aos cristãos que o seu destino é regido pela vontade de Deus, uma vontade misteriosa, impenetrável.
Uma criança nasce defeituosa, um homem é condenado injustamente, uma mulher é atropelada por um automobilista embriagado ao atravessar a rua e morre...
Alguém dirá: «É a vontade de Deus.»
Não, não existe uma vontade de Deus que distribui arbitrariamente felicidade ou infelicidade.
Foram os próprios humanos que, pela vida que viveram num passado próximo ou longínquo, prepararam as condições da sua existência actual.
Aquilo a que se chama o "destino" de um ser é o cumprimento, a aplicação das leis que ele próprio pôs a funcionar com os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus actos.
É ele que forja o seu destino.
Se agiu mal no passado, mas decide praticar daí em diante, a justiça e a rectidão, viverá a verdadeira vida, a vida da alma e do espírito, a vida imortal.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação IX)

...
Dar-vos-ei um exemplo muito simples.
Imaginai que tendes necessidade de uma empregada doméstica ou de uma cozinheira.
Ela chega e confiais-lhe a vossa casa.
Se ela for uma mulher organizada, conscienciosa, asseada, tudo ficará limpo, tudo brilhará.
Mas se ela for desordenada, pouco limpa ou até ladra, como há algumas, aperceber-vos-eis de que a vossa casa se tornou uma babilónia e que até desapareceram muitos objectos.
Todas as criaturas - humanos, animais, plantas, pedras - deixam marcas que correspondem exactamente à sua natureza ou ao seu carácter. Se introduzirdes uma raposa ou um lobo algures, eles deixarão traços da sua passagem, pelo menos um odor...
Todos os seres, bons e maus, deixam traços.
Da mesma maneira, se introduzirdes o ponto central, Deus, na vossa vida interior, Ele deixará marcas.
Se vos ligardes ao ponto central, à sua presença, somente, à sua existência, ele deixará algo que é exactamente da mesma natureza que ele, isto é, luz, inteligência, bondade, harmonia, beleza.
Apenas há que deixá-lo entrar.
Uma vez que tenha entrado, ele saberá como agir.
É por isso que os Iniciados dizem: «Pensai no Senhor, deixai-O entrar em vós para que Ele preencha a vossa vida», pois apenas a presença divina é capaz de remediar tudo; ela cura, purifica, vivifica, harmoniza, ressuscita.
Posso dar-vos outros exemplos.
Quando os soldados estão sem os seus superiores por perto, na caserna, estão em desalinho, gracejam, fumam...
Mas eis que o general vem fazer uma visita e todos desfilam, marchando, com um uniforme impecável.
Ou então, vede como procedem as crianças quando o professor não está: gritam, batem umas nas outras e atiram toda a espécie de coisas pela sala.
Mas, quando o professor chega, cada uma retoma imediatamente o seu lugar: acabou-se
 a desordem e o barulho.
O professor não disse nada, não ameaçou, mas a sua presença foi suficiente, tudo entrou na ordem.
E, da mesma maneira, quando alguém introduz em si a presença desse centro que é Deus,
tudo no seu interior retoma o respectivo lugar, e a paz e a harmonia instalam-se, pois esse centro é reconhecido por todas as criaturas.
Quando outro qualquer se apresenta, ninguém lhe presta atenção, ninguém se mexe.
Mas quando Deus, o Senhor do Universo, aparece em algum lado - apenas a sua presença, o seu sopro - até os demónios estão no seu lugar para O servir.
Só Deus é conhecido por todas as criaturas.
É por isso que é preciso chamá-l'O a Ele, não outros.
Todas as criaturas O conhecem e, boas ou más, Lhe obedecem.
Vedes como é importante apelar para o Senhor, suplicar-Lhe que entre?
Só a sua presença remete cada coisa e cada ser para o seu lugar.
Esta verdade está acima de todas as verdades.
Todos os dias, várias vezes ao dia, deveis pensar nesse centro, pois não é pensando nele somente alguns minutos, de tempos a tempos, que conseguireis sair da periferia.
Exercitai-vos tanto quanto for preciso, mas precisais de encontrar esse ponto central.
Se conseguirdes compreender a sua importância e o seu valor, cada vez que fechardes os olhos e pensardes nesse centro divino que está em vós, sentireis a paz, a alegria, o encantamento e a gratidão invadirem-vos.
Ocupai-vos somente do centro e sabereis tudo o que está à periferia.
Possuireis uma visão correcta do mundo.
Não tereis necessidade de ler este ou aquele filósofo que construiu todo um sistema a partir do cantinho de periferia em que se encontrava.
Cada um vê apenas retalhos e pedaços e quer instruir os outros com esses retalhos e pedaços.
Um diz: «O mundo é assim e assado» e do seu ponto de vista, evidentemente, ele tem razão.
Um outro diz: «Não, não, eu penso que...»; e, do seu ponto de vista, ele também tem razão.
Todos têm um pouco de razão, mas nenhum tem uma compreensão que abarque a totalidade, porque compreendem exclusivamente de um ponto de vista intelectual.
O intelecto não dá ao homem a possibilidade de tudo compreender e de tudo abarcar.
Por isso, os Iniciados procuraram outros métodos de conhecimento, como a intuição,
 a clarividência directa.
Mas não se pode ter a intuição nem a clarividência sem se estar colocado no centro, no vértice.
Da periferia, não só não se domina a situação, como a visão é obscurecida pela poeira dos caminhos e pelos vapores dos pântanos.
Ao passo que nos altos cumes do espírito já não se encontra poeira nem nevoeiro.
Com as suas faculdades intelectuais, somente, o homem não pode transpor certos limites.
Por isso, ele deve ultrapassar o plano mental para se elevar ao plano causal, onde recebe a intuição, a penetração instantânea das coisas, e então vê e compreende tudo num relance, porque tudo lhe é mostrado.
Não conteis demasiado com o vosso intelecto, com os seus raciocínios, as suas combinações, as suas induções, as suas deduções, antes tentai sempre, pela meditação, pela oração, pela concentração, subir até ao vértice, e de repente tudo se aclarará.
Sempre que alguém me vem falar dos seus pensamentos, dos seus projectos, pela maneira como a pessoa apresenta as coisas eu vejo logo se ela se encontra no centro ou na periferia.
É muito fácil de ver.
Todos os que estão na periferia usam uma linguagem deformada, bastante oca!...
Ao passo que os que trabalham para se aproximar do centro, do alto retiro, da fonte da vida, mesmo que ainda não tenham lá chegado já reflectem algo dele: algumas emanações. alguns perfumes, algumas palhetas de ouro que provêm da verdade pura: sente-se que esses seres são portadores da nova vida.
E é tão desejável que, um dia, a terra seja povoada de criaturas assim, para que possamos encontrá-las, trabalhar e regozijar-nos com elas!

Continua

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 15.05.2019

Há todo o tipo de entidades tenebrosas que tentam seduzir os humanos.
Cabe-lhes a eles saberem reconhecê-las e responder-lhes.
Para lhes responderem, basta dizerem "não".
O verdadeiro poder do homem está em dizer "não".
Ninguém pode obrigá-lo a fazer o que ele não quer.
Mesmo Deus não pode forçá-lo.
Se ele soubesse onde reside o seu verdadeiro poder, venceria todas as seduções, todas as tentações.
Ele só comete erros porque aceita cometê-los.
Os espíritos têm o direito de o tentar e os meios para o fazer, mas não têm qualquer direito de o forçar.
É por ignorância da sua origem divina que o homem sucumbe aos ataques do mal.
Quando ele é capaz de dizer "não", os espíritos das trevas deixam-no e os espíritos da luz
 vêm servi-lo.
Sempre que ele obtém uma vitória interior, sempre que ele resiste a uma tentação, recebe luz e força.

terça-feira, 14 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 14.05.2019


O cristianismo ensina-nos o mistério de um Deus em três pessoas, a que chama o mistério
da Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Mas, para aqueles que sabem usar a lei da analogia, não é um mistério.
Uma dessas analogias é-nos dada pelo Sol.
O Sol é uma extraordinária força criadora de vida que se manifesta como luz e como calor.
Quando se aprofunda estas manifestações, descobre-se as relações que existem entre a vida, a luz e o calor do Sol e as três pessoas da Trindade.
Estes três princípios encontram-se em todos os níveis da Criação, do plano físico ao plano divino.
No plano espiritual, a vida, isto é, a omnipotência criadora, manifesta-se como sabedoria ou luz, e como amor ou calor.
São estes três princípios que encontramos na Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo são indissociáveis, tal como são indissociáveis a vida, a luz e o calor do Sol.
Então, o mistério de um Deus em três pessoas não é assim tão difícil de explicar.
O que continua a ser um mistério é a imensidão, o esplendor, da Essência Primordial de onde saíram todas as existências.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

segunda-feira, 13 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 13.05.2019

Suponhamos que quereis subir até ao Sol num carro puxado por bois (admitindo que existe daqui até ao Sol um bom caminho para os vossos bois!).
Quantos milhares de anos isso demorará?
Se partirdes de barco pelo oceano cósmico, demorareis quase o mesmo tempo.
Se fordes de comboio, já ireis mais depressa.
Se tomardes um avião, será ainda mais rápido.
E, se viajardes à velocidade da luz, chegareis em oito minutos e alguns segundos.
O que significam estes exemplos?
Que aquele que se desloca num carro de bois, isto é, que utiliza só as possibilidades do corpo físico, os velhos métodos, para resolver todos os problemas, só encontrará a verdade passados
 milhares de anos.
Àquele que viaja pela água, isto é, que avança à velocidade dos sentimentos vulgares, será necessário quase o mesmo tempo.
Aquele que se desloca pelo ar, ou seja, que utiliza o seu intelecto, irá mais depressa.
Mas aquele que consegue viajar pelo espírito, pela intuição, desloca-se à velocidade da luz e encontra imediatamente a verdade.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


sábado, 11 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 12.05.2019

Viver a vida eterna...
Esta vida eterna à qual aspiram os místicos não é uma duração de tempo,
 mas um estado de consciência.
A partir do instante em que entramos em contacto com a Fonte Divina, e enquanto permanecermos nela, a vida eterna circula em nós, pois a vida eterna é uma qualidade de vida, abundante, rica, plena.
Uma imagem muito simples pode dar-nos uma ideia.
Peguemos num pau...
É um objecto rectilíneo com um começo e um fim; portanto, algo que é limitado.
É o tempo.
Mas suponhamos agora que este pau é flexível e que o curvamos até juntarmos as duas extremidades: ele torna-se um círculo e, com esse círculo podemos ter uma ideia da eternidade: nem começo nem fim... uma unidade infinita.
Cada momento da nossa vida que conseguimos ligar à Fonte Divina, entra no círculo e torna-se
 vida eterna; ao entrar no círculo, ele mudou de natureza, já não é uma parcela separada do Todo.
Cada ponto da linha recta é um momento do tempo e cada ponto do círculo é um momento da eternidade.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 11.05.2019

É difícil libertar-nos dos planos astral e mental - os sentimentos e os pensamentos vulgares -
para nos elevarmos até ao plano causal, onde o espírito dita a sua lei.
Do mesmo modo que um peixe que decidisse sair do mar ou do rio e viver ao ar livre teria de preparar em si pulmões para tal, aquele que quer lançar-se até ao plano causal precisa de desenvolver órgãos apropriados.
E, mesmo depois de ter conseguido projectar-se até lá, só pode aí permanecer por um momento: ainda não tem condições para lá se manter demoradamente.
Conseguireis realizar estas condições um dia se, pela oração e pela meditação, vos esforçardes por elevar-vos, com a máxima frequência possível, até às regiões superiores do vosso ser.
Pouco a pouco, sentireis as repercussões desse trabalho nos vossos pensamentos, nos vossos sentimentos, no vosso comportamento quotidiano e até na vossa saúde.
Será como se fossem dadas ordens de cima para que tudo se organize e se harmonize em vós.
Podeis imaginar que partis para subir a montanha.
Esta imagem levar-vos-á até uma outra montanha, dentro de vós, e depois ainda a uma outra.
Até ao dia em que chegareis ao cume, ao plano causal, ao vosso Eu superior.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 10.05.2019

Tomar e dar ou receber e dar em troca, são como os dois pratos de uma balança.
Quando tomais posse de algo ou recebeis algo, deveis dar qualquer coisa em troca para
 restabelecer o equilíbrio.
E mesmo que não vos dêem nada, dai vós!
Porquê?
Porque desse modo desencadeais um movimento e recebeis alguma coisa em retorno.
Se quereis verdadeiramente que fique algo de bom da vossa passagem pela terra, habituai-vos a dar.
Observai uma fonte: os animais vão lá dessedentar-se, junto dela as árvores e as plantas crescem, os homens constroem as suas habitações, porque ela está sempre a dar a todos a água pura
 que recebeu do cume.
A nascente ensina-nos que só existe um método verdadeiro para criar e manter a vida,
é dar,
dar o que temos de melhor no nosso coração e na nossa alma.
É tornando-nos uma nascente que obtemos as verdadeiras riquezas.
Só possuímos verdadeiramente o que somos capazes de dar.
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quinta-feira, 9 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação VIII)

...
Estudemos esta questão servindo-nos das cores; cada cor do prisma corresponde a uma onda de frequência tanto mais elevada quanto mais próxima está do violeta.
Os comprimentos de onda das vibrações luminosas formam assim uma sucessão contínua que vai dos mais amplos (vermelho) aos mais curtos (violeta) e, como a luz possui uma simetria de revolução em torno da direcção de propagação, a cadeia formada pela sucessão dessas vibrações é uma
 espiral cónica.
O vértice do cone, que representa o centro do círculo, corresponde às vibrações com comprimento de onda curto, portanto, às frequências mais elevadas.
É nesse ponto que se encontra a paz espiritual, que não é uma paz imóvel, em estagnação, mas um estado de vibração intenso no seio do qual se realizam as actividades mais sublimes.
É nesta paz que o espírito pode manifestar-se plenamente.
Do cimo de uma montanha não há obstáculos para a visão; quando se está no cume, vê-se tudo em redor, está-se, portanto, mais lúcido, sabe-se o que pode acontecer.
Em consequência, diante do espaço que se descobre diante de si, fica-se tranquilo, dilatado,
 pode-se respirar.
Enfim, é-se livre, tem-se a possibilidade de agir como se deseja, é-se poderoso.
Portanto, aquele que faz esforços para se aproximar do ponto central possui a clareza,
 a paz e a liberdade.
Como vedes, quantas coisas há a dizer sobre o centro do círculo!
Para nos aproximarmos do centro, das regiões divinas, devemos sincronizar-nos com as ondas de frequências mais elevadas, isto é, aumentar a intensidade do nosso pensamento,
 dos nossos sentimentos.
Quanto mais intensa, subtil, espiritual, a vida se torna, mais o homem se eleva em direcção ao vértice... e mais ele se aproxima das regiões celestes e dos habitantes dessas regiões, até ao Criador.
Mas quando ele passa a vibrar mais lentamente, quando ele perde a fé, o ardor, o entusiasmo, precipita-se na matéria, torna-se pesado, grosseiro, a sua beleza desaparece, o seu pensamento perde actividade e ele não é mais do que uma pedra.
Todos aqueles que querem encontrar esse centro, o coração do Universo, o Criador,
 a Fonte Primordial, devem aumentar a intensidade das suas vidas.
De hoje em diante, em relação a tudo o que fazeis, pensai sempre em perguntar a vós próprios:
«Que pretendo eu?
Que procuro?
Será que me dirijo para a periferia ou para o centro?»
E quando sentis certas agitações interiores, torna-se claro: fostes demasiado longe em direcção à periferia e caístes sob a influência de correntes caóticas.
Então, afastai-vos rapidamente!
É inútil tentar lutar contra essas correntes, pois não podeis vencê-las; se lá permanecerdes, ficareis submersos, desenraizados, porque nunca ninguém conseguiu vencer essas forças.
Só afastando-vos, para vos aproximardes do centro, é que conseguireis libertar-vos.
Não imagineis que podereis aguentar-vos na periferia; é meu dever demover-vos de quaisquer pretensões nesse sentido.
Já se viu pessoas muito mais fortes que vós deixarem-se levar para a periferia e serem esmagadas.
Só podereis resistir deslocando-vos para vos aproximardes do centro, e o centro é Deus.

Continua


PENSAMENTO QUOTIDIANO - 09.05.2019

O espaço psíquico que rodeia a Terra desembaraça-se naturalmente das entidades inferiores que ali atrapalham; elas vão sendo rechaçadas e absorvidas pelas profundezas subterrâneas.
No entanto, restam sempre algumas e, muitas vezes, são elas que se manifestam nas sessões espíritas.
Entrar na mente de um médium e falar em nome de Moisés, Jesus, Joana d'Arc, Napoleão, está ao alcance da mais baixa das entidades; o nome pelo qual ela se apresenta não prova nada.
As entidades que aí se manifestam vêm do plano astral inferior e, muitas vezes, têm um prazer perverso em enganar os humanos.
Então, as pessoas que julgam estar a ser esclarecidas pelas respostas que recebem afundam-se ainda mais no erro e acabam sempre por sofrer graves desequilíbrios.
Não é interdito assistir a sessões espíritas para se ter uma ideia do que lá se passa, mas há que ter prudência, não se deve ser demasiado crédulo.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quarta-feira, 8 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (VII)

II
Para vos explicar a importância do símbolo do círculo, posso partir dum exemplo muito simples, divertido, até: o "prato de manteiga".
Sabeis o que é?...
Não?...
Bom, vou contar-vos.
Há alguns anos, em Paris - era antes da guerra, em 1938, tinha eu acabado de chegar da Bulgária - tinham instalado na porta Maillot um parque de diversões chamado Luna Park.
Muita gente ia lá dançar, atirar com as carabinas, andar nos tapetes rolantes e nos baloiços e divertir-se com toda a espécie de coisas.
Havia, por exemplo, um jogo que consistia em acertar num certo ponto de uma parede: quando se atingia esse ponto, virava-se uma cama onde estava deitada uma mulher, não sei se bonita ou feia, que caía no chão para encanto dos basbaques.
Ela devia então erguer-se e aprontar de novo a cama para se deitar, e tudo recomeçava...
Havia também o Palácio do Riso, com corredores onde grandes correntes de ar faziam levantar as saias e baloiços que paravam quando as pessoas que neles se encontravam tinham a cabeça para baixo e as pernas no ar.
Eu fui ver tudo isso, de passagem; queria saber como as pessoas se divertem e fiquei verdadeiramente maravilhado com o génio inventivo dos franceses.
Na Bulgária, nunca vi semelhantes coisas!
E depois havia esse famoso prato de manteiga de que quero falar-vos.
Era uma plataforma redonda, feita de tábuas, suficientemente grande para conter várias pessoas.
As pessoas subiam e ele começava a girar, primeiro devagar... mas, pouco a pouco, o movimento acelerava e então assistia-se a um espectáculo muito engraçado: os que se encontravam na periferia desequilibravam-se, eram projectados para fora e caíam uns para cima dos outros (e, evidentemente, toda a gente se ria), ao passo que os que se encontravam no centro não eram sacudidos, permaneciam tranquilamente em pé no seu lugar, imóveis e sorridentes.
Portanto, como vedes, a força centrífuga era tão potente que aqueles que se encontravam na periferia não conseguiam manter-se, resistir ou agarrar-se, e eram projectados para fora.
Ao passo que aqueles que se encontravam no centro escapavam a essa força, mantendo o equilíbrio e a estabilidade.
Eu detive-me e reflecti sobre este fenómeno, pois ele encerra leis formidáveis, e achei que o ser humano é parecido com um prato de manteiga; algumas regiões psíquicas representam a periferia do seu ser, outras o centro, e a sua consciência assemelha-se às pessoas que sobem para a plataforma.
Se a vossa consciência se encontrar na periferia de vós mesmos, ficai sabendo que existem lá forças desenfreadas que vos projectarão contra as paredes e... partireis a cabeça.
Todos aqueles que querem procurar aventuras na periferia da vida para conseguirem resolver os seus assuntos, fazer as suas negociatas e divertir-se, expõem-se a grandes perigos porque se tornam presas de forças às quais é impossível resistir.
Para se estar em paz, em serenidade, é preciso encontrar um lugar bem abrigado.
E que lugar é esse?
Justamente o centro do círculo.
Na periferia nunca se está abrigado, porque aí só existem agitações e paixões desenfreadas; aquele que se perde nessas regiões é apanhado, é atacado por forças impetuosas e, mais cedo ou mais tarde, é projectado e partido em pedaços.
Quando um Iniciado quer celebrar uma cerimónia mágica, deve entrar na harmonia de todas as forças do Cosmos para ser protegido; ele traça, então, um círculo à sua volta; ele fica, portanto, no meio e representa o centro.
Por este acto, ele diz a todo o Universo: «Eu sou o ser que compreende.
Eu sou o ser que apenas reconhece a supremacia, o domínio e a realeza do único verdadeiro Deus, do princípio eterno que governa o Universo.»
Nesse momento, todos os espíritos da Natureza vêm submeter-se a ele.
Mas, se ele não agir assim, os espíritos precipitar-se-ão para o combater e ele poderá ser fulminado.
Os Iniciados, que observavam a Natureza, deram-nos regras, métodos, como a meditação, o recolhimento, a oração; porque meditar, recolher-se, rezar, são esforços para se entrar em si mesmo a fim de se encontrar o centro, esse ponto invulnerável onde reina a paz... ou, ainda, o "alto retiro" de que fala o Salmo 91.
Sim, porque, na vida interior, o centro é idêntico ao vértice, ao cume; aliás, do ponto de vista geométrico - já vimos isso - o centro do círculo pode ser considerado como a projecção do vértice de um cone.
Continua
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


PENSAMENTO QUOTIDIANO - 08.05.2019

Quando se diz de alguém que é morno, geralmente isso não é um elogio, nunca se sabe com o que é que se pode contar da parte dessa pessoa.
Deve-se confiar nela?
Deve-se desconfiar?
É complicado ter de lidar com seres assim no dia-a-dia, pois não se pode prever para que
 lado vão pender.
Fazei a seguinte experiência: durante algum tempo, mergulhai a vossa mão esquerda em água quente e a vossa mão direita em água fria; pouco a pouco, cada uma das mãos ficará à temperatura da água em que está mergulhada.
Colocai depois as duas mãos em água morna: constatareis que a vossa mão esquerda a sente fria e que a vossa mão direita a sente quente.
Assim, não conseguireis pronunciar-vos: a água morna é fria ou quente?
Do mesmo modo, nunca se tem a noção clara sobre o que quer que seja se se ficar por pensamentos e sentimentos "mornos" e tudo o que se fizer for indeciso, incerto, instável.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

terça-feira, 7 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 07.05.2019

Aquele que decide entrar em si mesmo descobre que a fonte das suas riquezas, o seu espírito,
é inesgotável e que, com poucas coisas, se sente preenchido.
Somos forçados a voltar sempre à mesma questão: como libertar o espírito em nós.
É com ele que devemos começar por contar.
Nos momentos de provação e de perturbações, só o espírito tem o poder de nos aguentar e nos dar os meios para nos reconstruirmos.
Tudo pode abandonar-nos, podemos perder tudo, excepto nós mesmos, o nosso espírito.
Então, porque não havemos de procurar aí, em nós, se é a única posse, a única certeza que
temos realmente?
Tudo pode servir-nos para procurarmos as riquezas que o espírito depositou em nós: os nossos sucessos e as nossas alegrias, evidentemente, mas também as nossas provações e as nossas dores.
Talvez essas riquezas não sejam evidentes, pois o que nos foi dado de mais precioso pelo
Criador está profundamente "enterrado" em nós.
Mas, graças ao esforço que faremos para as descobrir, cresceremos no mundo do espírito.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação VI)

...
O que é que se faz depois de se acender um fogo?
Há que alimentá-lo: deita-se-lhe lenha ou qualquer outro combustível para não se extinguir.
Estais a ver?
Vós fazeis isso todos os dias, mas certamente não interpretastes o que fazeis.
O facto de alimentardes o fogo prova que o amais.
Dais-lhe alimento para que ele continue a viver.
Se não lhe derdes nada, é porque não o amais, e ele extinguir-se-á.
Se fizermos agora uma analogia entre o fogo e o sol, podemos dizer que são os planetas que alimentam o fogo do Sol.
Fazendo o sacrifício de girar à sua volta, eles dão-lhe algo de si mesmos e, em troca, o Sol dá-lhes a sua luz e o seu calor, que não são outra coisa senão uma transformação do seu sacrifício.
Vós também podeis dar ao fogo alguma coisa de vós: os vossos velhos ramos, quer dizer, os vossos velhos instintos, a vossa estupidez, os vossos caprichos...
Tudo é inútil, vá!, para o fogo!
O fogo é capaz de transformar tudo em calor e luz.
E sois vós que beneficiais.
De outro modo, que podeis fazer com esses velhos ramos?
Eles não podem aquecer-vos nem iluminar-vos, porque vós não sois capazes de os transformar.
Dai-os ao fogo!...
Num Ensinamento espiritual, o fogo é também o Mestre.
Como o fogo, o Mestre é capaz de transformar tudo o que é velho e obscuro nos discípulos para lho devolver sob a forma de luz e calor.
Ao girarem à volta do Sol, os planetas dizem-lhe: «Ó querido Sol, nós temos tudo, excepto a luz e o calor; somos baços, feios e frios.
Transforma-nos...»
E o Sol envia-lhes a sua luz e o seu calor.
Eis mais um exemplo das relações existentes entre os dois princípios, masculino e feminino.
Só o 1 é masculino; tudo o que é plural é feminino.
E, como o Sol no sistema solar, num Ensinamento espiritual só o Mestre é masculino; todos os outros, homens e mulheres, são femiCninos, são polarizados negativamente, isto é, receptivos.
Então, há trocas entre o ponto central e a periferia.
A periferia envia o seu amor para o centro e o centro envia para a periferia a luz, o calor e a vida.
E se as partículas da periferia se fecharem, se forem avaras e não quiserem dar nada, também nada receberão.
É quando há trocas que tudo cresce, floresce e se vivifica.
E para se fazer uma troca não é necessária a aproximação física.
O Sol não se aproxima dos planetas para os abraçar ou beijar; ilumina-os de longe e todos são fertilizados.
Não me compreendais mal, estou a expor-vos um princípio, uma lei do mundo espiritual.
Quer penseis no fogo, quer penseis no Sol, em Deus, no espírito ou no amor, é sempre
 o mesmo princípio.
O fogo é o amor de Deus; e o amor é um fogo, um fogo divino.
Portanto, se quiserdes alimentar o vosso fogo, ou seja, o vosso espírito, a vossa alma, é preciso que o corpo físico faça sacrifícios.
Deveis tomar consciência desta comunicação constante entre a periferia e o centro; é a lei do eco.
Enviais ao banco central, ao fogo universal, uma certa quantia ou, se quiserdes, um ramo, uma acha, e ele dá-vos recibos e, quanto mais o tempo passa, mais elevados são os juros que recebeis
 por essa quantia.
As pessoas que, julgando-se sábias e prudentes, não querem abrir o seu coração e a sua alma,
ficarão sempre pobres.
Eles não querem enviar um pouco de amor para o centro, nem sequer lhe concedem um olhar,
por isso nunca receberão nada.
De agora em diante, pensai em alimentar o fogo central, levai-lhe todos os dias alguns ramos...
Quanto mais o alimentardes, mais recebereis dele a luz e o calor.

Continua

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 06.05.2019


O Sol que nasce todas as manhãs marca o início de um dia e, se vós tiverdes projectos, sois livres de os realizar ou não, e também de lhes introduzir alterações.
Mas, no momento em que o Sol se põe, quando o dia terminou, o que está feito está feito,
 nem mais nem menos.
O pôr do Sol representa o fim do ciclo que é um dia.
Mas, na linguagem simbólica, um dia não é unicamente um período de vinte e quatro horas, pode representar também um mês, um ano e até uma vida.
É dado a cada ser humano um período suficientemente longo para ele cumprir as suas obrigações, reparar os seus erros.
Uma vez esgotado esse tempo, aqueles que foram negligentes, que mostraram má vontade ou que, tendo agido mal, não repararam os seus erros, sofrerão a acção da lei do carma.
Quando não se pôs as suas questões em ordem antes do pôr do Sol, isto é, antes de deixar a terra,
encontrar-se-á as mesmas dificuldades numa próxima encarnação.
E "pôr as suas questões em ordem" significa restabelecer relações harmoniosas não só com as pessoas que fazem parte do seu círculo social, mas também com o mundo divino.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

domingo, 5 de maio de 2019

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 05.05.2019

Um templo é, em primeiro lugar, uma construção isolada do espaço profano
para dela se fazer um lugar sagrado, um santuário da Divindade.
É bom construir tais lugares: templos, igrejas, sinagogas ou qualquer outro lugar de culto, para que os humanos, distanciando-se das suas obrigações quotidianas, prosaicas, possam frequentá-los, conscientes de que a sua alma e o seu espírito receberão aí um alimento.
A atmosfera de recolhimento criada por todos aqueles que assistem às cerimónias, assim como por todos os que vieram antes deles recolher-se, orar e cantar naquele templo, atrai as entidades celestes, e depois cada um sai regenerado, purificado, apaziguado e com as ideias mais claras.
Mas é sobretudo em nós que devemos construir este espaço sagrado,
para aí acolhermos a Divindade.
O poder de uma oração não depende do lugar onde ela é pronunciada.
Se o vosso santuário interior tiver sido deixado ao abandono, as vossas orações não serão atendidas.
Mas se, por intermédio de pensamentos, de sentimentos e de actos inspirados pela sabedoria e pelo amor, vós purificastes, iluminastes, o vosso santuário, onde quer que estejais a vossa voz elevar-se-á até ao Céu.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sábado, 4 de maio de 2019

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS (Continuação V)

...
A cabeça duma família, a cabeça duma sociedade, a cabeça dum país, a cabeça do sistema solar, a cabeça do Universo, todas elas representam o Senhor: são representantes, a diferentes níveis, do princípio divino único.
Um pai representa-o, um chefe representa-o, um Mestre representa-o...
Se separardes de Deus uma destas cabeças, não retirareis daí benefício algum.
Se não considerardes o vosso pai como o representante de Deus no vossa família, ele nada poderá trazer-vos, porque não o ligais ao princípio divino.
O essencial é estabelecer um elo entre cada coisa, entre cada ser e Deus.
Se tiverdes um Mestre e não o considerardes como um aspecto do princípio divino, ele nada poderá fazer por vós, mesmo que tenha todos os poderes.
Ele terá poderes para os outros, mas não para vós: se vos fechardes em relação a ele, o que quer que ele vos envie será repelido, desviado, cortado.
Será que o Sol pode entrar na vossa casa quando fechais as portadas?
Não.
Ele é omnipotente, faz mover os planetas, mas não pode abrir as vossas portadas!
E o Senhor também não; Ele é muito poderoso, mas não pode abrir, por vós, as portadas do vosso coração.
É a vós que compete abri-las.
É a meias: vós abris o vosso coração e Ele entra.
Esta ligação com o princípio divino é essencial também no domínio do amor.
Quando um homem e uma mulher querem manifestar o verdadeiro amor e conhecer a verdadeira felicidade, a libertação, devem sempre considerar-se mutuamente como representantes do
Pai Celeste e da Mãe Divina.
Senão, quando o homem abraçar abraçar a sua bem-amada, abraçará também as suas fraquezas, as suas limitações, não atingirá algo superior a ela, maior e mais puro que ela, e o seu amor acabará.
É preciso, portanto, uma outra compreensão: que o homem considere a sua bem-amada como representante da Mãe Divina, e ela o seu bem-amado como um aspecto do Pai Celeste, do Cristo.
Considerando-se assim, eles ligam-se imediatamente a algo de superior, e então um torna-se mais do que o bem-amado ou a bem-amada e cada um tem na sua alma, no seu coração, nos seus braços, algo que vem da imensidão.
Desta imensidão fluem raios, correntes, duma natureza mais subtil, e os Anjos, os Devas, os Espíritos luminosos da Natureza, vêm trazer as suas forças e a sua alegria a esses dois seres que estão a exprimir-se na mais bela linguagem da Criação, a linguagem do amor,
do amor ilimitado.

Quando contemplais o Sol todas as manhãs, pensai que contemplais o ponto central, o espírito, o
olho de Deus; deveis fazê-lo conscientemente, com amor, com o desejo de encontrar o centro,
 o vosso centro.
Tomai consciência de que, pelo simples facto de olhardes para o Sol, vos aproximais do centro do sistema solar e que, dessa forma, o mesmo fenómeno se produz em vós: a vossa consciência aproxima-se do vosso próprio centro, do vosso espírito, de Deus, e vós encontrareis a luz, a paz,
a liberdade, a força.
E posso dar-vos mais uma interpretação deste símbolo.
O Sol permanece no centro do sistema solar.
Se ele desaparecesse desse lugar, todos os planetas ficariam errando, em desordem, pelo espaço.
Por vezes, um planeta convida o Sol, porque quer tê-lo exclusivamente para si, e diz-lhe: 
«Meu querido Sol, amo-te muito, vem para junto de mim.»
Mas o Sol responde: «Não, não, não posso ir, tenho de ficar no centro, senão todo o sistema solar se desconjuntará.
Não te esquecerei, dar-te-ei o meu tempo, os meus raios, fertilizar-te-ei, vivificar-te-ei,
iluminar-te-ei, mas deixa-me ficar no centro.»
Os planetas devem saber que o Sol não pode deixar o seu lugar.
Quando falo assim do Sol e dos planetas é, evidentemente, no plano simbólico; também posso falar de um rei e dos seus vassalos, de um professor e dos seus alunos, de um Mestre e dos seus discípulos,
de Deus e de todos os homens.
Nunca peçais ao ponto central que se desloque para vos pertencer.
É preciso que ele permaneça no centro, porque é de lá que ele mantém a ordem, é de lá que ele equilibra e alimenta todas as criaturas.
Ele emite raios para a periferia e os seus raios são tão intensos que visitam as grutas, os abismos;
não existe nada que eles não tenham penetrado.
No dia em que souberdes olhar conscientemente para o Sol, vereis o que se produz: entre ele e vós começarão a circular ondas que criarão formas, cores, um mundo novo.
Nessa altura, atraíreis forças, criaturas inteligentes que virão dançar, banhar-se nessa beleza, nesse diálogo, nessa conversa entre o Sol e vós; ele está lá, mas ainda não há qualquer relação
 entre vós e ele.
Contentais-vos em olhá-lo, em verificar que está um pouco mais brilhante ou um pouco mais velado que na véspera, mas não é assim que se entra em relação com o Sol.
Para entrardes em relação com ele, é preciso que se teçam entre ele e vós verdadeiros laços vivos.

Continua