domingo, 14 de maio de 2017
A LUZ, ESPÍRITO VIVO
Capítulo I - A LUZ, ESSÊNCIA DA CRIAÇÃO
Continuação (2)
Podemos verificar este processo de criação nos grandes Iniciados.
Também eles possuem uma aura luminosa que não só lhes circunda o corpo e os protege, como lhes fornece a matéria para as suas criações.
Quando um Iniciado quer criar pelo pensamento, utiliza os mesmos meios que Deus quando criou o Universo: projecta uma imagem, ou pronuncia uma palavra, que atravessa a sua aura.
Essa aura que o envolve serve de matéria para a manifestação.
A imagem projectada ou a palavra pronunciada, reveste-se da matéria da aura.
Um homem que quer realizar uma ideia, mas não possui a matéria subtil da aura, nada pode criar.
Sem dúvida já reparastes que, em certos dias, vós falais sem que isso produza qualquer efeito sobre os outros, que permanecem frios, indiferentes, ao passo que noutras ocasiões, pelo contrário, com uma palavra muito simples produzis uma impressão formidável.
Sim, porque essa palavra tem vida.
As palavras que empregais forem previamente mergulhadas na vossa aura, aí se vivificaram e se reforçaram e, assim revestidas de uma certa potência, puderam penetrar na alma dos outros e fazê-la vibrar.
Nos dias em que a vossa aura está fraca, as vossas palavras são insignificantes, vazias, nada há nelas; vós falais mas não obtendes qualquer resultado.
Essas palavras não estão impregnadas do elemento que a aura fornece: vidélina.
O poder dos Iniciados advém-lhes de que eles sabem impregnar as palavras que pronunciam com a matéria da sua aura, que é abundante, intensa, pura.
A palavra não é mais do que um suporte, só pode produzir efeitos na medida em que estiver impregnada do elemento criador, vidélina.
Aquele que não sabe pronunciar as palavras mágicas bem poderá gritar e agitar-se, que jamais conseguirá fazer-se ouvir pelos espíritos superiores e atraí-los.
Mas um Iniciado, que pronuncia essas mesmas palavras sem gritar, sem fazer gestos, somente com a força interior proveniente da sua aura, obterá grandes resultados.
Não foi a palavra que criou o mundo, foi o Verbo, isto é, a luz.
O Verbo foi o primeiro elemento que Deus pôs em acção, e a palavra é o meio de que o Verbo se serve para realizar o seu trabalho de criação.
Quando a força primordial saiu de Deus, ela era espírito; foi ao retornar a Deus que se tornou luz.
O sol negro envia vidélina, o espírito, ao sol luminoso, e o sol luminoso reenvia a luz visível, svétlina, ao sol obscuro.
É no retorno que o espírito se transforma em luz.
Quando Deus fez o primeiro movimento, o seu Espírito, o Verbo, entrou em acção, e quando o Espírito retornou a Deus tinha-se tornado luz.
Tudo o que o centro envia para a periferia retorna para o centro, porque o círculo tem um limite e, portanto, estabelece-se uma circulação ininterrupta do centro para a periferia e da periferia para o centro.
Ao regressar ao centro, a corrente de forças possui novas qualidades e provoca novas reacções ao longo do seu trajecto de retorno.
A natureza da corrente não é a mesma à ida e à vinda.
Continua
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário